segunda-feira, 30 de junho de 2008


Descontando a infeliz referência a Vale e Azevedo, publicamos um texto de Clara Ferreira Alves, com o qual não podíamos estar mais de acordo:

"Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se preocupa com isso apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção. Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros.
Por uma vez gostava que em Portugal alguma coisa tivesse um fim, ponto final, assunto arrumado. Não se fala mais nisso. Vivemos no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem concluir nada.
Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe que nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas consequências, nada é definitivo e
tudo é improvisado, temporário, desenrascado.

Da morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia, foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao caso Casa
Pia, sabemos de antemão que nunca saberemos o fim destas histórias, nem o que verdadeiramente se passou nem quem são os criminosos ou quantos crimes
houve.
Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas, pedaços de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituámo-nos a prescindir de apurar a
verdade porque intimamente achamos que não saber o final da história é uma coisa normal em Portugal e que este é um país onde as coisas importantes são
"abafadas", como se vivêssemos ainda em ditadura.
E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este estado de coisas. Apesar dos jornais e das televisões, dos blogues, dos computadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade.

Do caso Portucale à Operação Furacão, da compra dos submarinos às escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao caso da Universidade Moderna, do Futebol Clube do Porto ao Sport Lisboa Benfica, da corrupção dos árbitros à corrupção dos autarcas, de Fátima Felgueiras a Isaltino Morais, da Braga parques ao grande empresário Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João Cravinho, há por aí alguém que acredite que algum destes secretos arquivos e seus possíveis e alegados, muito alegados crimes, acabem por ser investigados, julgados e devidamente punidos?

Vale e Azevedo pagou por todos.
Quem se lembra dos doentes infectados por acidente e negligência de Leonor Beleza com o vírus da sida?
Quem se lembra do miúdo electrocutado no semáforo e do outro afogado num parque aquático?
Quem se lembra das crianças assassinadas na Madeira e do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico?Quem se lembra que um dos raros condenados em
Portugal, o mesmo padre Frederico, acabou a passear no Calçadão de Copacabana?
Quem se lembra do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal?

Em todos estes casos, e muitos outros, menos falados e tão sombrios e enrodilhados como estes, a verdade a que tivemos direito foi nenhuma.
No caso McCann, cujos desenvolvimentos vão do escabroso ao incrível, alguém acredita que se venha a descobrir o corpo da criança ou a condenar alguém?
As últimas notícias dizem que Gerry McCann não seria pai biológico da criança, contribuindo para a confusão desta investigação em que a Polícia espalha rumores e indícios que não têm substância.
E a miúda desaparecida em Figueira? O que lhe aconteceu?
E todas as crianças desaparecida antes delas, quem as procurou?
E o processo do Parque, onde tantos clientes buscavam prostitutos, alguns menores, onde tanta gente "importante" estava envolvida, o que aconteceu?
Arranjou-se um bode expiatório, foi o que aconteceu.

E as famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que ela reconheceu imensa gente "importante", jogadores de futebol, milionários, políticos, onde estão? Foram destruídas? Quem as destruiu e porquê?
E os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran mais os negócios escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal, onde é que isso pára? O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz, apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para a sua filha.
E aquele médico do Hospital de Santa Maria suspeito de ter assassinado doentes por negligência? Exerce medicina?

E os que sobram e todos os dias vão praticando os seus crimes de colarinho branco sabendo que a justiça portuguesa não é apenas cega, é surda, muda, coxa e marreca.
Passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são arquivados nas gavetas das nossas consciências e condenados ao esquecimento.
Ninguém quer saber a verdade. Ou, pelo menos, tentar saber a verdade.
Nunca saberemos a verdade sobre o caso Casa Pia, nem saberemos quem eram as redes e os "senhores importantes" que abusaram, abusam e abusarão de crianças em Portugal, sejam rapazes ou raparigas, visto que os abusos sobre meninas ficaram sempre na sombra.

Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças, de protecções e lavagens, de corporações e famílias, de eminências e reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da verdade.
Este é o maior fracasso da democracia portuguesa
Clara Ferreira Alves - "Expresso" "

1906

Luta & Resiste!

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Vou fazer de conta que é normal...vou pedir mais uma imperial!


Mais uma vez, fica provado que este País consegue subverter qualquer tipo lógica que possa haver até nas coisas mais simples.

1)O FCPorto foi condenado em 2008 pelo CD da Liga com a perca de 6 pontos por corrupção tentada em 2004, o processo é dado como fechado e irreversível.

2)O Clube preferiu não recorrer aceitando a penalização de 6 pontos, uma vez que na classificação final tinha deixado os rivais a uma larga distância pontual.
O único recurso que deu entrada foi o de Pinto da Costa tendo em vista limpar o seu nome.

3)Os árbitros envolvidos foram condenados a penas de suspensão e irradiação pelo mesmo órgão, por corrupção consumada.

4)A UEFA, uma vez que o Clube não recorreu, aceitou a acusação de corrupção que lhe foi imputada. Logo ficou sem condições de ir á liga dos campeões, tal como determinam os regulamentos.

5)O conselho de justiça da FPF, rapidamente veio dizer que ao recurso de PdCosta, poderia ser junto um recurso do Clube, uma vez que as acusações eram as mesmas e os factos eram os mesmos.

6)A UEFA, decide aceitar a entrada do FCPorto na Champions, uma vez que o processo ainda não se encontra encerrado, e não conseguiria chegar a uma conclusão em tempo útil, antes das inscrições para a competição.

Comentário: É juntarem-se recursos de instituições aos de indivíduos, porque as acusações que sobre ambos recaem são as mesmas. No entanto como foi referido nos pontos 1) e 3), os mesmos factos apurados acabaram por produzir penas diferentes para uns corrupção tentada para outros consumada.

Este processo foi alvo de uma enorme guerra de bastidores ente os porcos e os andrades, demonstrando se preciso fosse, que os resultados desportivos não são exclusivo de quem tem mais arte dentro de campo.

A notícia do dia é a de que o SLBenfica foi condenado pela FIFA com a perda de 3 pontos em 2007/2008 por não ter pago a clausula de formação de Alcides.O que não deixa de ser irónico, acabando os queixinhas por serem punidos!

Chama-se a atenção dos responsáveis Leoninos para estes e outros truques que possam ser usados na contratação de CMartins, mais um grande Sportinguista que se afasta.

Até nunca poderia ser uma estrela de 1ª grandeza, ou até não jogar, mas entre ter um CMartins num balneário, a destilar sportinguismo e por exemplo um Farnerud, pago a peso de ouro para se manter penteado e com bom ar, penso não haver dúvidas sobre a minha preferência.
Nestes tempos sádicos esquece-se muitas vezes a componente emocional e é ela que permite a superação individual e colectiva, o espírito de corpo, o combate por um ideal!

Como estamos no verão, e a vida tambem é feita disto, deixo-vos com a visão crítica do social nacional, desse grande sportinguista, espartano por direito próprio, Juvenal o Anormal no seu melhor blog do universo com o recomendado rock a lobster.

...Quando vejo aqueles anúncios a detergentes para a roupa em que se vê um zoom das ceninhas de detergente a passar pelas fibras do tecido, não consigo deixar de pensar "este detergente é mesmo bom"...


1906

Luta & Resiste!

terça-feira, 24 de junho de 2008

AAS na UEFA


Recebemos mais um comunicado da AAS, em que é pedida a colaboração a todos os Sportinguistas, e que passamos a transcrever:

"A Associação de Adeptos Sportinguistas, AAS informa que no próximo dia 6 de Julho terá lugar em Londres uma reunião com a UEFA com vista à apresentação a esta entidade quais são, no nosso entender, os principais problemas do futebol português, as suas derivações do futebol mundial enquanto negócio global bem como qual poderá ser o papel futuro da UEFA no sentido de proporcionar mais e melhores condições ao desenvolvimento deste desporto e à sua crescente interacção com os seus adeptos.

