quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Anda a saque...


Esta noticia é de hoje e mostra como um ex-presidente do Sporting, posteriormente presidente da Câmara Municipal de Lisboa beneficiou o carnide, com contornos de gestão danosa para a própria Cãmara.

São estes Sportinguistas que quando inquiridos não a beneficiar, mas a dar ao Clube aquilo que é nosso por direito, ver o tempo e a maneira como foi tratada a questão dos terrenos em Alvalade, se escusam sob a capa de não quererem "parecer" que estão a beneficiar o Clube.

Existem de facto colectividades que parecem imunes a este tipo de questões filosóficas, podendo parecer e receber beneficios sem constrangimentos.

No rescaldo o já tradicional e clássico empurrar de responsabilidades para o vice (curiosamente tb Sportinguista Carmona), que voltou a rebater para Santana.
Ridiculo!

Este mesmo Santana continua a passear-se nos camarotes de Alvalade como se nada fosse, inclusive depois de ser público como é que funcionou o esquema de troca de beneficios pelos pretendidos votinhos, que permitiram a sua eleição para presidente da CML.

Nem mais nem menos, apenas aquilo que é nosso!

Jornal de Negócios 29/01/2010

"A Polícia Judiciária acaba de concluir a investigação ao contrato-programa assinado em 2002 pela Câmara de Lisboa, EPUL, Benfica e Sociedade Benfica Estádio SA, concluindo que as formas de apoio acordadas e atribuídas ao clube da Luz para a construção do estádio "consubstanciam verdadeiras comparticipações financeiras, concedidas por instâncias municipais".

Segundo noticia hoje o "Jornal de Notícias", que cita um relatório da Inspecção-Geral de Finanças que suportou o trabalho da Judiciária, o “contrato contrariou os normativos legais vigentes", por não terem sido quantificados devidamente os encargos das entidades públicas envolvidas em desrespeito pelos princípios da boa gestão dos dinheiros públicos.

O mesmo jornal revela que no contrato-programa firmado antes do Euro 2004, a Câmara e a Assembleia Municipal de Lisboa “instrumentalizaram a EPUL”, que assumiu encargos directos de 18 milhões de euros na prossecução de fins estranhos ao seu objecto social. Montante a que se somam mais 47 milhões, já que o documento assinado permitiu ao Benfica vender um terreno à EPUL e receber outro do município da capital.

Pedro Santana Lopes, que ocupava a presidência da Câmara, não é arguido neste processo, ao contrário do seu “vice” Carmona Rodrigues que é um dos cinco arguidos constituídos durante a investigação. Carmona disse aos investigadores que o processo era tratado directamente por Santana, que inquirido como testemunha reconheceu que as negociações com o clube da Luz para a elaboração do contrato-programa foram conduzidas por si e pelo vice-presidente."

1906

Luta & Resiste!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Eles andaram ali...


Presumem e nós também que até trânsito em julgado todo o réu é inocente.

Mais um ex-dirigente depois de pronunciado o sr. eng. Godinho Lopes está em julgamento.

Foi vice-presidente daquela geração de excelência que “tomaram” o Clube desde 1995, sob o “malhete” desse grande empresário e banqueiro José Roquette, que prometeu um SCP ao nível dos melhores clubes da Europa e com um passivo a zeros em 2009, graças ao “miraculoso” acordo que havia celebrado com o BCP, legando-nos um novo Estádio e a Academia, pagos e património do Clube!!! Outro ex-vice-presidente implicado neste mesmo caso em julgamento Simões de Almeida entretanto faleceu.

Herdaram em 1995 um passivo de 27 milhões de euros auditado por empresa por eles contratada e um activo valiosíssimo. Hoje o passivo consolidado presume-se que vai em cerca de 400 milhões e os terrenos foram-se…

Entregaram ao sr. eng. Godinho Lopes a gestão do projecto da construção do novo Estádio, cancelaram e indemnizaram a SOMAGUE (que viria a construir o campo do éçelbê) pelo contrato que haviam assinado - consta que na casa dos setecentos mil contos - dirigida pelo também ex-dirigente, grande sportinguista e patriota Diogo Vaz Guedes.

