tag:blogger.com,1999:blog-21159844895200944542024-02-19T03:52:09.550+00:001906 LUTA & RESISTEresistentehttp://www.blogger.com/profile/13813417633162763031noreply@blogger.comBlogger301125tag:blogger.com,1999:blog-2115984489520094454.post-54207932418937879212012-12-27T17:58:00.001+00:002012-12-27T17:58:28.971+00:00Comunicado sobre a acusação criminal deduzida contra o Sr. Paulo António Pereira CristóvãoRecebemos o seguinte comunicado do CFIndependente que passamos a reproduzir na integra: <br />
<br />
"Na sequência do encerramento do inquérito que decorreu na 9ª Secção
do Departamento de Investigação e Acção Penal, conduzido pela Unidade
Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária, e da divulgação
do despacho de acusação proferido contra o arguido Sr. Paulo António
Pereira Cristóvão, por factos alegadamente praticados no exercício do
cargo de vice-presidente do Conselho Directivo (CD) empossado em 27 de
Março de 2011, a Candidatura Independente ao Conselho Fiscal e
Disciplinar do Sporting Clube de Portugal vem comunicar o seguinte:<br />
1. De acordo com o despacho de acusação proferido contra o arguido
Sr. Pereira Cristóvão, o mesmo terá praticado, no exercício das suas
funções de vice-presidente do CD do Sporting Clube de Portugal (SCP), um
total de sete crimes, a saber, um crime de burla qualificada, um crime
de branqueamento de capitais, um crime de devassa por meio de
informática, dois crimes de peculato, um crime de acesso ilegítimo
qualificado e um crime de denúncia caluniosa qualificada.<br />
<br />
2. Os factos relatados no despacho de acusação revestem-se, em
abstracto, da maior gravidade e, se verdadeiros, terão sido e serão
causadores de pesados danos à honra e ao património da instituição SCP.<br />
<br />
3. Face à natureza dos sete crimes imputados ao arguido Sr. Pereira
Cristóvão, é forçoso concluir que o SCP é, relativamente aos crimes de
burla qualificada e peculato, a pessoa ofendida, tendo por isso
legitimidade para se constituir como assistente no procedimento criminal
em curso, como resulta do disposto no art. 68°/1/a do Código de
Processo Penal (CPP).<br />
<br />
4. A isto acresce que, relativamente a todos os crimes imputados ao
arguido Sr. Pereira Cristóvão, é também forçoso concluir que, a
confirmarem-se os factos indiciados, o SCP terá sofrido danos
patrimoniais e não patrimoniais causados pelos mesmos, o que o legitima a
deduzir pedido de indemnização civil no procedimento criminal em curso,
como resulta do disposto no art. 74°/1 do CPP.<br />
<br />
5. Mais que um direito, a Candidatura Independente considera que a
constituição como assistente e a apresentação de pedido de indemnização
pelo SCP são um dever a que o CD não pode deixar de dar cumprimento, sob
pena de enjeitar todo o património cultural e histórico do SCP e dos
seus associados.<br />
<br />
6. Efectivamente, os estatutos do SCP impõem a Lealdade como um dos
atributos que devem constituir apanágio de toda a actuação do Clube
(art. 7°).<br />
<br />
7. Os mesmos estatutos impõem que os sócios do SCP devem possuir
idoneidade e não podem ter contribuído, através de comportamentos
indignos, para o desprestígio de qualquer instituição desportiva,
cultural ou recreativa (art. 14°/2).<br />
<br />
8. Os estatutos do SCP impõem ainda, como dever de todos os sócios do
SCP, o de “manter impecável comportamento moral e disciplinar de forma a
não prejudicar os legítimos interesses do Sporting Clube de Portugal,
nomeadamente defendendo e zelando pelo património do Clube” (art.
21°/g).<br />
<br />
9. A violação de tais deveres constitui infracção disciplinar nos
termos dos mesmos estatutos, sendo a sanção especialmente agravada
quando cometida por membro dos órgãos sociais em exercício de funções
(art. 27°).<br />
<br />
10. Ora, os factos indiciados apontam – e fazem-no com suporte
probatório sólido, nomeadamente em termos documentais – para uma
actuação que, a confirmar-se, viola em toda a linha a matriz do SCP e os
deveres de conduta dos seus sócios e, em particular, dos membros dos
seus órgãos sociais, tal como consignados nas normas estatutárias acima
referidas.<br />
<br />
11. O CD do SCP tem assim a responsabilidade indeclinável de demarcar
o Clube dos comportamentos imputados ao arguido Sr. Pereira Cristóvão,
sinalizando perante toda a comunidade que a instituição não pactua com
tais comportamentos nem permanece indiferente quando se vê envolvida nos
mesmos.<br />
<br />
12. Não está em causa a presunção de inocência que assiste e sempre
assistirá ao arguido Sr. Pereira Cristóvão até ao trânsito em julgado de
eventual decisão condenatória.<br />
<br />
13. Em causa está, sim, a necessidade de o SCP, enquanto sujeito
central dos factos em discussão no procedimento criminal, intervir
activamente neste procedimento para defesa dos seus direitos - sendo
que o momento presente é o legalmente previsto para esta intervenção,
que não pode ser protelada até que na justiça penal se estabeleça
qualquer juízo de censura definitivo.<br />
<br />
14. Deve referir-se que a posição processual do assistente é, nos
termos legais, a de colaborador do Ministério Público e de subordinado à
actividade deste, ou seja, a de exercer a acção penal no quadro do
princípio da legalidade, pugnando pela descoberta da verdade e pela
realização da justiça de acordo com critérios estritamente objectivos.<br />
<br />
15. Deve notar-se ainda que, relativamente ao crime de peculato,
qualquer pessoa tem o direito de se constituir assistente no processo,
atendendo ao estatuto de utilidade pública do SCP, enquanto entidade
alegadamente lesada.<br />
<br />
16. Neste contexto, seria em absoluto incompreensível que essa mesma
entidade renunciasse a uma defesa enérgica dos seus próprios direitos,
ficando inerte perante uma tão grave imputação delituosa.<br />
<br />
17. Nos termos estatutários, é ao CD, enquanto órgão competente para a
prática dos actos adequados à realização dos fins do SCP e à aplicação
dos seus estatutos, que cabe representar o Clube em juízo.<br />
<br />
18. Face a todo o exposto, a Candidatura Independente interpela o CD
para que, em representação do SCP, utilize em toda a sua extensão as
faculdades processuais que lhe assistem, levando até às últimas
consequências a busca pela verdade e pela justiça.<br />
<br />
19. Também ao Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD) empossado em 27 de
Março de 2011 se exige acção pronta e determinada em todas as vertentes
suscitadas pelos factos e desenvolvimentos conhecidos ao longo dos
últimos dias.<br />
<br />
20. Recordamos que, em comunicado de 26 de Junho de 2012, o CFD
propôs que o inquérito interno para averiguação dos factos imputados ao
arguido Sr. Pereira Cristóvão aguardasse a conclusão da investigação
criminal então em curso, o que possibilitaria um conhecimento mais
aprofundado dos factos em causa.<br />
<br />
21. Concluído que está o inquérito criminal e deixando o processo de
estar sujeito a segredo de justiça, mostram-se agora ultrapassadas as
limitações aos “poderes investigatórios” do CFD que o impediram de
confirmar ou infirmar a realidade daqueles factos.<br />
<br />
22. Assim, impõe-se que o CFD incorpore no processo interno de
averiguações todo o material probatório existente no processo de
inquérito criminal, procedendo, nos termos prescritos nos estatutos do
SCP, em conformidade com os factos em causa, os quais, em abstracto e
como já se referiu, se revestem da maior gravidade em sede disciplinar,
justificando uma investigação aturada e, sendo o caso, uma reacção
veemente e exemplar do órgão social competente nessa matéria.<br />
<br />
<b>Independência. Rigor. Verdade.</b><br />
<br />
27 de Dezembro de 2012<br />
<br />
A Candidatura Independente ao Conselho Fiscal e Disciplinar"<br />
<br />
<br />
1906<br />
<br />
Luta & Resiste! resistentehttp://www.blogger.com/profile/13813417633162763031noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2115984489520094454.post-10940550457321249462012-11-28T11:46:00.000+00:002012-11-28T11:46:24.871+00:00Sporting Clube de Portugal - sem futuro<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/XClMwJvuuE4" width="420"></iframe><br />
<br />
Até quando?<br />
<br />
1906<br />
<br />
Luta & Resiste!resistentehttp://www.blogger.com/profile/13813417633162763031noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2115984489520094454.post-33575429732531461372012-11-09T09:08:00.001+00:002012-11-09T09:14:45.102+00:00Comunicado AAS - "JN vs Profissinalismo"<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjVYfa_Czj92vdKH_gztDtt9lKLVuGXe4QaENF1Vpxqn_WLxTPjy9B28S8n7UqbHEQDLyMH1diO6tPW1sCPw33WRDhMQV_ZsQxt-F9knPZGmGU_bYRUPDMcWoYkUsxIiCvl2_3G0t4sp_1/s1600/JN08NOV2012.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjVYfa_Czj92vdKH_gztDtt9lKLVuGXe4QaENF1Vpxqn_WLxTPjy9B28S8n7UqbHEQDLyMH1diO6tPW1sCPw33WRDhMQV_ZsQxt-F9knPZGmGU_bYRUPDMcWoYkUsxIiCvl2_3G0t4sp_1/s1600/JN08NOV2012.jpg" width="240" /></a></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in;">
<br />
<span style="font-size: small;">
<style type="text/css">
<!--
@page { margin: 0.79in }
P { margin-bottom: 0.08in; direction: ltr; color: #000000; widows: 2; orphans: 2 }
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</style>
</span><br />
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0.14in;">
“<span style="font-size: large;"><b>Jornal
de Notícias versus Profissionalismo”</b></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in;">
<span style="font-size: small;">A
Associação de Adeptos Sportinguistas, AAS, vem por este meio
expressar o maior repúdio e estupefacção pela falta de
profissionalismo demonstrada pelo Jornal de Notícias, na sua secção
de desporto do dia 8 de Novembro de 2012 na constituição previsível
das equipas para o jogo Sporting CP - Genk. A piada reles e
desprezível utilizada para substituir o nome de Franky Vercauteren
revela em todo o seu esplendor a conhecida e lamentável tendência
clubística deste jornal e põe a nu a falta de rigor no jornalismo
português. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in;">
<span style="font-size: small;">Jamais
deixaremos de pugnar pelo respeito que merece o Sporting Clube de
Portugal e tudo faremos para deixar a nu o que o Jornal de Notícias
revela ser: uma publicação rasca onde grassa a falta de
profissionalismo e o total desrespeito pelo Sporting Clube de
Portugal e pelos seus milhões de seguidores.</span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in;">
<span style="font-size: small;">Para
os devidos efeitos, serão efectuadas as queixas possíveis nas
entidades competentes e fica o apelo público ao Sporting Clube de
Portugal para que impeça todos os "weird dudes" com
carteira de Jornalista ao serviço deste jornalzeco de frequentarem
as instalações (privadas!) do Sporting Clube de Portugal.</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in;">
<span style="font-size: small;">Comité
Executivo <br />Associação de Adeptos Sportinguistas </span>
</div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6wIcTd-qb609H02vXrTYGDTw54YKSapze9WgT8Mb4cL9BuyIFAHschmRpVZvV37h8UkCU-YsLUXiAaWE2moREJrToSN_7tmZ-YPBgydRbqxNeAIApVa-vQSH7L-fZ0WJNxffuxNg82yPS/s1600/2007_03_09_SPARTA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="145" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6wIcTd-qb609H02vXrTYGDTw54YKSapze9WgT8Mb4cL9BuyIFAHschmRpVZvV37h8UkCU-YsLUXiAaWE2moREJrToSN_7tmZ-YPBgydRbqxNeAIApVa-vQSH7L-fZ0WJNxffuxNg82yPS/s320/2007_03_09_SPARTA.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<span style="font-size: small;">1906 </span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in;">
<span style="font-size: small;">Luta _&<span style="font-size: small;"> </span>Resiste! </span>
</div>
resistentehttp://www.blogger.com/profile/13813417633162763031noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2115984489520094454.post-45446134654390652712012-10-24T10:57:00.002+01:002012-10-24T10:57:59.295+01:00Tourada no Sporting!<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/L2ysUE8jhw0" width="420"></iframe><br />
<br />
1906<br />
<br />
Luta & Resiste!resistentehttp://www.blogger.com/profile/13813417633162763031noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2115984489520094454.post-22898850791607937912012-10-15T16:44:00.002+01:002012-10-16T00:35:11.932+01:00Com bonecos desta vez! Para não haver desculpas...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4fnyTWwuvh1VYH-Q7rkG2j28wGXXAtPUQvSR7BFGrCmVKfBNzsSZUQW7X1G4XoQv0CTcawcMzkgQ5nbypwTCNJGpDWpOe0zUOGj97jdHCniNiYSQT5F9KaqGzShJKm1AZxjBmHJILps8-/s1600/0001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4fnyTWwuvh1VYH-Q7rkG2j28wGXXAtPUQvSR7BFGrCmVKfBNzsSZUQW7X1G4XoQv0CTcawcMzkgQ5nbypwTCNJGpDWpOe0zUOGj97jdHCniNiYSQT5F9KaqGzShJKm1AZxjBmHJILps8-/s1600/0001.jpg" width="245" /></a></div>
Consultar infografia animada publicada no expresso, <a href="http://expresso.sapo.pt/os-15-anos-das-sad-do-sporting=f760267" target="_blank">aqui! </a><br />