Da mesma forma aberta proporcionada pelo evento de kick-off da AAS, entendemos abrir a discussão a todos os adeptos sportinguistas, deixando-lhes o desafio de nos enviarem as suas propostas, ideias, sugestões : aquilo que gostariam de transmitir à UEFA. A proposta/ideia mais mencionada, que não conste ainda da agenda da reunião, será incluída na mesma.

Esperamos pelo contributo de todos até ao próximo Domingo, dia 29 de Junho, através do email geral.aas@gmail.com ou pelo blog http://vinteequatrodemaio.blogspot.com/ (espaço de comunicação temporário até inauguração do site oficial da AAS).
Contamos com o contributo de todos, como sempre.
A agenda da reunião será pública no dia 5 de Julho de 2008.

Comité Executivo,
Associação de Adeptos Sportinguistas, AAS"


1906

Luta & Resiste!

terça-feira, 17 de junho de 2008

O euro2008 II


Foi público, no fórum promovido pela AAS no passado dia 24 de Maio, o dirigente que mais “comeu” na história do SPORTING e que pelos vistos continua à espreita de uma fresta por onde consiga penetrar novamente, Rui Meireles.
Registei com agrado o frente a frente e a “tourada” daí resultante entre dois touros da ganadaria SAD chamados Maisreles (este bem mais gordo pelo muito que comeu sobretudo quando foi corrido) e Soares FRACO, um quando entrava e o outro quando saía da “arena” entre acusações e dedos estendidos de parte a parte. Sem nenhum cavaleiro, toureiro, bandarilheiro ou forcado por perto, coube ao “campino” Maurício Pouco Vale (Um dos maiores e mais antigos parasitas da história do SPORTING que foi levado lá para dentro no tempo do presidente Sousa Cintra e que por lá continua sem nunca se perceber bem qual o seu papel. Na verdade, nem ele!!!) a difícil tarefa de acalmar as “bestas”.
Maisreles que durante o fórum esteve sempre acompanhado do seu grande parceiro de negociata Amadeus. (Ver o primeira publicação deste blog, e já agora esta, e aqui) Este Amadeus que é filho de um ex-general do exército e que é um excelente ponto de referência em Portugal para interesses angolanos apresentou-se no fórum da AAS julgando que nós somos todos parvos e que correndo a coisa de feição se poderia auto-promover, até que um dos elementos presentes, pedindo a palavra, os incluiu aos dois, Amadeus e Maisreles, na mesma “ganadaria” e que também eles já haviam entrado por más razões na história do Sporting e que como tal serão também julgados como responsáveis pelo destino que o nosso clube tiver. Descontentes com a verdade, levantaram-se e saíram juntos.
Amadeus figura bem conhecida por estar envolvido no recente caso do encerramento da Universidade Independente, facto que levou à sua detenção, era responsável por diplomas de licenciamento passados para Angola em troca de muito dinheiro, por um intercâmbio de estudantes pago com dinheiro e com alguns favores sexuais, sendo que essas estudantes serviam de acompanhantes aos ministros e representantes do governo angolano aquando de vindas a Lisboa e não só… Por várias vezes o podíamos encontrar no restaurante Portofino fazendo despesas na ordem dos 5000 euros, bem como despesas em champagne na ordem dos 1000 euros com altos dignatários do comando metropolitano de Lisboa e em vários night-clubs da capital. Gostava de se refugiar na sua suite situada na Lapa aquando das suas desavenças frequentes com a sua esposa que normalmente terminavam em violência contra essa. Em Alvalade era um senhor em dia de jogo na medida em que conseguia os convites que precisava (cedidos pelo Maisreles, como é óbvio).
Neste momento mostra-se disposto a entrar ou será antes a lavar o "dinheiro de sangue" de Eduardo dos Santos, que para isso o mandatou depois dos bons serviços prestados na UIndependente, a colocar uma lança no Sporting através da entrada da Sonangol, Tag e do Banco de Angola (que se prepara agora para entrar em força).