O objectivo era fazerem adjudicações parciais e reduzirem em muito o custo de novo Estádio. Não foi isso que parece ter acontecido. Construiu-se um Estádio único com bancada para cegos e onde a relva não grassa, esquecendo o problema da altura do pavilhão e a sinistra lógica do Centro Comercial.

Tudo isto aconteceu e passou por Direcções, pelo Conselho Leonino e até pela supervisão do Conselho Fiscal e da prestigiada empresa de auditoria.

E parece que, no final, ficou bem mais caro que o valor do contrato assinado, cancelado e indemnizado à SOMAGUE.

Who is who?
Porque é que alguns poderosos não querem a auditoria/investigação?
Porque é que não querem que se saiba porque se chegou aqui?
Porque é que não há contas consolidadas?
Porque não se clarifica de vez os negócios da venda dos terrenos e dos activos imobiliários?



15 Janeiro 2010 – CORREIO DA MANHÃ
Paquetes: Julgamento começou
Januário Rodrigues, Godinho Lopes, António Manuel Pinto e Jorge Dias começaram ontem a ser julgados no processo ‘Paquetes/Expo’ por crimes de corrupção activa e passiva, volvidos 11 anos sobre o começo da investigação. Um outro arguido, António Simões de Almeida, faleceu a 30 de Novembro de 2005.

Navios-hotel da Expo 98 - SOL
Ex-braço direito de Vitorino acusado de corrupção
Por Luís Rosa
O Ministério Público acusou Jorge Dias, ex-chefe de gabinete de António Vitorino, de um crime de corrupção passiva no caso dos navios hotéis da Expo 98. Os barcos ficaram vazios e a Parque Expo arcou com o prejuízo


Jorge Dias, coordenador da Comissão Permanente da Expo 98 – a entidade nomeada pelo Governo de Guterres para fiscalizar o andamento da obra – é suspeito de dividido 350 mil euros com António Pinto, administrador da Parque Expo, também acusado de corrupção passiva.
Esteve dinheiro foi pago pelos empresários Simões de Almeida (entretanto falecido) e Godinho Lopes. Em contrapartida, a empresa gestora da Expo 98 contratou três navios hotéis por 24,9 milhões de euros, para fazer face ao número de turistas esperado para a capital durante a exposição.
O número de visitantes esperado nunca foi devidamente estudado e os navios estiveram quase sempre vazios, resultando num elevado prejuízo para a Parque Expo.
O MP acusou Godinho Lopes, ex-vice-presidente do Sporting, da prática de quatro crimes de corrupção activa e de um crime de branqueamento de capitais.
Já Januário Rodrigues, ex-director da Unidade de Alojamento da Parque Expo, é suspeito da prática de dois crimes de corrupção passiva e de um crime de branqueamento de capitais.
António Pinto, administrador da Parque Expo com o pelouro do Alojamento, e Jorge Dias são acusados de um crime de corrupção passiva.
Segundo a acusação do Ministério Público (deduzida no DIAP de Lisboa), Januário Rodrigues recebeu variadíssimas propostas de empresas proprietárias de navios hotéis antes da contratação das embarcações, mas apenas informou o administrador António Pinto das propostas da Navasa, gerida por Simões de Almeida. Este fretou três navios por 18,8 milhões de euros e alugou-os à Parque Expo por 24,9 milhões.
O MP de Lisboa conclui que a alegada carência de alojamento não existia e que Pinto e Januário actuaram em conluio.
O ex-chefe de gabinete de António Vitorino, Jorge Dias, é censurado por não ter fiscalizado os contratos, quando sabia que estes eram lesivos dos interesses da Parque Expo.
O caso foi detectado em Fevereiro de 1999, numa auditoria ordenada por António Costa – o ministro socialista que sucedeu a António Vitorino na tutela da Parque Expo.
O DIAP de Lisboa, liderado por Maria José Morgado, concluiu assim uma investigação iniciada quando a magistrada era responsável pelo departamento da Polícia Judiciária de investigação da corrupção (cargo que abandonou em 2002).
luis.rosa@sol.pt

1906

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