<br />
1906<br />
<br />
Luta & Resiste! <br />
<br />resistentehttp://www.blogger.com/profile/13813417633162763031noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2115984489520094454.post-53237834029972920182012-10-10T17:53:00.001+01:002012-10-10T17:53:10.242+01:00Os "salvadores" do Sporting<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/oB7avug22Ic" width="420"></iframe><br />
<br />
<br />
1906<br />
<br />
Luta e Resiste!resistentehttp://www.blogger.com/profile/13813417633162763031noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2115984489520094454.post-67906420199266633292012-09-13T23:22:00.000+01:002012-09-13T23:22:35.959+01:00Obrigado aos melhores adeptos do mundo!<iframe src="http://player.vimeo.com/video/49297739?color=01AAEA" width="670" height="377" frameborder="0" webkitAllowFullScreen mozallowfullscreen allowFullScreen></iframe><br />
<br />
1906<br />
<br />
Luta & Resiste!resistentehttp://www.blogger.com/profile/13813417633162763031noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2115984489520094454.post-1661078862732576332012-08-21T14:49:00.000+01:002012-08-21T14:49:44.190+01:00Comunicado AAS - “Alteração do calendário Marítimo - Sporting”Recebemos da Associação de Adeptos Sportinguistas, o comunicado que publicamos em seguida:<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuOcbs64AgSJ7JOqMIH8HLO_YiRYMOjceo8o4j4vqCQtJcqHTi6j2ZjjFZxRrYR8dHcxZOPqodwuT_xI9lxm584d7b6VvvefaTLH5TZVYtyZautT4PeusNouOqQh9HhFIW5kCDAuZy5BoN/s1600-r/AASSIMBOLO.png" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="463" width="563" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuOcbs64AgSJ7JOqMIH8HLO_YiRYMOjceo8o4j4vqCQtJcqHTi6j2ZjjFZxRrYR8dHcxZOPqodwuT_xI9lxm584d7b6VvvefaTLH5TZVYtyZautT4PeusNouOqQh9HhFIW5kCDAuZy5BoN/s1600-r/AASSIMBOLO.png" /></a></div><br />
"Tomando conhecimento da intenção de adiamento da partida da 3a jornada da Liga,<br />
correspondente à visita do Sporting Clube de Portugal ao campo do CF Marítimo, a<br />
Associação de Adeptos Sportinguistas entende ser conveniente relembrar e alertar<br />
para os constrangimentos que este tipo de situações provoca aos adeptos.<br />
<br />
Como é do conhecimento geral, a AAS defende a importância da militância e<br />
participação dos adeptos na vida do clube e nesse capítulo, as deslocações de adeptos<br />
aos estádios de clubes adversários é um tema que deve merecer a maior atenção por<br />
parte de todas as partes envolvidas. Um tema que, na verdade, interessa a todos.<br />
<br />
Uma deslocação ao arquipélago da Madeira, pressupõe a aquisição de uma passagem<br />
aérea e com o intuito de obter as melhores tarifas, normalmente os adeptos procuram<br />
adquirir estas passagens com alguma antecedência. Adicionalmente, poderão ser<br />
necessários ajustes do foro pessoal e profissional de modo a permitir a presença na<br />
partida em questão.<br />
<br />
Tomando este caso como exemplo, solicitamos à Liga Portuguesa de Futebol<br />
Profissional e demais clubes participantes que tenham sempre estas questões nas suas<br />
preocupações. A deslocação ao campo de um adversário contempla uma série de<br />
factores logísticos cuja preparação atempada revela-se inconsequente com estas<br />
alterações solicitadas pelos clubes.<br />
<br />
Naturalmente, compreendemos a importância das partidas de competições<br />
internacionais e respectivo tempo de recuperação e/ou deslocações, mas a Liga e os<br />
clubes devem também entender que os adeptos não conseguirão reagendar férias ou<br />
folgas nem obter reembolsos em transportes ou sequer a alteração das datas dessas<br />
passagens.<br />
<br />
Entende a AAS ser este caso uma óptima oportunidade para recolocar na Agenda<br />
Desportiva nacional o tema e propõe que o actual regulamento venha a definir que:<br />
i) Jogos disputados entre clubes cujas sedes distem menos de 200km deverão ser<br />
calendarizados com, pelo menos, 15 dias de antecedência;<br />
<br />
ii) Jogos disputados entre clubes cujas sedes distem mais de 200km deverão ser<br />
calendarizados com, pelo menos, 21 dias de antecedência;<br />
<br />
iii) Jogos disputados entre clubes de Portugal Continental e das Ilhas deverão ser<br />
calendarizados com, pelo menos, 30 dias de antecedência.<br />
<br />
Para o caso presente, sugere a AAS que os clubes ou a própria Liga tomem em<br />
consideração os argumentos supracitados assim como o esforço que os adeptos do<br />
futebol fazem para assistir a jogos num complicado clima socioeconómico e tomem a<br />
iniciativa de garantir o ressarcimento aos adeptos das despesas relativas à alteração<br />
das datas dos voos ou do cancelamento destes no que ao jogo mencionado diz<br />
respeito, a título excepcional.<br />
<br />
Os adeptos têm cumprido a sua parte de responsabilidade com os seus clubes.<br />
Conseguem os clubes e a Liga defender também os interesses dos seus adeptos?<br />
Esta tomada de posição pública da AAS foi enviada igualmente ao Sporting Clube de<br />
Portugal e à Liga Portuguesa de Futebol Profissional.<br />
<br />
Comité Executivo,<br />
Associação de Adeptos Sportinguistas"<br />
<br />
<br />
<br />
1906<br />
Luta & Resiste!<br />
resistentehttp://www.blogger.com/profile/13813417633162763031noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2115984489520094454.post-30136605283548230042012-08-08T22:18:00.001+01:002012-08-08T22:18:56.283+01:00Sempre a mesma história....<iframe src="http://player.vimeo.com/video/47114688" width="500" height="375" frameborder="0" webkitAllowFullScreen mozallowfullscreen allowFullScreen></iframe> <p><a href="http://vimeo.com/47114688">A mesma história...</a> from <a href="http://vimeo.com/sporting1906">Sporting1906</a> on <a href="http://vimeo.com">Vimeo</a>.</p><br />
<br />
ATÉ QUANDO?????<br />
<br />
<br />
1906<br />
Luta & Resiste!resistentehttp://www.blogger.com/profile/13813417633162763031noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2115984489520094454.post-28040521745089086972012-07-21T01:15:00.003+01:002012-07-21T01:15:46.484+01:00Lançamento do livro Cavaco versus Cavaco hoje na Fnac!<iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/IkBO8Ua688I" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
Foi hoje lançado o livro Cavaco versus Cavaco de Frederico Duarte Carvalho, autor do exelente blog "<a href="http://paramimtantofaz.blogspot.pt/">Para mim tanto faz</a>" <br />
Para vos abrir o apetite sobre o livro, deixo-vos com o apelo que publicou no seu blog, dirigido aos deputados da nação, acerca de Camarate: <br />
<br />
<br />
<b>Camarate - Um apelo aos deputados</b><br />
<br />
Senhores deputados, por favor, não cometam o erro de criarem a 10ª Comissão de Inquérito Parlamentar à Tragédia de Camarate (CIPTC). Ouçam as vozes bem avisadas, sensatas e honestas daqueles que pedem que não gastem mais dinheiro do orçamento da Assembleia da República. Pensem, isso sim, em medidas para combater a actual situação económica em que se encontra o País.<br />
<br />
Combatam o desemprego, desenvolvam a produtividade nacional, ouçam as palavras do senhor Presidente da República no 25 de Abril e promovam uma imagem positiva de Portugal no estrangeiro. Não gastem tempo a analisar uma situação do passado, que já não interessa e não vai adiantar ao futuro. Por favor, senhores deputados, não percam tempo com mais comissões quando já houve nove, nove comissões de inquérito parlamentar onde não há mais nada a acrescentar. <br />
<br />
Ou preferem continuar a distrair-nos com estas questões do passado enquanto o povo passa fome? Ouçam, por favor, o ex-conselheiro da Revolução, Sousa e Castro, que diz que os militares de Abril derrubaram o Estado Novo para acabar com a fome em Portugal e investiguem, por exemplo, o negócio dos submarinos. Esse sim, um verdadeiro escândalo, a par de casos como o BPN ou estas vergonhas do Freeport e os seus “envelopes castanhos” mais os gabinetes de arquitectura de amigos.<br />
<br />
Por favor, ouçam este apelo de um simples cidadão: não criem a 10ª CIPTC. Senhores deputados, se caírem no erro de criarem a 10ª CIPTC, a situação económica vai piorar, pois arriscam-se a meter a mão num ninho de vespas internacional que depois vai agravar o já apertado sufoco financeiro na tentativa de nos calar. É assim que eles têm feito há anos e anos. Desde Camarate. Os senhores deputados vão abrir uma caixa de Pandora com todas as desgraças do mundo dentro dela. <br />
<br />
Se cometerem a imprudência de quererem saber se a “alegada confissão” de um alegado responsável do alegado atentado, que, alegadamente, foi funcionário da CIA, com alegadas ligações a um – e aqui não é alegado, pois é um facto – ex-embaixador norte-americano em Portugal e posterior número dois da CIA, Frank Carlucci, que até era amigo pessoal de um ex-primeiro-ministro e ex-Presidente da República, Mário Soares -, então vão deixar em maus lençóis os nossos aliados norte-americanos e a sua imagem no resto do mundo.<br />
<br />
Acaso imaginam as implicações que teria para o nosso futuro se acusarmos os Estados Unidos da América de estarem por detrás do assassinato do nosso primeiro-ministro e ministro da Defesa, apenas porque estes queriam impedir que tivesse lugar em Portugal uns estranhos negócios ilegais de tráfico de armas que desrespeitavam a soberania do nosso País? Mas, onde é que já se viu isso? <br />
<br />
Se a vossa 10ª CIPTC provar que Portugal andava a vender armas para o Irão em 1980, furando assim um embargo internacional, que havia elementos da CIA por detrás desse negócio e Sá Carneiro, dois meses antes de Camarate, desconfiava estar a ser perseguido pela secreta norte-americana por querer investigar essas ilegalidades, pelo que teria sido então “encomendada” a sua morte por um milhão de dólares, isso vai deixar em maus lençóis muita boa gente que ainda hoje está viva. E não é só nos EUA. É também por cá.<br />
<br />
E aviso-vos que nem sequer é necessário chamar o desacreditado Fernando Farinha Simões de Vale de Judeus para testemunhar no Parlamento que Sá Carneiro desconfiava da CIA, pois podem perfeitamente chamar para ir à 10ª CIPTC uma pessoa credível, Vasco Abecassis, ex-marido de Snu Abecassis (a companheira de Sá Carneiro que faleceu também em Camarate), que contou precisamente isso à jornalista Cândida Pinto (outra pessoa credível), da SIC (a televisão do ex-primeiro-ministro Pinto Balsemão, também pessoa credível), que o escreveu na biografia sobre Snu, editada pela Dom Quixote (que é uma editora igualmente credível e bastante respeitada). <br />
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Senhores deputados, por favor, não cometam ainda o imenso e superlativo erro de irem investigar o Fundo de Defesa Militar de Ultramar - o “saco azul” do exército do tempo da guerra colonial, destinado a financiar a compra de material de guerra fora do controle do Orçamento do Estado e que, desde o 25 de Abril de 1974, era gerido em segredo pelos “militares de Abril”, esses, ingratos, que, tal como Mário Soares (o amigo do Carlucci da CIA), faltaram às celebrações da data de Liberdade no vosso Parlamento.<br />
<br />
Se insistirem nessa perigosa ideia, então façam tudo para enganar o povo Português e escondam a necessidade de envolver o nome do Presidente da República nessa questão. Eu sei que vai ser difícil, pois quando o actual Presidente da República era ministro das Finanças recebeu ordens de Sá Carneiro para investigar o Fundo de Defesa Militar de Ultramar e nunca o fez. Assim, qualquer comissão séria teria de ir perguntar-lhe o motivo pelo qual não conseguiu cumprir as ordens do primeiro-ministro e se manteve calado ao longo destes anos todos.<br />
<br />
E, mais uma vez, não é sequer necessário recorrer a “alegadas confissões” no YouTube para confirmar isso, pois basta consultar os comunicados do Conselho de Ministros de Novembro de 1980 onde essa ordem está bem explícita. Ou então a imprensa da época – tenho cópias que vos posso fornecer. Senhores deputados, não sujeitem o Presidente da República a perguntas incómodas sobre qual o conteúdo da última reunião de Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa, na qual ele esteve igualmente presente, na manhã do fatídico dia 4 de Dezembro de 1980, juntamente com as mais altas chefias militares do País, para falarem precisamente sobre questões de dinheiro e Orçamento. <br />
<br />
Não façam essas perguntas ao Presidente da República, pois o País já tem tantos problemas económicos que a imagem de Portugal no estrangeiro iria ficar arruinada para sempre. Já basta termos um ex-primeiro-ministro com fama de corrupto, imaginem agora só se, na sequência da vossa investigação, um jornalista norte-americano, ou inglês, ou francês, ou alemão se lembrasse de escrever lá no país dele que, aqui, no belo e tranquilo Portugal, o Presidente da República é suspeito de ter encoberto o móbil do assassinato de um antigo primeiro-ministro e ministro da Defesa pela CIA.<br />
<br />