Maisreles passados 4 dias apresentou-se, desta feita, sozinho na AG extraordinária.
Aí chegado encontrou um terreno mais hostil sendo vaiado e sofrendo até tentativas de “aproximação demasiada” que não passaram disso mesmo (…não se teria perdido nada…nem com ele, nem com o Dias Fogueira que é o único que é outra merda que nunca mais morre…). O que é que este tipo ainda anda aqui a fazer? Que novos interesses o movem? O que justifica que ele se exponha desta forma?
Lembramos que este senhor era dos mais antigos, senão o mais antigo dirigente em actividade na casa Sporting, conheceu muita gente, passou por variadíssimas situações, comprou guerras, eliminou opositores, até ser vitima também ele do seu próprio feitiço.


Quem por certo se diverte com esta situação será o CARTEIRO que conseguiu dar a volta por cima e pode agora ver o Maisreles na mesma situação em que o primeiro ficou quando foi corrido do Sporting em 2002. Já naquela altura se pensava que tinha havido dedo do Maisreles na demissão daquele, que passou a ser CARTEIRO nessa época (Mas que ainda assim não deixou de fazer jogadas sujas nos correios como as que fazia e faz no nosso Sporting como poderemos atestar num próximo post que está quase a sair do forno). Sempre houve alguma inveja do CARTEIRO pela posição que o Maisreles ocupava no nosso Sporting.


Pegando ainda em posts anteriores conseguimos clarificar toda a estratégia desta sanguessuga que se vai pendurando quando e em quem pode. Nunca perdendo de vista o CARTEIRO, foi mantendo as relações com o Maisreles pela influência que este tinha no nosso Sporting e pelas portas que este lhe poderia continuar a abrir, até que a popularidade deste Maisreles desceu à estaca zero e o CARTEIRO ressurgiu numa manobra espectacular de “penduranço” a esta lista dirigente com o auxílio do tal tó (Ver a palavra tó no diccionário) como também já foi referido.

Será que agora o Maisreles vem em busca de vingança?!?!? Ou será que não conseguiu arranjar nenhum “penduranço” como o Carteiro arranjou nos CTT e vem para combater protegido pelos interesses angolanos ao lado do Amadeus?

Conclusão: Toda esta escumalha alimenta interesses que não os do SPORTING!!! Todos são responsáveis pelas trevas que assolam o nosso clube! Todos são responsáveis pela falta de transparência e pelas jogadas obscuras! Todos serão réus! Nós vamos identificá-los todos!! Todos têm de pagar!!



...Até cair o último espartano!

1906

Luta & Resiste!

quinta-feira, 5 de junho de 2008

O euro2008


Parece-nos oportuno divulgar entre os Sportinguistas a maior quantidade de informação
possível sobre uma das cabeças do polvo em Portugal, simultaneamente o futuro maior accionista da equipa de futebol nos tempos sádicos que se avizinham...
Aproveitando igualmente para denunciar como são levadas as relações de poder entre instituições e intermediários, aqui inocentemente expostos nesta peça jornalística do Jornal de Negócios.


Notícia Jornal de Negócios

Olivedesportos cria conflito entre Nike e Modelo por contrafacção de camisolas da Selecção.
A Nike acusou a Modelo Continente de estar a vender camisolas da Selecção Nacional de Futebol não licenciadas, apurou o Jornal de Negócios. Em causa chegou a estar um processo por contrafacção contra a empresa do Grupo Sonae mas a Modelo diz que estava autorizada por escrito pela Olivedesportos. A empresa de Joaquim Oliveira já terá reconhecido o erro.

