quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Relatividade


Foram poucos os que compreenderam a teoria da relatividade por completo. Mas o nome da teoria da relatividade já contém em si o ponto essencial: de certo modo, tudo é relativo.
Na Teoria da Relatividade Restrita (1905), e na respectiva Teoria Geral (1914), Einstein revoluciona o nosso entendimento do tempo, dando ao tempo um lugar novo na concepção do mundo, ao voltar a associá-lo mais estreitamente ao espaço e ao convertê-lo na quarta dimensão ( as primeiras três são a linha, a área e o corpo), a quinta está confinada como é do senso comum, no futebol nacional, com grandes buracos espaço-temporais no 7ºpiso do Visconde, entre o Colombo e o Média, e no Dragão, e depois pequenas frestas, de uma maneira geral em todos os clubes dos nacionais, como comprova o exelente programa A Liga d' Últimos.
Até Einstein, o observador, tinha sido excluído da Ciência a fim de se impedir que os dados da ciência natural fossem falseados por factores e pontos de vista subjectivos.

Aqui, Einstein recupera o observador, e observa o observador a observar. Como condição decisiva da observação, ele identifica a velocidade da luz. Esta não pode ser ultrapassada, senão as causas surtiriam os seus efeitos mais depressa do que poderiam ser observados.
A observação de todos os objectos requer tempo, e quanto mais longe os objectos se encontram, maior é o tempo percorrido.

Ex:eu vejo uma estrela que se encontra à distância de um ano-luz ( é esta a distância que a luz percorre num ano a uma velocidade de 300000 km/s), tal como ela se apresentava há um ano. (Isto é, tal como ela é <> nem sequer a posso ver.). Ou por outras palavras ao vê-la, estou invariavelmente a olhar para o passado. Este facto arruina a ideia da sincronicidade.

Imaginemos um observador de um país onde a velocidade está reduzida a 20 km/h. Em consequência disso, um ciclista que vem na sua direcção parece-lhe plano. Mas quando tenta alcançá-lo montado, por seu lado, numa bicicleta, o seu próprio aspecto não se altera, e mesmo o ciclista possui um ar prefeitamente normal, depois de ele finalmente o ter apanhado.
Em contrapartida as ruas encurtam-se e quando ele chega á estação do caminho de ferro, o seu relógio está atrasado porque ele pedalou depressa de mais.
Depois, na estação de caminho de ferro, vê para seu espanto como uma velha senhora cumprimenta um jovem senhor como seu avô, o qual justifica a sua juventude com o facto de ter de andar muito de comboio, pelo que envelheceria muito mais devagar dos que tinham ficado por casa.

Outro exemplo: A que velocidade se move o Estádio de Alvalade na última jornada do campeonato?
Depende sempre do sítio de onde o estivermos a observar, se estivermos nas roullotes parece estar parado, mas se movimentarmos a nossa posição para a Lua, o Estádio anda á velocidade da rotação da terra, se por sua vez ainda nos movimentarmos para o Sol, a velocidade do Estádio passa a ser a de rotação mais a de translação, tudo depende do referencial.

O que é que pretendemos dizer com tudo isto? Neste espaço não criamos factos novos, aqui não se inventa nada, recolhe-se a informação dos nossos vários referenciais de observação, e anota-se para memória futura.
Está tudo á frente do nariz, só não vê, quem não quer.
Aqui a informação é libertada no tempo certo, nem de forma extremamente abrupta, nem de forma muito lenta de forma a não provocar distorções espaço/tempo.

ps:Acerca dos jornalistas e do seu poder de informação, ou não, espantosa a 1ª página do 24h de hoje após a publicação do nosso último artigo, publicado ontem.


1906
Luta & Resiste!

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