Que o fizera para proteger militares portugueses e norte-americanos. Que assim escondeu um negócio de tráfico de armas de Portugal para o Irão no tempo em que o ex-director da CIA, George Bush, era candidato a vice-presidente dos EUA. Imaginem ainda que esses jornalistas se lembrassem ainda de que, no dia da primeira tomada de posse do nosso Presidente da República, George Bush esteve no Parlamento português como seu convidado de honra, confirmando assim uma longa amizade.<br />
<br />
Imaginem então uma coisa ainda mais grave, pois esses jornalistas estrangeiros iriam depois ficar a saber que, a ter havido negócio de tráfico de armas para o Irão através de Portugal em finais de 1980, isso iria demonstrar que elementos da campanha republicana Reagan/Bush, ex-agentes da CIA, teriam negociado secretamente com os iranianos a não libertação dos reféns de Teerão antes das eleições presidenciais nos EUA, a 4 de Novembro de 1980, roubando assim a reeleição de Jimmy Carter.<br />
<br />
Isso significaria que a administração Reagan chegara ao poder através de um acto de traição. Iria colocar em causa toda a política norte-americana no Médio Oriente na actualidade, pois a mesma tem sido a sequência lógica das acções iniciadas por esse negócio da CIA em Portugal com a cumplicidade dos nossos dirigentes, dirigentes norte-americanos republicanos e até com complacência dos democratas.<br />
<br />
Não, senhores deputados, a morte de um estadista em Portugal não pode chegar as estas conclusões. É preciso manter esta Ordem Mundial, senão ainda se chega à questão de saber de onde vinha o dinheiro para manter estes negócios e revelar as redes de tráfico de droga, as organizações terroristas que são promovidas para justificar as mortes e assassinatos que cresceram da mesma forma que os furacões nascem com o bater de asas de borboletas. <br />
<br />
E é por isso que temos a crise económica mundial de hoje, precisamente por causa de todos os negócios que se fizeram depois destes negócios que levaram a Camarate. Sei que parece ser algo pretensioso querer dizer que Camarate está na origem de todos os males no mundo, mas, de certo modo, infelizmente, e sem exageros, até está. E não podemos mostrar essa verdade aos Portugueses: eles não iriam aguentar. É pior do que o holocausto de Hitler, acreditem. Por isso, o meu apelo, para que não iniciem sequer os trabalhos.<br />
<br />
Tentem ir adiando até ser esquecido. A imprensa está a dar o exemplo e está fazer um bom trabalho ao ignorar o assunto. Deram a notícia ontem, mas hoje já ninguém se lembra. Não falem mais nisso e daqui a nada, no fim do mês, os portugueses já se esqueceram e podem continuar infelizes e domesticados como sempre.<br />
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Qualquer CIPTC nesta altura ou noutra qualquer, mesmo que conseguisse abafar metade daquilo que eu aqui digo, ainda assim iria descobrir muita coisa, pois os factos existem e até estão à vista. Não os liguem entre si. Não estraguem a verdade oficial que tantos anos demoraram a construir. Lembrem-se que se houver sangue, ainda pode ser o vosso a jorrar nas escadas do Parlamento. Não deixem falar quem quer falar, não façam falar quem não pode falar. <br />
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Por favor, senhores deputados, não falem mais em Camarate!"<br />
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Grande bem haja Frederico!<br />
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1906<br />
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Luta & Resiste!<br />resistentehttp://www.blogger.com/profile/13813417633162763031noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2115984489520094454.post-66762942926694992432012-06-29T13:14:00.001+01:002012-06-29T13:17:21.835+01:00Duque e Freitas essa dupla dinâmica e imparável!!!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.jornaisdodia.com/imgjornais/20120629_ABola.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="541" width="420" src="http://www.jornaisdodia.com/imgjornais/20120629_ABola.jpg" /></a></div><br />
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O que dizer da eventual troca entre o Adrien e o Miguel Lopes hoje aventada na capa do jornal A Bolha???? <br />
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A ser verdade pode-se inferir que continuamos a valorizar os nossos activos daquela maneira tão especial, que apenas está ao alcance dos nossos dirigentes desde há anos!!!<br />
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Continuamos a não saber comprar mas pior...a não saber vender...mesmo quando o valor dos jogadores é indiscutível e reconhecido por todos!<br />
<br />
Na compra quando chegam vem a custo zero, mas depois prémios de assinatura, direitos de imagem e comissões...mais valia que tivessem o preço marcado!<br />
<br />
quando se vão, é sempre em conflito com o Clube ou com o treinador e tem de sair sempre a custo zero porque tem de ser...porque não existe mais espaço para outra solução!!!<br />
<br />
Para muitos, era com imenso orgulho que olhavam para esta selecção e vislumbravam a "Geração da Academia", com a esmagadora maioria dos jogadores a terem passado por Alvalade, para mim uma imensa frustração pois significava apenas a exacta medida da nossa inépcia dirigente na rentabilização dos activos!!<br />
<br />
Só para que fique como exemplo...no Porto o Guarin mandou umas bocas....foi-se embora???? nada disso teve de aguentar-se e até jogou e valorizou-se até ser vendido! <br />
<br />
O Adrien manda umas bocas, e a unica solução passa por trocamos com um jogador do porto!!<br />
<br />
Pior...trocamos um tipo que tem lugar no nosso plantel, por um que não calça no plantel deles!!! <br />
<br />
A confirmar-se, continuo a querer acreditar que só pode ser uma mentira sem pés nem cabeça...só estamos a conseguir mandar uma serie de mensagens erradas para todos os sitios!!!! <br />
<br />
Internamente estamos a abrir a porta (ainda mais, já tinha sido entreaberta com uma serie de casos em que incluo o montinho) para qualquer jogador no plantel fazer regabofe da entidade que lhe paga o vencimento, de forma a melhorar a sua situação pessoal! <br />
<br />
Externamente é um convite que lançamos a todos os clubes (nacionais e estrangeiros) sob qual a melhor forma de criar valor para os seus planteis com muito pouco esforço!<br />
Basta encontrar-se com o jogador e instrui-lo de modo a minar a relação com o Sporting,em conclusão tão fácil como tirar um chocolate a um puto de 2 anos!!!<br />
<br />
continuamos a não aprender NADA com as lições do passado!<br />
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Ser dirigente é acima de tudo ter bom senso!!! e esta cambada perdeu-o há muito!!!<br />
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1906<br />
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Luta & Resiste!resistentehttp://www.blogger.com/profile/13813417633162763031noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2115984489520094454.post-56723088940503841432012-06-21T14:54:00.002+01:002012-06-21T18:42:59.891+01:00Silva e Costa & Pessoa e Costa Assessores da Direcção<a href="http://cineminha.com.br/_img/_filmes_fotos/300oficial4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="236" width="350" src="http://cineminha.com.br/_img/_filmes_fotos/300oficial4.jpg" /></a><br />
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<br />
<br />
Numa altura de festividades e de santos populares há quem possa achar que se tratam de duas duplas de música pimba ou de Sertanejo. Ao estilo Nélson Rosado & Sérgio Rosado, Zezé di Camargo & Luciano, Chitãozinho & Xororó ou Quim Roscas & Zeca Estacionancio.<br />
<br />
Na realidade são duas sinistras e desenterradas personagens e não quatro, que estão de regresso ao Sporting após terem deixado a sua terrível marca.<br />
<br />
Citar<br />
Mais se comunica que, com o objectivo de reforçar as respectivas equipas de trabalho, passarão a colaborar como assessores não remunerados do Presidente do Conselho Directivo José Manuel Silva e Costa, na área comercial, e João Pessoa e Costa na área de infra-estruturas/património.<br />
<a href="http://www.sporting.pt/Noticias/Clube/no...lube_comunicadopelouros_190612_94732.asp">http://www.sporting.pt/Noticias/Clube/no...lube_comunicadopelouros_190612_94732.asp</a><br />
<br />
João Pessoa e Costa foi vice-presidente do famoso Jorge Gonçalves durante o mandato que não chegou a durar um ano. Altura em que existiu um Conselho Fiscal e Disciplinar que não compactuou com o trabalho da Direcção e apresentou a sua demissão colectiva acusando a Direcção da prática de "actos de gestão considerados pouco claros, anómalos, ou mesmo danosos para os interesses do Clube".<br />
<a href="http://www.forumscp.com/wiki/index.php?title=A_Ger%C3%AAncia_1988/89">http://www.forumscp.com/wiki/index.php?title=A_Ger%C3%AAncia_1988/89</a><br />
<br />
Entre os diversos actos de gestão considerados pouco claros ficou por esclarecer a transferência do jogador Rijkaard, onde na altura dirigentes apontaram o dedo a Pessoa e Costa e a Miguel Catela. De qualquer forma Pessoa e Costa ainda teve direito à sua segunda vida ao ser vice-presidente de Sousa Cintra no mandato seguinte. Durou 2 anos, não tendo integrado a Direcção no segundo mandato de Sousa Cintra.<br />
<br />
Caminha neste momento para a sua terceira vida a servir-se do Sporting onde tem a árdua tarefa de apoiar as infraestruturas e o património. Apesar de no comunicado referir-se que tal cargo não é remunerado, importa destacar que o cargo do seu antecessor também não era remunerado.<br />
Veremos quais são as empresas e avenças que irá trazer consigo...<br />
<br />
Importa também destacar que irá trabalhar sob delegação de poderes do "Presidente" Godinho Lopes, o qual voltou a puxar para si a área do património e infra-estruturas. Área que esteve sob sua alçada durante o mandato de Roquette e posteriormente de Dias da Cunha até ter sido arguido no caso paquetes da expo. A gestão do património e infra-estruturas aquando da vice-presidência de Godinho Lopes, teve com destaque a derrapagem de custos na construção do Estádio, o aumento directo do passivo do Clube. A nível patrimonial temos também a ligação ao triângulo, MDC, Diogo Gaspar Ferreira e Godinho Lopes. Assunto que passou em claro na Auditoria fantoche dirigida por Godinho e Duarte Galhardas (ex-dirigente desta Direcção e Fiscal único da MDC).<br />
<br />
Sobre o património e as infra-estruturas pouco há a dizer, pouco resta ao Clube. Veremos se continuará a apostar nas pinturas de túneis, mastros e relva. Ou se irá trazer novas tintas, perdão, ideias para o Clube.<br />
<br />
Sobre Jorge Gonçalves importa destacar a propaganda e apoio que foi prestado a Godinho Lopes nas eleições:<br />
"Acredito no projecto de Godinho Lopes"<br />
<a href="hxxp://www.sportingapoio.com/jorge-goncalves-acredito-no-projecto-de-godinho-lopes/[/url]">hxxp://www.sportingapoio.com/jorge-goncalves-acredito-no-projecto-de-godinho-lopes/[/url]</a><br />
<br />
Será à terceira que irá cair, juntamente com os culpados do estado do Clube.<br />
<br />
José Manuel Silva e Costa, também conhecido e baptizado pela imprensa (record) como Sílvio e Costa, apesar das suas ligações à Cofina... Está de regresso ao Clube que o promoveu.<br />
<br />
image hosting<br />
<br />
Fica com a área comercial, pelouro que no espaço de um ano já teve nas mãos de diversas pessoas, começando por Carlos Barbosa o qual se demitiu "após ter concluído a reorganização da área comercial do Clube", ter insistido em entrevista ao Record na alteração dos Estatutos para atingir 100 mil sócios pagantes ainda no final da actual época (afinal não chegam a 20 mil sócios efectivos com as quotas em dia). Deixou também pérolas como "daqui a um ano, um ano e tal, o FC Porto já não fará parte do nosso campeonato. O campeonato do Sporting daqui a um ano ou dois será o Barcelona, o Ajax, o Real Madrid."<br />
<a href="http://www.record.xl.pt/storage/ng1162653.jpg?type=headline" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="476" width="634" src="http://www.record.xl.pt/storage/ng1162653.jpg?type=headline" /></a><br />
<br />
<br />
Passou também por Francisco Lopes, que também não aqueceu o lugar, tendo durado 4 meses como responsável máximo do pelouro que pertencia a Carlos Barbosa, tendo sido substituído pelo yes man Valdemar Barreto, que agora irá ficar a responder a Silva e Costa...<br />
<br />
Silva e Costa entrou para a Direcção do Sporting em 2002 como vogal, era na altura Dias da Cunha o Presidente. Tendo passado para Vice-Presidente em 2006 com Soares Franco. Assistiu a aumentos sucessivos de passivo, uma derrapagem financeira absurda e ao início da venda vergonhosa do património e das sucessivas reestruturações financeiras. Sempre assobiou para o lado enquanto o Clube ia caminhando para o abismo. Na pior situação desportiva, financeira, patrimonial e de identidade da História Centenária do Sporting.<br />