A Nike acusou a Modelo Continente de estar a vender camisolas da Selecção Nacional de Futebol não licenciadas, apurou o Jornal de Negócios. Em causa chegou a estar um processo por contrafacção contra a empresa do Grupo Sonae mas a Modelo diz que estava autorizada por escrito pela Olivedesportos. A empresa de Joaquim Oliveira já terá reconhecido o erro.

Ambas as empresas são patrocinadoras oficiais da “Equipa das Quinas” mas a Nike terá o exclusivo para os produtos têxteis. E não gostou de ver a Modelo Continente produzir e vender camisolas da Selecção, chegando a preparar um processo por contrafacção.

A Nike considerar-se-á prejudicada na venda dos seus produtos e instou a Federação Portuguesa de Futebol há vários dias. O Jornal de Negócios sabe aliás, que o assunto está a causar incómodo na instituição liderada por Gilberto Madaíl mas não só: a Olivedesportos é a empresa que detém os direitos de imagem da Selecção, sendo a empresa de Joaquim Oliveira quem “intermedeia” a negociação com patrocinadores, incluindo a Nike e a Modelo.

Nuno Jordão, presidente executivo da Modelo Continente, confirmou ao Jornal de Negócios a existência de um processo por contrafacção, explicando que esse era o figurino jurídico a que a Nike podia deitar mão neste processo. Mas esclareceu que a empresa teve o “OK” por escrito da Olivedesportos para avançar com a produção de uma camisola e uma bola de futebol que têm um emblema da Federação “mas não da Nike”, sublinhou. O gestor já falou com a Nike e garante que a Modelo Continente “está de bem” neste processo e “estará também de bem na sua resolução”.

Contactada, a Nike primeiro não respondeu, mas depois de conversar com a Modelo, contactou o Jornal de Negócios afirmando que "desmente categoricamente a existência de um processo contra a Modelo". Cai o processo, mantém-se o litígio que a Olivedesportos terá de resolver.

“Percebo que a Nike se sinta prejudicada”, prosseguiu Nuno Jordão. “Eventualmente, alguém meteu água neste processo mas não fomos nós.” Foi a Olivedesportos? “O ‘OK’, por escrito, que a Olivedesportos nos deu se calhar não devia ter sido dado”, responde.

Contactadas pelo Jornal de Negócios, Olivedesportos e Federação Portuguesa de Futebol não estiveram disponíveis para comentar.

Confirma que a Modelo foi acusada pela Nike de contrafacção?

Em primeiro lugar, deixe-me clarificar que estamos de bem neste assunto. Somos patrocinadores oficiais da Selecção Nacional de Futebol, como é conhecido. Na altura, contactámos a Federação Portuguesa de Futebol, que cedeu a negociação dos direitos de imagem à Olivedesportos. Ora, quando queremos fazer alguma coisa, temos de submeter à autorização prévia de quem detém os direitos. Foi o que fizemos.

Pediram à Olivedesportos?

No seguimento:

Tínhamos a ideia de fazer uma “T-Shirt” e uma bola com o símbolo da Federação, mas não tem símbolos da Nike. Antes de as fabricarmos, pedimos, como entidade de bem, autorização à Federação. A Federação remeteu para a Olivedesportos, que nos enviou por escrito – por escrito! – ‘pode fazer’. Aquilo que está à venda, e que tem o símbolo da Federação mas não o da Nike, teve autorização por escrito da Olivedesportos.

Então a Modelo recusa responsabilidades?

Isto é diferente de dizer que não há um problema. Há. A Nike está a ser prejudicada. Nós temos uma boa relação com a Nike. Eventualmente, alguém meteu água neste processo.

A Olivedesportos?

