quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
O pai do projecto...
Roquette, o homem que foi escolhido em 1996 pelos Sportinguistas para salvar o Clube de um buraco 40 milhões de euros, defendendo uma estrutura empresarial, em que através das melhores prácticas empresariais e imobiliárias, livraria o Sporting Clube de Portugal de estar dependente da bola que batia na trave, depois de em 1995 ter falhado Santana Lopes como o seu testa de ferro na presidência.
Avançando 10 anos, foi a vez de o director financeiro do Clube - Rui Meireles, resumir aquela que foi uma gestão séria, honesta e visionária com a apresentação em AG do impressionante numero de 420 milhões de euros.
Depois disso já foram apresentados mais numeros: 340M, 275M, 210M, 270M, 240 e novamente 240M. Em 2006 quando Soares Franco foi eleito o objectivo era colocar a dívida nos 150M euros,entretanto, vendeu-se património do Clube e venderam-se jogadores, prometeu-se uma equipa para a Europa...passados 3 anos em 2009 Soares Franco establece que o seu plano passa por colocar a dívida nos 150 mil euros.
Até hoje foi este o resultado do profissionalismo de homens como Carlos Freitas, Rui Meireles, Soares Franco, Ribeiro Telles, Silva e Costa, Bettencourt, Pedro Afra, José Nobre Guedes, Frederico Pinto Basto, Rogério Alves, Dias da Cunha, Rita Figueira, Rolando Olveira(Filho de Joaquim Oliveira), Pedro Mil-Homens, Paulo Abreu, Dias Ferreira, Salema, Norton de Matos, Carlos Janela, Batalha Ribeiro, Neutel, horta e Costa, Diogo Gaspar Ferreira, Menezes Rodrigues, Oliveira e Costa e outros tantos notáveis, em suma uma lista (incompleta) que só por si dava um blogue, mas onde todos estes nomes defendiam a visão de Roquette tambem conhecido como pai do projecto.
Um Projecto que criou 18 empresas, em que o passivo da maior parte delas era "provocado" por empresas pertencentes ao Universo Sporting. Rigor, seriedade, transparência ou apenas contabilidade criativa?
Hoje dia 21 de Janeiro de 2009 lembrámos-nos novamente do pai do projecto, sociológicamente seria interessante até, estudar este cognome e relacioná-lo com o facto de alguns fazedores de opinião (a maior parte deles pertencente á corte roqueteira) se sentir orfã na ausência de nomes presidenciaveis, ao invés do escrutinio de projectos e alternativas.
Mas como estávamos a dizer hoje lembrámos-nos do paizinho, esse homem santo que começou por nos servir o fervor palavroso de Santana, as omissões e erros de casting de Dias e o monolitismo de Franco, o Correio de Manhã apresenta-nos algo já tinha merecido a nossa atenção neste espaço em 31/12/2008 e aqui a 6/10/2008.
As tropelias realizadas extra futebol pelo "paizinho" Roquette, neto de um Fundador do nosso Sporting, o mesmo Fundador, agora renegado pelo último delfim do seu projecto: " Não podemos ficar amarrados aquilo que foi um sonho de um fundador" - Soares Franco.
Afinal de contas, "É muito simples. José Roquette julgava que o Sporting era uma operação tão fácil como o Totta, em que ele, numa operação ilegal, ganhou 20 milhões de contos [cem milhões de euros] sem pagar um tostão de impostos e, ainda por cima, acabou por comprometer aquele que foi recentemente eleito Presidente da República, Cavaco Silva."
Deixamos apenas a cronologia:
10/07/1989
Estado procede à privatização da 1.ª tranche do Banco Totta & Açores (BTA). Banesto, em aliança com o grupo português de José Roquette, venceu por 50 cêntimos a oferta do Banco Hispano Americano (BHA): 21,5 euros por acção contra 21 euros. No fim do Verão, o Banesto tinha 3,32% e o grupo de Roquette 7,86% do BTA.
29/07/1989
Acordo entre Banesto e o grupo português, assinado por Javier Abad e José Roquette, cria a sociedade Valores Ibéricos e estabelece que 'o controlo do BTA era o objectivo do Banesto', relata Mario Conde no seu livro.
29/10/1989
Sonae e Banesto anunciam em Lisboa um acordo no qual o Banesto, em aliança com José Roquette, passaria a controlar 30% do BTA. 'Mediante uma contrapartida adequada, o grupo liderado por Belmiro de Azevedo aceita retirar-se da disputa', dizia o comunicado, pelo BTA.
31/07/1990
Estado procede à privatização da 2.ª tranche do BTA. Governo autoriza que a participação estrangeira aumente de 5% para 10%. Banesto passa a deter 9,50%, Valores Ibéricos 28% e Roquette, a título individual, 2,5%. Aliança Banesto-Roquette controla 40% do BTA.
27/12/1991
Mario Conde, presidente do Banesto, e José Roquette assinam o 'pacto de La Salceda'. Roquette, segundo o livro de Conde, 'comprometia-se a vender as suas participações no banco – a pessoal e a posição na Valores Ibéricos – ao Banesto.' Com esta operação, 'o Banesto completava, pois, um investimento que lhe permitira apoderar-se de 50% do Totta & Açores: 68 700 milhões de pesetas.'
22/04/1992
Braga de Macedo, então ministro das Finanças, reúne pela primeira vez com os accionistas privados do BTA. No almoço-trabalho, estão presentes Mario Conde, José Roquette, Alípio Dias, dirigente do BTA, Elias da Costa, secretário de Estado do Tesouro. 'Ficou claro, nessa reunião, o interesse estratégico do Banesto no BTA', disse o ministro na comissão eventual de inquérito parlamentar ao processo de privatização do BTA.
17/05/1993
Braga de Macedo reúne com Mario Conde, José Roquette, Roberto Mendonza, vice--presidente da J. P. Morgan. Conde afirma no seu livro que o ministro foi informado de que 'o Banesto controlava 50% do BTA e que era necessário encontrar uma saída para a situação.' E 'Braga de Macedo reagiu, manifestando uma surpresa que, naquele momento, parecia autêntica'. O ministro disse à comissão parlamentar que, 'durante a conversa, se tornou claro que os accionistas estrangeiros tinham uma influência na gestão do BTA muito superior à participação social que afirmavam ter'.
03/07/1993
Em Estepona, perto de Marbella, onde estava a decorrer um seminário do Banesto, Mario Conde revela a jornalistas portugueses que o Banesto controla 50% do BTA e dá informações sobre as sociedades portuguesas que haviam adquirido as acções.
03/12/1993
Braga de Macedo, antes de sair do Ministério das Finanças, determina o envio do processo BTA/Banesto à Procuradoria-Geral da República.
28/12/1993
Banco de Espanha abre um processo contra Mario Conde, o conselho de administração do Banesto e quatro directores-gerais. A nota de culpa, que seria entregue em Maio de 1994, inclui as operações no BTA correspondentes à 'realização de actos fraudulentos e utilização de pessoas interpostas'.
14/07/1994
Inicia funções a Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar ao processo de privatização do BTA.
In Correio da Manhã 21/01/2009
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1 comentário:
O nome de Isabel Trigo Mira, foi deixado de fora propositadamente??
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