<br />
Após ter saído, ficando para sempre ligado a esse período negro da História do Sporting, tem vindo a terreiro a defender e a promover as suas "amizades". As quais são mais importantes que a defesa do Sporting. Um verdadeiro vendedor de banha da cobra de fraca qualidade. Apenas os tolos a compram.<br />
Deixando publicamente na imprensa pérolas como:<br />
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Em Março de 2009: "Tenho a grande convicção de que a obra que está a ser feita tem de ser continuada e que há uma pessoa certa para o fazer e essa pessoa é Filipe Soares Franco"<br />
<a href="http://www.rtp.pt/noticias/index.php?art...8&tm=27&layout=158&visual=49">http://www.rtp.pt/noticias/index.php?art...8&tm=27&layout=158&visual=49</a><br />
<br />
Em Maio de 2009: "José Bettencourt representa a candidatura mais credível, aquela que merece o meu apoio. Fez um esforço que poucos estariam dispostos a fazer e tiro-lhe, por isso, o chapéu."<br />
<a href="http://www.record.xl.pt/Futebol/Nacional...Sporting/interior.aspx?content_id=397761">http://www.record.xl.pt/Futebol/Nacional...Sporting/interior.aspx?content_id=397761</a><br />
<br />
Em Dezembro de 2010, após o seu querido Bettencourt ter apresentado um trabalho miserável, veio com as seguintes afirmações:<br />
Adjectiva o mandato de Jorge Gonçalves com as palavras de "ingenuidade e desequilíbrio, com correspondente derrapagem e afundamento financeiro". Acaba por ser uma crítica também ao agora colega de "trabalho" Pessoa e Costa o qual contribuiu de forma activa na Direcção do ex-presidente. Torna-se relevante confrontar estas palavras com os dados da Auditoria, onde se comprova que "a derrapagem e afundamento financeiro" destes últimos 17 anos, foi um verdadeira catástrofe sem qualquer comparação com os poucos meses de mandato de Jorge Gonçalves.<br />
No mesmo artigo vem vender "esperança para o futuro e fé". Um mês depois Bettencourt favorecia os credores, com uma reestruturação financeira lesiva para o Clube e convocava eleições.<br />
<a href="hxxp://www.sportingapoio.com/esperanca-por-jose-silva-e-costa/[/url]">hxxp://www.sportingapoio.com/esperanca-por-jose-silva-e-costa/[/url]</a><br />
<br />
Em Janeiro de 2011, pedia "a demissão dos órgãos sociais e a convocação de eleições". A esperança e a fé foi-se em 20 dias, tal como a reestruturação financeira que em nada serviu o Clube.<br />
<a href="hxxp://www.sportingapoio.com/silva-e-costa-critica-gestao-de-bettencourt-e-pede-solucao-abrangente/[/url]">hxxp://www.sportingapoio.com/silva-e-costa-critica-gestao-de-bettencourt-e-pede-solucao-abrangente/[/url]</a><br />
<br />
Em Março de 2011, pregava o lambucismo com o típico ou nós ou o caos, "acho que não vai ser com demagogia barata e inconsequente, voluntarismos próprios de candidatos tipo do “queijo da serra” ou espertezas bem falantes de quem, bem pelo contrário, nunca nada fez de positivo pelo clube, que vamos resolver os nossos graves problemas."<br />
"A solução tem de ser devidamente estruturada, com seriedade, com propostas concretas (e não com o depois logo se vê, que é o caminho mais curto para não se pagarem ordenados ao fim de um mês) e com pessoas com provas dadas, que não queiram ir para o clube para se servirem dele, mas sim para o servir, com passado de experiência e honestidade comprovadas." Estranhamente estava a defender a corja roquetteira com adjectivos de experiência e honestidade comprovadas. Após estes senhores terem colocado o Clube na lama<br />
<a href="http://www.record.xl.pt/opiniao/cronista...ao_peito/interior.aspx?content_id=687499">http://www.record.xl.pt/opiniao/cronista...ao_peito/interior.aspx?content_id=687499</a><br />
<br />
Em Março de 2011, antes das eleições referia o seguinte, "tentando com chico-espertice criar uma realidade virtual, parecida com as ilusões de banha da cobra , que apregoam desavergonhadamente"<br />
"teremos de votar numa candidatura que leve para o Sporting gente competente e experimentada, respeitada e com provas dadas na sociedade portuguesa. E por isso teremos de votar na candidatura que não cultive o divisionismo para se focar no confronto, esse sim essencial com os nossos adversários."<br />
"Para isso não será necessário anunciar treinadores da Holanda ou do Brasil, atacar a continuidade quando se é o rosto dela na SAD e no clube, prometer dinheiros miríficos à "Vale e Azevedo", ou anunciar ruturas em desrespeito pelos mais velhos que são por mérito próprio e por experiência e militância os pilares do clube, por muito que doa aos oportunistas acabados de chegar. Por isso voto Godinho Lopes, homem sensato e com obra feita, e voto no seu modelo de futuro. E assim, espero, voltaremos a ter muito digno e pujante o nosso grande amor: o Sporting."<br />
<a href="http://www.record.xl.pt/opiniao/cronista...ao_peito/interior.aspx?content_id=689633">http://www.record.xl.pt/opiniao/cronista...ao_peito/interior.aspx?content_id=689633</a><br />
Existem cem milhões de argumentos para rebater esta cassete pirata. Não fosse este senhor o pregador da candidatura dos SEM milhões.<br />
<br />
Em Maio de 2011, promovia o trabalho da Actual Direcção com o mote de "pacificação e transparência". Após o vergonhoso acto eleitoral e as dúvidas que surgiram, só podia ser uma piada de mau gosto.<br />
<a href="http://www.record.xl.pt/opiniao/cronista...ao_peito/interior.aspx?content_id=697947">http://www.record.xl.pt/opiniao/cronista...ao_peito/interior.aspx?content_id=697947</a><br />
<br />
Após anos a vender banha da cobra, a encobrir, a enganar e a ludibriar os Sportinguistas com as suas colunas encomendadas nos pasquins.<br />
<br />
Após colocar sempre os seus interesses pessoais à frente dos interesses do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL.<br />
<br />
O polvo Roquetteiro veio dar-lhe a mão para terminar o trabalho sujo que andam a fazer, sempre com as devidas regalias, mordomias e avenças.<br />
<br />
Moral da História:<br />
<br />
<b>Os Criminosos voltam sempre ao local do Crime.<br />
<br />
Neste Sporting a pouca vergonha não tem fim.</b><br />
<br />
<a href="Ler mais: http://www.forumscp.com/index.php?topic=46520.0#ixzz1yR2Mg1Lq">Ler mais: http://www.forumscp.com/index.php?topic=46520.0#ixzz1yR2Mg1Lq</a><br />
<br />
<br />
1906<br />
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Luta & Resiste!resistentehttp://www.blogger.com/profile/13813417633162763031noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2115984489520094454.post-61293272562694946272012-06-11T15:58:00.001+01:002012-06-11T16:00:36.854+01:00Fairplay financeiro - Benfica ajudado em 65 milhões revela a PJ!<a href="http://www.swordskingdom.com/images/images_big/300%20Movie%20King%20Leonidas%20Spartan%20Sword%20NEW.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="800" width="800" src="http://www.swordskingdom.com/images/images_big/300%20Movie%20King%20Leonidas%20Spartan%20Sword%20NEW.jpg" /></a><br />
Passamos a citar a noticia que aparece hoje no Jornal de Noticias, <a href="http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Lisboa&Concelho=Lisboa&Option=Interior&content_id=1625315">aqui</a>:<br />
<br />
"Carmona Rodrigues, ex-presidente da Câmara de Lisboa, foi ilibado de corrupção no caso que envolvia a construção do novo estádio do Benfica para o Euro 2004, um negócio de parceria entre a autarquia, o clube e a Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL).<br />
<br />
De acordo com o semanário Sol, o Ministério Público (MP) decidiu arquivar as suspeitas de corrupção passiva para acto ilícito que recaíam sobre o antigo autarca. Além de Carmona Rodrigues, todos os outros quatro arguidos ? o ex-presidente da EPUL Sequeira Braga, e mais três gestores desta empresa ? acabaram ilibados do crime de gestão danosa.<br />
<br />
O Benfica terá encaixado cerca de 65 milhões de euros com a assinatura do contrato-programa destinado à construção do novo estádio. Santana Lopes, apesar de, à data, presidir ao município, foi apenas ouvido como testemunha.<br />
<br />
O clube encaixou milhões de várias formas. Foi-lhe autorizada construção num terreno situado junto ao estádio e vendeu os direitos à EPUL, arrecadando mais de 32 milhões de euros.<br />
<br />
Por lucros futuros que a EPUL iria receber pela construção de 200 fogos no Vale de Santo António (inviabilizada entretanto pela autarquia), o Benfica recebeu adiantados mais dez milhões de euros. A Câmara viria ainda a ceder, em direito de superfície, a exploração de duas bombas de gasolina. O clube vendeu-os à Galp e arrecadou quase 15 milhões. A EPUL suportou ainda custos relacionados com ramais de acesso, fiscalização e consultadoria.<br />
<br />
Segundo o MP, quando Carmona Rodrigues autorizou, por escrito, o pagamento de uma das verbas, já o estádio estava quase concluído. Sobre o crime de gestão danosa, o MP frisa que a EPUL foi prejudicada com o negócio do Vale de Santo António, mas acrescenta que o prejuízo (a autarquia não aprovou o loteamento) não era previsível quando os contratos foram assinados."<br />
<br />
Carmona Rodrigues um invertebrado que fez parte do Conselho Leonino e protelou SEMPRE a solução do pavilhão para o Sporting e da indemenização ao Clube pelos terrenos cedidos á CML, neste assunto em particular foi bem mais expedito!<br />
<br />
Santana e Carmona podem ser absolvidos pela justiça, mas a história não apaga estes nomes de estarem ligados á iniquidade e podridão da corrupção e tráfico de influências em Portugal! <br />
<br />
<br />
1906<br />
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Luta & Resiste!resistentehttp://www.blogger.com/profile/13813417633162763031noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2115984489520094454.post-3587461897567248112012-05-29T13:47:00.002+01:002012-05-29T13:47:46.867+01:00Desporto em Portugal...através de comunicados!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://desmond.imageshack.us/Himg198/scaled.php?server=198&filename=30020061080pbluraydtsx2.png&res=landing" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="266" width="640" src="http://desmond.imageshack.us/Himg198/scaled.php?server=198&filename=30020061080pbluraydtsx2.png&res=landing" /></a></div><br />
<br />
Apresentamos hoje um exercício, numa tentativa ambiciosa de caracterizar um evento desportivo através da leitura e análise de comunicados.<br />
<br />
Primeiro iremos apresentar as imagens do que se passou:<br />
<br />
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=WYbkp9Scwmo">Treinador do Benfica insulta e provoca adeptos do FCPorto</a><br />
<br />
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=jHnr_xSLiKo&feature=related">Análise detalhada dos incidentes</a><br />
<br />
<a href="http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&v=-f9kQOrYOkc&NR=1">Incidentes após o FCPorto Benfica em basquete</a><br />
<br />
<a href="http://www.abola.pt/nnh/ver.aspx?id=332892">Reportagem fotográfica dos incidentes</a><br />
<br />
Ainda no dia 23 de Maio o FCPorto reage através de <a href="http://www.fcporto.pt/OutrasModalidades/Basquetebol/Noticias/noticiabasquetebol_bascompolicia_230512_69111.asp">comunicado no seu site</a>:<br />
<br />
O FC Porto requisita a polícia para garantir a segurança de todos os intervenientes e espectadores nos espectáculos desportivos que se disputam em nossa casa. Infelizmente, na noite desta quarta-feira, a polícia agrediu gratuitamente uma série de espectadores, entre os quais mulheres e crianças, que nenhum crime cometeram, apenas se deslocaram ao Dragão Caixa para assistir a um jogo de basquetebol.<br />
<br />
Incompreensível e inaceitável que a polícia se esqueça da sua primeira missão é proteger os cidadãos e prefira bater indiscriminadamente.<br />
<br />
Mas porque tudo tem uma origem, convém historiar. O treinador Carlos Lisboa, do Benfica, podia perfeitamente festejar a vitória de forma urbana e civilizada, mas preferiu fazê-lo provocando e insultando com palavrões os adeptos do FC Porto. Ao mesmo tempo, um roupeiro do mesmo clube arremessou objectos para a bancada, o que originou um clima de tensão que inviabilizou a entrega da Taça. Convém recordar que em momento algum houve invasão do terreno de jogo por um só adepto que fosse. A polícia de imediato deveria ter dado essa indicação, mas preferiu utilizar a força de forma despropositada e desproporcionada.<br />
<br />
O FC Porto exige que se apurem responsabilidades e se encontrem o responsável ou os responsáveis por se ordenar a agressão à bastonada de cidadãos anónimos, como um grupo de jovens raparigas barbaramente agredidas pela polícia.<br />
<br />
<b>ANÁLISE:</b>O Clube enquanto Associação desportiva dos seus adeptos, esteve muito bem neste comunicado defendendo os seus adeptos, promovendo a coesão interna e apontando os inimigos externos, neste caso o treinador do Benfica e a polícia!<br />