(Pausa) O que eu sei é que a minha empresa está de boa fé. A Nike actuou e não vou dizer que a Nike não tem razão. Vamos ter de resolver isto os três. Agora, o ‘OK’ se calhar não devia ter sido dado.

Já falou com a Nike?

Já. E a Nike já percebeu que estamos de boa fé.

Já falou com a Olivedesportos?

Não eu, mas já falámos. A Olivedesportos percebeu que se calhar não devia ter dado o ‘OK’.

Foi oficialmente notificado da um processo por contrafacção?

Não, recebemos um telefonema. Não há contrafacção, mas é a essa [figura jurídica] que a Nike se pode agarrar, compreendo.


1906

Luta & Resiste!

Sic Transit Gloria Mundi


Assim caminha a gloria do mundo:

Pedido de indemnização de Valentim Loureiro ao Estado tem audiência preliminar marcada para 16 de Julho
05.06.2008 - 12h44 Lusa
O antigo presidente da Metro do Porto, Valentim Loureiro, reclama ao Estado uma indemnização global de 314 mil euros, num processo cível com audiência preliminar marcada para 16 de Julho no Tribunal de Gondomar, disse hoje à Lusa fonte ligada ao processo.

A audiência preliminar visa uma tentativa de conciliação e, na falta dela, a análise de viabilidade da acção, bem como a formulação dos quesitos, ou seja, das perguntas a que se deve responder em audiência.

A acção deu entrada no Tribunal Cível do Porto mas acabou por ser encaminhada para a comarca de Gondomar contra a vontade do autor, disse Adriano Encarnação, um dos advogados designados por Valentim Loureiro para este processo.

O que Valentim Loureiro pretende, precisou o advogado, é ser ressarcido pelos prejuízos que afirma ter sofrido ao ser impedido pela Justiça de presidir à empresa Metro do Porto durante um ano.

O seu afastamento temporário foi uma das medidas de coacção aplicada ao também presidente da Câmara de Gondomar e ex-presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, na sequência dos interrogatórios a que foi sujeito no âmbito do processo "Apito Dourado".

Valentim Loureiro reclama 250 mil euros, a título de indemnização por danos morais e prejuízos na sua carreira política.

Este valor é exactamente igual ao que o autarca foi obrigado a pagar de caução quando foi ouvido no Tribunal de Gondomar.

O autarca reclama uma segunda parcela indemnizatória, de 64 mil euros, para compensar o que perdeu em honorários por ter sido forçado a suspender as funções de presidente da Metro do Porto.

O Governo e a Junta Metropolitana do Porto acordaram uma nova forma de gestão da Metro do Porto, mas também concordaram que a alteração não afectaria o mandato dos administradores, que terminou no final de 2007.

A medida de coacção que suscitou o pedido de indemnização de Valentim Loureiro relaciona-se directamente com o alegado pagamento de um favor que teria sido feito ao autarca por um empreiteiro numa obra do metro.

Este processo, conexo ao "Apito Dourado", esteve retido, em Gondomar, cerca de um ano e depois enviado para o MP do Porto, onde foi arquivado.

Na fundamentação da acção cível, Valentim Loureiro considera que a medida de coacção nunca devia ter sido aplicada, apoiando-se num parecer do penalista Costa Andrade que a classificou de "absurda".

Mas como efectivamente o foi, Valentim sustenta que houve "obstrução à justiça", porque não lhe foi concedido o direito ao recurso dessa medida de coacção.

Isto porque Valentim Loureiro apresentou recurso para a Relação, que não chegou a ser apreciado porque entretanto passou um ano sobre a aplicação da medida, sem ter sido deduzida acusação, o que a fez cair automaticamente.

Na contestação a esta acção, o Ministério Público (MP) alegou que Valentim Loureiro não tem razão, já que só era obrigado a deixar a presidência da Metro do Porto, mas podia manter a qualidade de administrador da empresa.

Em fase de recurso está, entretanto, outro pedido de indemnização relacionado com o "Apito Dourado", este movido pelo presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa.