Muito mal negando o assumir de quaisquer culpas na organização do evento desportivo e desresponsabilizando os próprios adeptos, dando carta verde para futuros actos violentos. <br />
<br />
No dia seguinte dia 24 de Maio surge o <a href="http://www.abola.pt/nnh/ver.aspx?id=333059">comunicado da Associação de Basquete do Porto:</a><br />
<br />
A ABP vem, pelo presente, manifestar a sua mais profunda indignação e repúdio relativamente aos acontecimentos vividos durante a final do Campeonato LPB, no encontro de basquetebol entre o FC Porto e o SL Benfica. De facto, <br />
<br />
1. O Futebol Clube do Porto e o Sport Lisboa e Benfica foram, ontem, maltratados e desconsiderados pela Federação Portuguesa de Basquetebol devido à ausência do seu presidente e de quaisquer outros dirigentes federativos na cerimónia de entrega da taça que premeia a mais importante prova do calendário nacional. Ao delegar num funcionário federativo a entrega da taça, o presidente Mário Saldanha bem como a sua direcção demonstraram ter uma falta de respeito, sem precedentes, quer pelos vencedores quer pelos vencidos quer ainda pelo Basquetebol;<br />
<br />
2. Por outro lado, entende ainda a ABP, dever enaltecer o exemplar comportamento de todos, repete-se, todos os intervenientes neste espectáculo – público incluído – até ao apito final do jogo. De uma singularidade preocupante, foi digno ver um pavilhão completamente cheio de luz, cor e fervoroso apoio clubístico, que esta Associação apenas lamenta não acontecerem em outros jogos desta modalidade e deste campeonato;<br />
<br />
3. Contudo, poucos minutos após o apito final do jogo, foram notórias as provocações do SL Benfica, através do seu treinador Sr. Carlos Lisboa ao insultar e ao exprimir-se mediante gestos obscenos dirigidos aos adeptos do FC Porto, bem como do roupeiro do clube ao arremessar t-shirts com os dizeres de campeão, à assistência do FC Porto que se encontrava atrás do banco do Benfica;<br />
<br />
4. Estas provocações que fizeram parte de uma estratégia bem delineada, com o objectivo de vitimização perante a opinião pública, deram origem a violenta carga policial, que agrediu cegamente homens, mulheres e crianças;<br />
<br />
5. Perante tão lamentável cenário, entende igualmente a ABP dever realçar o comportamento digno e realista do funcionário da FPB, encarregue da formalidade da entrega da taça ao vencedor, Sr. Pinto Alberto, que, abertamente, comunicou aos representantes desta Associação julgar não estarem reunidas as mínimas condições de segurança para a concretização da entrega da taça e que entendia dever abdicar-se de tal acto;<br />
<br />
6. Posição contrária e imposta a este senhor, teve a polícia de segurança pública, ao afirmar-lhe conseguir reunir todas as condições para que a entrega da taça ao vencedor se fizesse na forma adequada, exigindo-lhe que tal fosse feito, quanto mais não fosse, para poder demonstrar o domínio que conseguiria exercer;<br />
<br />
7. O resto do sucedido vai sendo debatido entre todos aqueles que estiveram presentes no pavilhão Dragão Caixa, sendo porém, digno de realce que, em caso algum, tenha havido invasão de campo por parte dos adeptos presentes;<br />
<br />
8. Em abono da verdade, sempre se dirá que a manifestação de indignação demonstrada por adeptos, dirigentes e outros presentes se poderá ver espelhada no comportamento do jogador Nuno Marçal que, perante a actuação do Sr. Carlos Lisboa e outros membros da comitiva do SLB, se limitou a exigir respeito e consideração, actos aliás exigíveis a qualquer digno vencedor.<br />
<br />
Em conclusão:<br />
1. O conjunto de lamentáveis acontecimentos verificados na final do campeonato de basquetebol acima devidamente identificados, merecem, com os esclarecimentos prestados, o mais veemente repúdio por parte da ABP;<br />
2. Atendendo à posição e obrigações que tem no seio do basquetebol português, vem a ABP manifestar a sua total solidariedade com o clube seu associado, FC Porto, em prol do qual exercerá tudo o que esteja legitimamente ao seu alcance na defesa dos interesses que são próprios não só deste mas de todos os clubes seus associados;<br />
3. Manifesta, a ABP a sua mais exacerbada preocupação face ao triste suceder de lamentáveis circunstâncias e peripécias que têm caracterizado os últimos tempos do basquetebol português;<br />
4. Perante tanta e tão densa factualidade, conclui a ABP que a actual direcção da FPB não reúne o mínimo de condições para continuar à frente dos desígnios do basquetebol português.<br />
<br />
<b>ANÁLISE:</b>Pura luta politica, aproveitando os incidentes para ao mesmo tempo que isenta o FCPorto, responsabiliza apenas o Benfica e a polícia, esquece os adeptos do Porto, mas acima de tudo o objectivo é enfraquecer a FPB, servindo estes incidentes como arma de arremesso para fazer cumprir uma agenda própria.<br />
<br />
Como o silêncio por vezes é tambem significativo, a FPB, não reagiu através de comunicado, mas sim através <a href="http://www.maisfutebol.iol.pt/desporto/basquetebol-dragao-caixa-benfica-fc-porto-incidentes-mais-futebol/1350558-4062.html">das declarações do seu presidente Mário Saldanha</a>, referindo que vai abrir um inquérito:<br />
<br />
A Federação Portuguesa de Basquetebol vai abrir um inquérito aos incidentes ocorridos quarta-feira no último jogo da final dos play-offs da Liga, disputado no pavilhão Dragão Caixa, no Porto, que deu o título de campeão nacional ao Benfica.<br />
<br />
Em declarações à agência Lusa, Mário Saldanha, presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB), avançou que vai esperar pelos relatórios dos árbitros, comissários e diretor da prova, Pinto Alberto, além do relatório da polícia, para saber o que se passou.<br />
<br />
«Vai ter de haver um inquérito. É absolutamente necessário que tudo seja apurado», sublinhou o responsável. Mário Saldanha afirmou estar «muito triste» com tudo o que se passou no Porto, adiantando que «não era previsível» que acontecessem «todas aquelas cenas no final do jogo».<br />
<br />
«Toda aquela confusão não dignifica a modalidade, mas é causada por terceiros. Dentro de campo houve sempre uma luta correta», disse o dirigente.<br />
<br />
Maria Saldanha adianta que o jogo era considerado de risco, e que tal situação foi comunicada à tutela, e que estava polícia destacada no local para o efeito. «Mas há coisas que não conseguimos controlar, estas coisas exacerbadas que acabam por acontecer e prejudicam os clubes e a modalidade. É triste acontecer numa final, um ano inteiro a jogar para aquele momento», lamentou.<br />
<br />
Segundo Mário Saldanha, «algumas coisas vão ter de ser repensadas». No entanto, o dirigente reconheceu igualmente que será difícil «erradicar» estes incidentes, mas admite que o que aconteceu quarta-feira «foi demais» salientando «que não se pode tolerar» situações daquelas.<br />
<br />
Para Mário Saldanha o que aconteceu reflete o ambiente que se vive em torno do futebol, afirmando que se trata da «futebolização das modalidades» que «andam a reboque». «É uma pena porque o basquetebol não se tem pautado ao longo do tempo com estas cenas. Eu já sou há mais de 20 anos presidente da federação e só me lembro de uma situação e também no Porto quando eu era presidente do Queluz, voltou 20 e tal anos depois», recordou.<br />
<br />
<b>ANÁLISE:</b> Normalmente abrem-se inquéritos, quando não se tem coragem de tomar decisões. Diz uma grande verdade sobre a futebolização das modalidades mas de resto muito fraquinho...não resiste a mandar a sua farpazinha clubista, recordando um incidente antigo, mas pior de tudo declinando qualquer assunção de culpa, "existem coisas que não conseguimos controlar", mas de forma subliminar informa que já esperava a turbulência"...adianta que o jogo era considerado de risco, e que tal situação foi comunicada à tutela, e que estava polícia destacada no local para o efeito." Ou seja a organização da prova demite-se de qualquer culpa e passa a bola para a PSP.<br />
<br />
No dia 24 de Maio o comunicado da PSP, entidade responsável pela segurança no local:<br />
<br />
O comunicado da PSP, na íntegra: <br />
“Relativamente aos incidentes verificados no dia de ontem, 23 de Maio, no Pavilhão ‘Dragão Caixa’, entre adeptos das equipas de Basquetebol do FC Porto e do SL Benfica, a PSP esclarece que está a proceder às necessárias averiguações e recolha de todos os elementos que contribuam para a elaboração dos subsequentes relatórios para envio às autoridades judiciais, administrativas e desportivas competentes”.<br />
<br />
<b>ANÁLISE:</b>Comunicado fraquissimo insinuando incidentes entre adeptos que NUNCA aconteceram. Ficando pela ameaça da elaboração de um relatório! Entretanto o uso da força e se ela foi desmedida ou não, nunca foi assunto. Sendo que se estava avisada, como percebemos acima para o grau de alto risco, se tomou algumas medidas preventivas quanto a isso, ou se limitou ao tão típico, " quando acontecer logo se vê...?" <br />
<br />
No dia 25 de Maio o Benfica emite um comunicado:<br />
PSP do Porto mal informada<br />
<br />
Com 48 horas de atraso, decidiu a Polícia de Segurança Pública do Porto entrar no “folclore” do jogo de Basquetebol da passada quarta-feira, no pavilhão Dragão Caixa.<br />
<br />
Diz a PSP do Porto que vai “investigar os confrontos entre adeptos do FC Porto e do Benfica”. Poderá a PSP investigar muita coisa, mas confrontos entre adeptos é que garantidamente não poderá fazer, pela simples razão de que não havia adeptos do Sport Lisboa e Benfica para festejar o título de Campeão Nacional no Dragão Caixa, uma vez que o FC Porto recusou disponibilizar bilhetes para a equipa visitante.<br />
<br />
Só podemos desejar à PSP boa sorte para esta investigação, seja ela qual for.<br />
<br />
<br />
Sendo que na noite desse mesmo dia toma a <a href="http://www.dn.pt/desporto/benfica/interior.aspx?content_id=2545572">seguinte posição</a>:<br />
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<a href="http://www.youtube.com/watch?v=zUVFHXs8YWM&feature=related">Aqui o video completo</a><br />
<br />
Presidente do Benfica reagiu aos incidentes no Dragão Caixa para lançar uma das maiores críticas de que há memória ao FC Porto, dizendo que o sucesso dos dragões tem como base a corrupção e a mentira. <br />
<br />
Luís Filipe Vieira foi ao ataque e reagiu com diversas críticas ao FC Porto, na sequência de os dragões se terem queixado do comportamento dos responsáveis encarnados no Dragão Caixa, após o jogo onde o Benfica se sagrou campeão nacional de basquetebol. <br />
<br />
"O que ontem se passou no Dragão é uma vergonha para o desporto, para o país, uma vergonha para as instituições desportivas. Só não é uma vergonha para quem não tem, nem nunca teve vergonha na cara. O que alguns fizeram ontem, mas também na véspera do jogo, foi demasiado grave para ficar impune. E ainda têm a lata de falar de apagões? Quando a sua história foi marcada por fruta, corrupção e compadrio? Têm a lata de falar de verdade desportiva quando o seu sucesso foi construído com base na maior mentira do desporto português?", questionou o dirigente encarnado, numa cerimónia em que o clube recebeu a equipa de basquetebol.<br />
<br />
As críticas foram mais longe: "O sistema ainda não acabou. O sistema de hoje continua construído na intimidação, na violência, nos favores. As nossas razões podem não chegar à UEFA, como não chegaram as 'escutas da fruta', como não chegaram para a justiça portuguesa as 'escutas do café com leite'. Mas nós não vamos parar enquanto não limparmos o desporto português. Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que acreditam que isto nunca vai mudar, os que acreditam que a impunidade vai durar para sempre."<br />
<br />
"Mas será que alguns dirigentes deste país só gostam da atuação da polícia quando esta os avisa que têm de fugir para não serem presos? Na vida como nos livros: um ladrão não deixa de ser ladrão por declamar poesia, um ladrão não deixa de ser ladrão por ir ao Papa. Um fugitivo da justiça não o deixa de ser apenas porque alguns juízes decidiram assobiar para o lado!", acrescentou Vieira.<br />
<br />
"Alguns muros já caíram, mas não vou descansar enquanto houver árbitros, delegados e dirigentes que tenham medo, que se sintam condicionados por ameaças e represálias. Não vou descansar enquanto algumas federações continuarem a ter medo de agir com liberdade", realçou Vieira. Por fim, o presidente agradeceu a "Carlos Lisboa e toda a equipa pela forma como lutaram durante o jogo e pela forma como souberam sofrer depois do jogo."<br />
<br />
<b>ANÁLISE:</b> A melhor comunicação em muitos anos de LFVieira á frente do Benfica. Tiros certeiros para as alusões ao apito dourado e ás escutas, ao prórprio sistema judicial quando refere "Mas será que alguns dirigentes deste país só gostam da atuação da polícia quando esta os avisa que têm de fugir para não serem presos?" ou mesmo o bombástico "Um fugitivo da justiça não o deixa de ser apenas porque alguns juízes decidiram assobiar para o lado!". Menos bem nos agradecimentos a Carlos Lisboa, passando por cima das provocações do técnico, e a maneira despudorada como se tenta colar á imagem de combatente pela verdade, sabendo-se todas as manobras que tiveram por base do ultimo titulo de futebol ganho e da maneira como foi ganho...<br />
<br />
<br />
Ao que o FCPorto responde com esta através igualmente de <a href="http://www.fcporto.pt/Noticias/Clube/noticiaclube_clubeosburroseamudanca_250512_69131.asp">comunicado</a>:<br />
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25/05/2012<br />
Os burros e a mudança<br />
<br />
1 - Um leitor aproveitou um dos raros momentos de satisfação para ler o que outros lhe escreveram, o que em si mesmo já não é notícia. Há pormenores que importa realçar, como o “orgulho, admiração e agradecimento” pelos gestos e insultos de um seu funcionário, o que é elucidativo do carácter do leitor e consiste no mais forte apelo à violência no desporto de que há memória em Portugal.<br />
<br />
2 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que só tiram a cabeça da toca de vez em quando e que nunca são capazes de dar a cara nas repetidas derrotas. <br />
<br />
3 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que se deixam levar por textos a fingir de anjos e arcanjos, enquanto o passivo dos nove anos de gestão do leitor galopou dos 83,9 para mais de 400 milhões de euros. <br />
<br />
4 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que permitem a quem nunca mostrou competência alterar os estatutos às escondidas para que ninguém ouse disputar-lhe a presidência e assim possa continuar a enganá-los a todos.<br />
<br />
5 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que se deixam contentar com dois campeonatos e uma taça enquanto o leitor enche pneus de inveja com os títulos nacionais e internacionais do FC Porto.<br />
<br />
6 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que ainda levam a sério o leitor. Em 2003: “O Benfica será mais forte do que o Real Madrid”. Em 2005: “Vamos arrasar na Europa”. E em 2006: “Depois do Verão, seremos o maior clube do mundo”. Largos dias têm os Invernos…<br />
<br />
7 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que pela força do hábito não sabem lidar com a vitória. Podem continuar a tentar ganhar eleições à nossa custa, mas continuam a ver o FC Porto ganhar camião de títulos. E nem o camião nem os títulos são roubados.<br />
<br />
8 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que fecham os olhos à forma como o leitor enriqueceu. É o alpinismo social.<br />
<br />
9 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que confundem risco com linha, ou que julgam que coca-cola só tem quatro letras.<br />
<br />
PS: Aguardamos que a Procuradoria-Geral da República investigue o ataque à honra e à imparcialidade dos juízes e da polícia feito pelo leitor.<br />
<br />
<b>ANÁLISE:</b> Encaixe do golpe e contra-ataque tentando enfranquecer a posição de Vieira, lembrando-o do passivo, do golpe de alteração dos estatutos. Depois faz uma pequena incursão pelo passado de Vieira com a alusão aos camiões roubados, ou mais á frente as alusões ao tráfico de droga, alpinismo social e confundir risco com linha e ainda coca-cola só tem 4 letras...esqueceram os autores deste comunicado os telhados de vidro do próprio PDC acerca de uns <a href="http://www.record.xl.pt/Futebol/Nacional/1a_liga/Porto/interior.aspx?content_id=25174">dentes de elefante perdidos e nunca assumidos </a>algures no aeroporto da invicta.<br />
<br />
<br />
Numa análise final é caso para dizer que zangam-se as comadres e descobrem-se as verdades. Existindo na análise destes comunicados matéria suficiente para a PSP fazer uns relatórios bastante gráficos sobre os intervenientes.<br />
<br />
Neste caso como em tantos outros porto e benfica representam a iniquidade do desporto em Portugal, o porto pelo sistema que construiu durante anos, de forma a destronar o existente sistema pertença do benfica, que agora combate com os mesmos argumentos. Nem um nem outro são exemplo para o desporto em Portugal, mas a comunicação social, e a quase totalidade dos "fazedores de opinião" insiste em proteger este pseudo tratado de tordesilhas do desporto nacional, até quando?<br />
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1906<br />
Luta & Resiste!resistentehttp://www.blogger.com/profile/13813417633162763031noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2115984489520094454.post-16388598498952301162012-05-23T12:23:00.000+01:002012-05-23T12:23:29.896+01:00CATASTROIKA!<iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/Qam7h1jMIwI" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br />
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O novo documentário da equipa responsável por Dividocracia chama-se Castastroika e faz um relato avassalador sobre o impacte da privatização massiva de bens públicos e sobre toda a ideologia neoliberal que está por detrás. <br />
<br />
De forma deliberada e com uma motivação ideológica clara, os governos daqueles países estrangulam ou estrangularam serviços públicos fundamentais, elegendo os funcionários públicos como bodes expiatórios, para apresentarem, em seguida, a privatização como solução óbvia e inevitável. Sacrifica-se a qualidade, a segurança e a sustentabilidade, provocando, invariavelmente, uma deterioração generalizada da qualidade de vida dos cidadãos.<br />
<br />
Cá e lá, é importante saber o que está em jogo — e Catastroika rompe com o discurso hegemónico omnipresente nos media convencionais, tornando bem claro que o desafio que temos pela frente é optar entre a luta ou a barbárie.<br />
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Luta & Resiste!resistentehttp://www.blogger.com/profile/13813417633162763031noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2115984489520094454.post-58209656853085802502012-05-22T10:57:00.000+01:002012-05-22T10:57:46.117+01:00Desinformação - vejam mais televisão!<iframe width="420" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/JZIOOP8lgMA" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br />
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Luta & Resiste!resistentehttp://www.blogger.com/profile/13813417633162763031noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2115984489520094454.post-18502902365414271172012-05-21T17:18:00.001+01:002012-05-21T17:18:25.482+01:00Causas de uma derrota anunciada<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/mcN5FTaLfzc" width="420"></iframe><br />
<br />
Se alguns Clubes se podem dar ao luxo de ser a sua própria estrutura e organização a ganhar titulos, sendo indiferente os jogadores ou treinadores que lá estejam no momento...no Sporting é precisamente a falta desse respaldo a causa das derrotas...mesmo com um Sá Pinto a treinador!<br />
<br />
O Sporting continua a entreter-se com guerras palacianas, esquecendo qual a razão da sua existência!<br />
<br />
No Sporting festeja-se a passagem aos quartos e ás meias-finais, os jogadores são esperados a meio da noite por milhares de pessoas em delirio, mesmo que se comemorem derrotas, é preciso é distrair o povo com qualquer coisa! Pão & Circo!<br />
<br />
Mas quando se apanha numa final, adormecem, esquecem o brio, o profissionalismo e a vontade de fazer história e isso quanto a mim, por mais vontade que o treinador tenha, tem de haver uma estrutura por trás, que lembre aos representantes do Clube naquele momento, qual é o nivel de exigência que a nossa história obriga!<br />
<br />
A actual estrutura embarcou na euforia de festejar as derrotas de manchester e de bilbau mas depois quer ganhar uma final á Académica e viu-se o que aconteceu!<br />
<br />
Ponderei colocar este video hoje! Os lambuças e neolambuças vão rapidamente dizer que o Sporting perdeu a final da taça devido á desastablização dos perigosos radicais anti-corja! Nós apenas tentamos alertar os Sportinguistas para o que está a acontecer.<br />
<br />
O Sporting é desastablizado acima de tudo por quem o lidera e desmantela desde 1995!<br />
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SPORTING ACORDA!<br />
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<br />
A denuncia de Farinha Simões tem incomodado muita gente!<br />
Estranho que passados estes anos todos continuem a incomodar...Camarate tende a reaparecer por ciclos, em que quando aparece, logo surge a reacção de abafar e encobrir essa tentativa da verdade vir ao de cima. Ainda mais estranho, já que em 1995 se sabiam alguns <a 560?="" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" href="http://www.blogger.com/%3Ciframe%20width=" src="http://www.youtube.com/embed/NmOeiZqZyzY">dados</a> que confirmam coerentemente a versão de Farinha Simões!<br />
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Luta & Resiste!resistentehttp://www.blogger.com/profile/13813417633162763031noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2115984489520094454.post-13122675152914009332012-05-15T09:50:00.000+01:002012-05-16T10:37:43.399+01:00CNPD e serviços secretos, quem guarda os guardas?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://images1.fanpop.com/images/photos/2100000/300-300-2115774-1280-1024.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="1024" width="1280" src="http://images1.fanpop.com/images/photos/2100000/300-300-2115774-1280-1024.jpg" /></a></div><br />
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<br />
<br />
Tivemos acesso, e pela sua relevância e dados e refêrencias que contem, publicamos a carta de Eduardo Campos á Presidente da Assembleia da República:<br />
<br />
"Senhora Presidente da Assembleia da República,<br />
Doutora Maria da Assunção Esteves,<br />
<br />
Excelência:<br />
<br />
No passado dia 13 de Abril, com registo e aviso de recepção, enviei a Vossa Excelência por via postal a carta que abaixo reproduzo e que envio em anexo, dando conta, entre outros elementos, do Relatório do Tribunal de Contas nº 13/2011 que concluiu pela ilegalidade do auferimento dos vencimentos do Presidente e de dois vogais da Comissão Nacional de Protecção de Dados. A carta foi recebida no dia 16 de Abril último.<br />
Nessa mesma carta, descrevi a Vossa Excelência a actuação dos “serviços secretos” portugueses, que se marcou e se pauta, no que me disse e diz respeito, por uma actuação persecutória, delinquente e criminosa. Se essa actuação alastrou ao gabinete de Vossa Excelência, pode acontecer que não tenha recebido e conhecido a carta que enderecei, pois perante tão sensível matéria nenhuma resposta me foi dada, nem de mera e singela acusação do recebimento da minha carta.<br />
Em Portugal, nem o Estado parece ser estadista, nem os estadistas parecem ter sentido de Estado.<br />
Por isso, pela presente via electrónica, venho dar conhecimento a Vossa Excelência da carta que enderecei no dia 13 de Abril último e daquele relatório do Tribunal de Contas, reproduzindo a primeira e anexando ambos em ficheiro de formato PDF.<br />
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Com os mais respeitosos cumprimentos, apresentados com o mais solene<br />
sentido de responsável cidadania,<br />
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Lisboa, 9 de Maio de 2012,<br />
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Eduardo Campos<br />
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Coimbra, 13 de Abril de 2012<br />
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Senhora Presidente da Assembleia da<br />
República<br />
Doutora Maria da Assunção Esteves<br />
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Excelência:<br />
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Eduardo Campos, Mestre em Novas Fronteiras do Direito – Direito da Sociedade da Informação – pelo ISCTE-IUL, ex-vogal da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) melhor identificado na Petição nº 94/XI/2ª e na cópia do Bilhete de Identidade que segue no final, vem pela presente via expor a Vossa Excelência a actuação dos Serviços Secretos portugueses em relação ao próprio expoente e à CNPD, concluindo pela acção que se impõe sobre esta Comissão.<br />
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Mais leva o exponente ao conhecimento de Vossa Excelência o Relatório nº 13/2011 da 2ª Secção do Tribunal de Contas (TC) proferido no Processo de Auditoria às Remunerações dos Membros da CNPD nº 7/2010, o qual junta sob o Anexo I. Neste relatório, o TC, definitiva e inafastavelmente, concluiu pela ilegalidade do auferimento dos vencimentos por parte do Presidente da CNPD e de dois dos seus membros eleitos pela Assembleia da República (AR) e pela obrigatoriedade da sua devolução aos cofres do Estado em montantes que ascendem a cerca de 200 mil Euros, hoje substancialmente mais. O Presidente da CNPD havia solicitado ao Auditor Jurídico da AR um parecer sobre a sua situação remuneratória, mas alegou ser reformado da PGR, quando na verdade é jubilado. Os regimes são totalmente diferentes e a falsidade da invocação aproveitou ilegalmente ao Presidente da CNPD.<br />