A 1 de Fevereiro deste ano, o Tribunal de Gondomar negou razão ao dirigente portista, que reclamava 50 mil euros do Estado por alegada detenção ilegal para interrogatório, em 3 de Dezembro de 2004, no interior do próprio Tribunal de Gondomar.

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Encontro tinha sido pedido pelo presidente da Liga
Apito Final: Hermínio Loureiro apresentou conclusões ao procurador-geral
05.06.2008 - 14h36 Lusa, PÚBLICO
Hermínio Loureiro, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, esteve reunido esta manhã com o procurador-geral da República, Pinto Monteiro, para apresentar as conclusões e entregar documentação relativa ao processo Apito Final, mas no final não quis prestar declarações.

Hermínio Loureiro chegou ao edifício da Procuradoria-Geral, em Lisboa, pouco antes das 11h00 e saiu após uma hora de reunião, na qual participou também o presidente da Comissão Disciplinar da Liga, Ricardo Costa.

A audiência foi solicitada pelo organismo que rege os campeonatos profissionais de futebol a 19 de Maio, após terem sido conhecidos os veredictos do processo de corrupção desportiva, resultante de certidões extraídas do processo “Apito Dourado”, que decorre na justiça comum.

Três clubes e os seus dirigentes foram sancionados pela Comissão Disciplinar da Liga – FC Porto, Boavista e União de Leiria – por coacção ou tentativa de corrupção de árbitros referentes a jogos da época 2003/2004.

Ao contrário dos outros clubes, o FC Porto optou por não recorrer da pena aplicada (a perda de seis pontos) e, na sequência desta condenação, a UEFA decidiu ontem excluir a equipa da próxima edição da Liga dos Campeões, tendo a SAD portista já anunciado que vai recorrer da decisão.

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Dia 14 de Julho. Quando o juiz António Carneiro da Silva anunciou o dia da provável leitura do acórdão relativo ao processo originário do Apito Dourado, que já conheceu 36 sessões no tribunal de Gondomar, logo um advogado o associou ao feriado nacional francês, que assinala a tomada da Bastilha pelo povo.

Nem de propósito. Uma revolução é o que pode acontecer depois da leitura do acórdão que determinará, ou não, a condenação dos 24 arguidos, entre os quais Valentim Loureiro. Tudo porque o Tribunal Constitucional irá pronunciar-se, no máximo em Setembro, sobre a validade das escutas telefónicas que, conforme já foi reconhecido pelo juiz-presidente do processo, são o núcleo da acusação.

Artur Marques, advogado de José Luís Oliveira (o ex-presidente do Gondomar que está acusado de 47 crimes de corrupção), foi quem avançou com o recurso, invocando o uso indevido de escutas neste tipo de processo. Invoca a defesa de Oliveira que as escutas foram feitas sem controlo da juíza de instrução (Ana Cláudia Nogueira) e sem respeitarem os prazos legais, para além de algumas escutas terem sido indevidamente destruídas.

Artur Marques invoca mesmo a inconstitucionalidade da lei que pune a corrupção no fenómeno desportivo, com base num parecer de Gomes Canotilho.

O advogado de José Luís Oliveira terá agora de fazer as suas contra-alegações no Tribunal Constitucional, ficando à espera de uma decisão que sairá sempre depois do dia 14 de Julho. A questão está longe de ser pacífica, muito embora o juiz de instrução do processo (Pedro Miguel Vieira) tenha contornado, com vários argumentos, uma eventual ilegalidade do uso de escutas no processo.

Prova testemunhal fraca

Caso o Tribunal Constitucional considere nulas as 16 mil escutas do processo, o que pode acontecer? Em princípio, o julgamento terá de ser repetido sem que o Ministério Público possa servir-se das transcrições telefónicas para consolidar a acusação.