<br />
Anteriormente àquele relatório, o mesmo Presidente respondeu por escrito ao exponente que não havia participado dele para efeitos criminais e, ulteriormente, declarou em autos judiciais que havia feito essa participação, apesar de a não ter feito. Não obstante este relatório do TC ser conclusivo, a situação apenas se manterá inconsequente para os visados e prejudicial para a legalidade, para a dignidade do Estado e para os cofres públicos se o Procurador-Geral Adjunto (PGA) no TC violar a lei, cometendo ele próprio os crimes de denegação de justiça, abuso de poderes e favorecimento pessoal ao não promover a efectivação da decisão do TC e da responsabilidade do Presidente e dos vogais, hipótese que, devido à conduta anterior deste PGA face à CNPD, deve ser colocada com grande probabilidade.<br />
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Também leva o exponente ao conhecimento de Vossa Excelência, sob o Anexo II, o requerimento de aceleração processual que apresentou no Processo 1770/10.3 TDLSB da 6ª Secção do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa. Neste processo está em causa o facto de a Directora de Serviços da CNPD ter fornecido à comunicação social uma acta da CNPD com matéria que, segundo a própria e o Presidente da CNPD, se encontrava em segredo de justiça. Mesmo que este regime não tivesse sido decretado sobre a dita acta, ela sempre continha matéria sensível e reservada que não podia ser divulgada pelos funcionários da CNPD, nem pelos seus dirigentes, sem prévia deliberação da comissão – a qual não existiu. <br />
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Além do mais, a dita acta continha factos falsos e forjados na medida em que são directamente contraditórios e inconciliáveis com os factos que a CNPD fez consignar no comunicado oficial que divulgou na mesma altura. A condenação da Directora de Serviços da CNPD só deixará de acontecer se o DIAP, o(a) magistrado(a) titular do processo e a Directora do DIAP, ilegalmente e com cometimento de crimes de denegação de justiça, abuso de poderes e favorecimento pessoal, não tramitarem o processo e se demitirem de exercer a competente acção penal, hipótese que, devido às condutas anteriores dos magistrados e da Directora do DIAP, se deve ter como altamente provável.<br />
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Dir-se-á que são dois assuntos que estão entregues à justiça e que só à justiça compete tratar. Mas assim não é. Por isso, faz o exponente um retrato da CNPD fidedigno e sustentado em demonstrações credíveis e inabaláveis: documentos e lei.<br />
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De qualquer modo e ultrapassando razões que se têm como inúteis, no documento nº 1 que instrui a Petição nº 94/XI/2ª que tramitou na 1ª Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais – Direitos, Liberdades e Garantias – estão descritos com detalhe e demonstrados sobejamente por 58 documentos os factos praticados na CNPD e integradores dos crimes de tráfico de influências, favorecimento pessoal por funcionário, abuso de poder, concussão, denegação de justiça e prevaricação, descaminho de objectos colocados sob o poder público, denúncia caluniosa, desvio e utilização de dados pessoais de forma incompatível com a finalidade determinante da recolha, violação do segredo de justiça e violação do direito moral de autor. Em suma, um ano e meio – o de 2007-2009 – de manipulação da tramitação processual e da utilização dos poderes fácticos organizacionais para fins ínvios e dolosos. Para maior comodidade de Vossa Excelência, sob o Anexo III envia o exponente a participação que descreve os factos e os 58 documentos que os provam encontram-se no processo 639/09 TDLSB da 4ª Secção do DIAP de Lisboa, podendo ser apresentados caso haja necessidade.<br />
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Este último assunto já não se encontra sob a alçada da justiça. Num flagrante e deliberado conflito de interesses na medida em que o crime de violação do segredo de justiça denunciado na CNPD ocorreu no inquérito do Processo Casa Pia e a participação destes factos da CNPD foi atribuída ao procurador do inquérito do Processo Casa Pia, e mantida mesmo depois de expressamente ter sido invocado tal conflito de interesses, aquele procurador e o respectivo juiz de instrução, contra legem, decidiram rejeitar a constituição de assistente do aqui exponente apesar de haver factos que integravam crimes semi-públicos, causaram prejuízos e geraram responsabilidade civil, e, ocultadamente, sem notificação do participante, arquivaram o processo. Enquanto esse processo não for reaberto, encontra-se, por conseguinte, arquivado, e a matéria nele existente está fora do âmbito da acção judicial.<br />
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A situação actual da CNPD<br />
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Dando por adquirido o conhecimento dos factos acima descritos e aqueles provados nesta participação do Anexo III, a eles importa acrescentar outros que se encontram demonstrados nas actas da CNPD, noutros documentos e nos Processos de Verificação Externa de Contas e de Auditoria às Remunerações dos Membros que o TC fez à CNPD. São eles, sumariamente:<br />
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a) A CNPD, desde pelo menos o ano de 2000, conheceu um ambiente de conflito desenfreado entre as funcionárias dirigentes e o ex-Presidente e ex-vogais, que levou à saída destes debaixo de grande perseguição (interposição de queixas-crime contra ex-membros e ex-dirigentes da CNPD – as actas nº 2 e 7 de 2001 da CNPD respeitantes parecem estar desaparecidas, mas outras há que o revelam).<br />
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b) Neste ambiente, as reuniões da CNPD tinham de ser gravadas por desconfiança em relação às actas mas até as cassetes das gravações das reuniões secretariadas pela relações públicas da CNPD desapareceram;<br />
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c) as funcionárias dirigentes da CNPD assumiram funções de representação internacional para as quais não tinham competência, foram nomeadas para cargos para os quais não preenchiam os requisitos legais, aumentaram os seus vencimentos de forma exponencial (os avençados passaram a receber 580.000$00 mensais), pagaram despesas aos vogais que as favoreciam e deixaram de pagar aos vogais que as não privilegiavam, intrometeram-se nos computadores dos vogais e enviaram pareceres a diplomas legislativos que ainda não estavam aprovados para a comunicação social, invocando erros, os concursos para admissão de pessoal foram anulados e fizeram-se novos concursos cujo júri deixou de ser liderado pelos membros da CNPD e passou a sê-lo pelos funcionários dirigentes, a aquisição de material informático, o pagamento de despesas de saúde e o custeio dos almoços dos funcionários da CNPD passaram a ser desregrados, os orçamentos passaram a ser insuficientes e a CNPD passou a necessitar de reforço de orçamentos intercalares e de sucessivos e crescentes reforços orçamentais e, mesmo assim, não havia dinheiro para a deslocação dos membros e elementos da CNPD aos colóquios internacionais, mas quem passou a ficar de fora foram os vogais, iam as funcionárias.<br />
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d) As chamadas de telefones e as mensagens de correio electrónico dos vogais foram monitorizadas pelos serviços da CNPD, invocando erro experimental dos sistemas informáticos quando interpelados para explicações pelo PGA da CNPD;<br />
<br />
e) Documentos do processo Casa Pia foram encontrados em pastas informáticas da relações públicas da CNPD, introduzidos quando esse processo estava em segredo de justiça;<br />
<br />
f) O Presidente da CNPD e a directora de serviços ignoraram e denegaram as suas competências disciplinares e legais e emitiram um comunicado oficial que revelava que tais documentos do Processo Casa Pia tinham sido retirados de blogues por razões funcionais, assim explicando a sua existência na pasta da relações públicas, ao mesmo tempo que consignavam em acta (aquela acta que a secretária-geral forneceu à comunicação social) que esses documentos eram pessoais desta relações públicas, só para veladamente insinuarem que houve devassa e acesso indevido a dados pessoais da mesma relações públicas pelo aqui exponente;<br />
<br />
g) O TC detectou um infindável rol de infracções financeiras: não utilização do Documento Único de Cobrança pela CNPD; não utilização do Plano Oficial de Contabilidade para o sector Público; não realização de relatórios de gestão; discrepância entre as aquisições e as existências de imobilizado; pagamento de viagens a vogais sem cabimento orçamental; pagamento de avultadas quantias de horas extraordinárias sem registo idóneo de assiduidade e dos mapas de pessoal; abertura de conta bancária paralela em violação do princípio da unidade de tesouraria com um saldo de 1,1 milhões de Euros; cobrança de 392 mil Euros em 4 meses com ocultação de receita à AR, de quem depende para efeitos orçamentais e procedendo como se essa quantia não tivesse sido cobrada; a CNPD não tem e recusou-se a fazer um Plano de Gestão da Prevenção do Risco de Corrupção apesar de não ter segregação de funções de contabilidade que permita um controlo interno funcional através da distinção de quem recebe documentos de despesas, de quem paga e de quem confere;<br />
<br />
h) Apesar da violação deliberada da lei, o TC não sancionou essas infracções, antes acolheu as fraudulentas explicações da CNPD e conformou-se com a não correcção destas ilegalidades e irregularidades; i) A CNPD não fazia relatórios de gestão, como a lei obriga, e quando instada a fazê-lo e a explicar-se dessa omissão afirmou que não tinha obrigação de o fazer porque a Lei de Protecção de Dados (LPD – Lei 67/98, de 26 de Outubro) era ulterior à lei que obrigava a Administração Pública a fazer relatórios de gestão e a LPD obriga a CNPD a fazer relatórios, que esta comissão faz, no dizer da CNPD. Entendia esta comissão que, assim, estava desobrigada de fazer relatórios de gestão. Acontecia que os relatórios de que a LPD fala são relatórios de actividades, anuais, para fazer a accountability da actividade da CNPD e adivulgação das matérias de dados pessoais, não são relatórios de gestão financeira e económica, além de que, na data desta invocação pela CNPD, esta comissão nem os relatórios de actividades fazia havia cerca de 6 anos.<br />
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j) A lei do Orçamento de Estado para o ano de 2011 colocou a CNPD na dependência orçamental do Ministério das Finanças, em virtude da necessidade de contracção financeira, mas a CNPD reagiu contra essa opção e rebelou-se contra a lei, aumentando em 50% as suas taxas, que são receita própria não dependente da autorização do Ministério das Finanças.<br />
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Tudo o que acaba de se expor é um sumário seleccionado, não exaustivo, do que mais importante se pode dizer e demonstrar da CNPD. Para esgotar a listagem de comportamentos ilegais e dolosos pela CNPD seria necessário tornar esta missiva demasiado longa. Porém, tudo o que acaba de se expor e ainda mais tem sustento em documentos e fundamento na lei, não são rumores difamatórios.<br />
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Se do ponto de vista organizacional interno a CNPD é o que acabava de se descrever, estando tudo demonstrado nas actas da CNPD e no Relatório nº 02/2010 do Processo de Verificação Externa de Contas nº 2182/2008 do TC e no Relatório nº 13/2011 relativo ao Processo de Auditoria às Remunerações dos membros da CNPD nº 7/2011, do ponto de vista político-substantivo a CNPD mostra-se uma entidade incapaz de exercer as suas competências. Na verdade, a rotação dos seus membros, que em 10 anos mais de 10 membros não terminaram os seus mandatos, sendo que dois vogais renunciaram aos seus mandatos no mesmo dia e duas técnicas saíram no mesmo dia da CNPD e renunciaram a um aumento de 12,5% dos seus vencimentos, tudo pelo clima de conflituosidade e ilegalidade imposto pelo Presidente e pela directora de serviços, não permite que a CNPD adquira um “capital” de conhecimento técnico das matérias de que tem de tratar.<br />
<br />