Ou seja, os procuradores Gonçalo Silva e Carlos Teixeira ficarão praticamente desarmados, pois a prova testemunhal apresentada nas 36 sessões tem sido, no mínimo, contraditória.

Para além dos inspectores da PJ chamados a depor, o MP apenas marcou pontos quando ao tribunal foram chamados os ourives que forneciam o Gondomar SC na época de 2003/2004, com estes a confirmarem as entregas e o seu destino.

O resto é muita conversa gravada e muito silêncio dos arguidos no tribunal.

In Record

Os dados estão lançados, as movimentações começam-se a sentir...

1906

Luta & Resiste!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Por linhas tortas...



De fora... para já
MÓNICA SANTOS, em Nyon [Suiça]

A Comissão de Controlo e Disciplina da UEFA decidiu-se ontem pela não admissão do FC Porto na Liga dos Campeões de 2008/09 "após analisar matéria envolvendo o alegado suborno a árbitros da Liga Portuguesa em 2003/04". Numa curta comunicação publicada, ao início da tarde, no site daquele organismo, a UEFA explicou que a condenação do clube no processo "Apito Final" corresponde a ao previsto na alínea d) do ponto1.04 do Regulamento de Competições da Champions que determina que nenhum clube pode "estar ou ter estado envolvido em qualquer actividade destinada a viciar ou influenciar o resultado de um jogo".

O FC Porto anunciou imediatamente a intenção de recorrer para o Comité de Apelo da UEFA, ao qual terá de chegar a defesa - baseada nas questões em torno da retroactividade da norma em causa; na sua aplicação a outros clubes e no facto do recurso apresentado por Pinto da Costa no CJ da FPF sobre o "Apito Final" aproveitar ao clube - num prazo de nove dias úteis. A derradeira instância de recurso, em caso de nova decisão desfavorável, será o Tribunal Arbitral do Desporto, em Lausana, na Suíça.

A exclusão do FC Porto resulta na entrada directa do Guimarães para a fase de Grupos da Liga dos Campeões e a passagem do Benfica da Taça UEFA para a última eliminatória da Champions, enquanto o Braga acede directamente à Taça UEFA."In Ojogo 5/6/2008

Após muitos anos em que a corrupção e o tráfico de influências era uma maneira de estar no futebol, lembramos entre outros Adriano Pinto e os seus xitos que fizeram história em Portugal.
Pinto da Costa foi condenado por corrupção desportiva e numa jogada de mestre, preferiu não recorrer do castigo de forma a que os pontos fossem retirados ao Porto ainda esta época, já que contava com uma diferença de cerca de 20 pontos para os rivais mais directos.
Na altura a Liga de Clubes decidiu castigar o Clube com a perda de 6 pontos e Pinto da Costa com a suspensão de 2 anos.

O Clube decidiu não recorrer do castigo, Pinto da Costa decidiu recorrer, ora o que aconteceu foi que a Uefa decidiu castigar o Porto com um ano de suspensão das provas europeias, fundamentando o castigo no não recurso da sentença do Clube, por outras palavras - no assumir da culpa nos actos que lhe são imputados.

Mas a esperteza "Tuga way of life",contam-se espingardas e trunfos escondidos, começando a emergir com o argumento que como a acção de contestação de Pinto da Costa foi a única que entrou no tempo, pode-se juntar a esta a contestação do Clube.
Resta saber se a UEFA vai no conto do Papa.

Miserável tem sido a posição do Sporting CP em todo este processo, sendo cumplice na direcção de uma Liga que insiste na protecção a interesses instalados, compadrios e cambalachos. Mas o porque é que é que o Sporting ainda se faz representar na direcção desta Liga?

ps: E o que dizer da entrevista de Pinto da Costa ontem á SIC, como presidente do FCP, não estava suspenso pela Liga? Aguardamos o castigo a esta violação do castigo imposto pela Liga de Clubes.

1906

Luta & Resiste!