Noutro exemplo, uma funcionária técnica da CNPD concluiu com êxito a licenciatura em Direito, concluiu com êxito uma pós-graduação em Ciências Jurídicas e lavrava a dissertação sobre protecção de dados no ambiente laboral que lhe dava o grau de Mestre quando foi vítima de coacção funcional, ostracizada na CNPD, colocada numa sala vazia com um computador sem sistema, todos os dias até às 18 horas, hora em que lhe davam ordens para ir pôr o correio aos CTT. Isto, enquanto outra colega sua, com a licenciatura em Direito por terminar, era promovida funcionalmente no exercício de serviços jurídicos. O último vogal eleito pela AR em Dezembro de 2008, que se encontra ilegalmente a auferir o vencimento desta comissão, pelo que o exponente julga saber, é um militar reformado que sempre foi afecto à extrema-esquerda e que se filiou no PSD no Verão anterior à sua eleição pela mão dum vogal da CNPD que se encontra em funções desde 1994 mas que assume em acta nada saber das matérias, sendo aquele vogal padrinho de casamento da directora de serviços da CNPD, pai de um ex-funcionário contratado ao abrigo daquele domínio de facto exercido pelas funcionárias dirigentes e que esteve envolvido na intromissão abusiva dos funcionários no computador dum ex-vogal e no envio dum parecer para a comunicação social antes de ser discutido e aprovado pela comissão.<br />
<br />
Quem passa anos preocupado e ocupado com as mais grosseiras violações da lei e com os mais grotescos atropelos à regularidade, à linearidade e à transparência, ultrapassando os membros da CNPD e usurpando os lugares e funções que lhes cabiam por lei, quem se impõe através da coacção e da chantagem acaba por não adquirir a competência para o mais importante das suas atribuições: a defesa dos direitos de privacidade e de protecção dos dados pessoais dos cidadãos, de todos sem excepção porque se trata duma entidade de garantia, a promoção de uma cultura de responsabilidade, competência técnica e boas práticas no tratamento de dados pessoais e o exercício duma autoridade preventiva, construtiva e reparadora, de natureza ética, reguladora e sancionatória. Tudo o que se espera de uma entidade administrativa independente e tudo o que a CNPD não faz.<br />
<br />
O desconhecimento das matérias de protecção de dados e a falta de isenção, de imparcialidade e de independência da CNPD.<br />
Assim, do ponto de vista político-substantivo e muito sinteticamente apontando situações exemplificativas, sem prejuízo de ulterior desenvolvimento por outra forma:<br />
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a) No caso da videovigilância em espaços públicos, a CNPD defendeu, desde Dezembro de 2008, que detinha a competência para ponderar os índices de criminalidade, bem como para avaliar e decidir da necessidade de instalação de sistemas de videovigilância nos locais abrangidos, à luz dos critérios da política executiva de prevenção e combate à criminalidade. Esta defesa da CNPD resulta de uma deficiente leitura da Lei 1/2005, de 10 de Janeiro, pouco aceitável do ponto de vista da convivialidade democrática entre instituições e nada aceitável do ponto de vista jurídico, técnico, provocando uma disputa de competências com o Executivo com repercussões intensas junto dos corpos de segurança, dos serviços de manutenção da ordem pública e das forças de segurança nacional. Mesmo depois de o Governo ter feito uma alteração legislativa à Lei 1/2005, de 10 de Janeiro, através da Lei 9/2012, de 23 de Fevereiro, meramente esclarecedora da repartição de competências, a CNPD insurgiu-se publicamente contra essa alteração, não obstante esta lei ter sido aprovada, publicada e de ter entrado em vigor. Essa insurreição aconteceu no espaço público informativo, com alarmismo, demagogia e denotando total ausência de sentido institucional, evidenciando mesmo uma leitura fraudulenta da lei e do ordenamento, além de mostrar a inadmissível preparação técnico-jurídica (e de sobre toda a latitude do Direito Público). A CNPD invocou Recomendações do Conselho da Europa, o Tratado de Lisboa e a Directiva 95/46/CE, evidenciando uma crassa ignorância das matérias com que directa e imediatamente lida. Atalhando os argumentos técnicos, o exponente participou no debate técnico-jurídico, expôs e divulgou a sua opinião, fundamentadamente, defendendo ponto de vista que foi recepcionado e acolhido pelo Parlamento e, seguramente, pugnando pela correcta aplicação do Direito, incluindo do direito de protecção aos dados pessoais na videovigilância em espaços públicos.<br />
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b) No caso da intenção legislativa sobre a regulamentação das bases de dados dos órgãos policiais, a CNPD emitiu um parecer que foi amplamente discutido na comunicação social. Foi, como se verá, uma prática reiterada, a da discussão na praça pública informativa das matérias submetidas a parecer da CNPD, com esta comissão a invocar os mais alarmistas, demagógicos e desconhecedores argumentos técnico-jurídicos e a provocar perturbação política e clivagem institucional.<br />
A título de mero exemplo, a CNPD defendeu “a proibição de tratamento de dados pessoais sensíveis e do seu registo” pelas forças policiais e de investigação, “excepto em casos de absoluta necessidade para fins de determinada investigação criminal”, criticou a “mistura” de dados pessoais, defendeu que os dados pessoais incompletos deviam ser eliminados e que só a lei da AR podia legislar em matéria nitidamente regulamentar. O exponente analisou a matéria, pronunciou-se sobre ela, divulgou a sua posição junto da AR e explicou a completamente errada aplicação da lei de protecção de dados no sector policial por parte da CNPD. Fê-lo tão exaustiva e profundamente quanto os elementos de que dispunha o permitiram, pois não conheceu as propostas de diplomas.<br />
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c) No que toca ao debate sobre a intenção legislativa de criar as bases de dados do sistema de saúde, surgido em Outubro, a CNPD, quer através do Parecer nº 54/2011, quer através das declarações da Secretária-geral que foi quem representou a CNPD no espaço público informativo onde esse debate, mais uma vez, ocorreu, bem como aparentemente através do deputado João Semedo, posicionaram-se nesse debate com argumentos alarmistas e demagógicos, com identificação política, utilizando as matérias de garantia de direitos, liberdades e garantias, neste caso, de protecção de dados pessoais e da respectiva entidade administrativa independente para fins de competição partidária. Defenderam, erradamente, nulidades de cláusulas de contratos civis, opuseram-se (mais uma vez opõem-se à lei em vigor) ao sentido da alteração legislativa já produzida e entrada em vigor no que toca à repartição de competências entre a CNPD e a Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos (CADA) sobre o direito universal de acesso à informação e documentação administrativa de natureza clínica, limitou-se a CNPD a defender uma posição proibicionista de tratamento de dados pessoais de saúde, mostrando falta de vontade de colaboração na construção de soluções promotoras de um boa prática de protecção de dados no sector do Estado e da Saúde, mostrando desconhecer totalmente, inclusivamente, matéria da sua estrita e exclusiva competência: as interconexões de dados pessoais. Foi o exponente que enviou à AR o seu estudo e avaliação da matéria, que emitiu a opinião fundamentada no Direito e na melhor ciência disponível, opinião que foi traduzida em parecer, recepcionada pela AR e acolhida na recente lei sobre o tratamento de dados pessoais no sector da saúde (Lei 5/2012, de 23 de Janeiro).<br />
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d) Várias situações que se agrupam por economia de tempo e espaço revelam nitidamente a total impreparação da CNPD para as matérias de protecção de dados pessoais e para a falta de isenção face aos interesses em jogo, falta de imparcialidade face aos intervenientes e falta de independência política. Mais uma vez e em todas as situações, a CNPD travou o debate no espaço público, sem sentido de Estado, de modo perturbador da estabilidade institucional e com argumentos demagógicos e desconhecedores das matérias:<br />
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i. A oposição e proibição da CNPD a que o Ministério da Defesa Nacional procedesse ao tratamento de dados pessoais dos seus efectivos, para gestão dos seus contingentes e no âmbito do tratamento de dados pessoais para fins de recursos humanos, com alarido alarmista e demagógico na comunicação social;<br />
ii. A impreparação da CNPD no que toca aos dados pessoais dos trabalhadores quando tratados na situação de utilização de mecanismos de RFID nas viaturas das empresas, pronta para reunir com os sindicatos reclamantes quando a controvérsia recomenda, ao invés, a reunião da CNPD com o ICT para abordarem em conjunto o exercício do direito ao trabalho e do direito à (liberdade de) empresa em condições de conformidade com o Código de Trabalho e com a Lei de Protecção de Dados;<br />
iii. A proibição que a CNPD impôs à Ordem dos Notários de proceder a uma pesquisa centralizada a partir da solicitação aos Notários inscritos na Ordem dumas determinadas escrituras públicas, defendendo que essa pesquisa constitui uma violação da privacidade e dos dados pessoais dos outorgantes das escrituras públicas. No caso em concreto, estavam em causa umas escrituras públicas de aquisição de imóveis por parte dum ex-Primeiro-Ministro (PM) a propósito do mais aventado processo de imputação de corrupção na actualidade. O filho do Presidente da CNPD era membro desse governo e declarou na comunicação social que tal pesquisa violava a privacidade e a protecção de dados desse ex-PM e, de seguida, a CNPD proíbe a Ordem dos Notários de proceder a essa pesquisa. A deliberação que consignou essa proibição foi entregue ao Presidente da Direcção da Ordem dos Notários, que a acatou e a fez cumprir, mas que nunca mostrou, por recusa, aos restantes membros da Direcção da Ordem dos Notários. Perante solicitação expressa do aqui exponente, a Ordem dos Notários recusou o acesso a essa deliberação. A CNPD retirou do seu site da Internet todas as deliberações. A deliberação da CNPD é violadora de todo o direito constitucional, administrativo, notarial, de protecção de dados pessoais e da própria Lei de Protecção de Dados que institui a CNPD após a reforma constitucional de 1997, prejudicando a transparência e a responsabilidade da gestão pública.<br />
iv. No Verão de 2009, o Governo de então, através do Ministério da Justiça de que era Secretário de Estado o filho do Presidente da CNPD, anunciou e difundiu a informação de que o Cartão de Cidadão servia para a identificação eleitoral, gerando a confusão que foi conhecida.<br />
A CNPD tinha dado, poucos anos antes, parecer sobre a lei do Cartão do Cidadão e esta lei acabou por eliminar a função inicialmente prevista para o recenseamento e identificação eleitoral. Ou seja, o Governo estava a utilizar os dados pessoais do Cartão do Cidadão registados no Instituto dos Registos e Notariado do Ministério da Justiça para uma finalidade não prevista na lei e sem autorização nem notificação da CNPD, finalidade que competia a entidade diferente – a Direcção-Geral da Administração Interna (DGAI) do Ministério respectivo. Esta situação, merecendo actuação da CNPD, carecia de ser corrigida, conferindo-se legitimidade para esse tratamento para fins de identificação eleitoral, apresentando soluções consentâneas com a lei e com a Directiva 95/46/CE e acompanhando o processo, numa colaboração para o sucesso da solução encontrada. Tudo em nome da boa fé institucional e do bom funcionamento dos mecanismos democráticos.<br />
<br />
Contudo, a CNPD apenas agiu sancionatoriamente, através de uma inspecção às Bases de Dados do Recenseamento Eleitoral da DGAI que terminou numa deliberação de censura política ao MAI, violadora da isenção, imparcialidade e independência que se impõe à CNPD e violadora o princípio da legalidade, na medida em que, perante a infracção que censurou, não aplicou sanção nem fundamentou a sua não aplicação. Mas o mais grave é que quem devia ter sido visado pela actuação da CNPD não devia ter sido a DGAI, devia ter sido o Ministério da Justiça e o Instituto dos Registos e Notariado por terem utilizado os dados pessoais dos cidadãos para uma finalidade não prevista na lei, não autorizada nem notificada à CNPD. Mas no Ministério da Justiça estava o filho do Presidente da CNPD e no MAI estavam os adversários e inimigos do Presidente e das funcionárias dirigentes da CNPD. Nas eleições presidenciais seguintes, a CNPD que havia recebido um mandato da 1ª Comissão Parlamentar – Direitos, Liberdades e Garantias – para acompanhar e avaliar preventivamente a situação, revelou ainda maior alheamento nesta matéria, com as consequências de todos conhecidas.<br />
<br />
e) Também quanto ao Acordo de Cooperação Policial para Intercâmbio de Informações e Acesso a Dados para fins de investigação criminal, prevenção da criminalidade organizacional transnacional e combate ao terrorismo, celebrado entre as soberanas e democráticas repúblicas de Portugal e dos Estados Unidos da América (EUA), a CNPD manifestou de forma insurreccional a sua oposição a este acordo. Este acordo foi celebrado por vários países da União Europeia, entre os quais, por mero exemplo, se contam a Espanha e a Alemanha, (UE) para superar as delongas das negociações entre a UE e os EUA e permitir o acesso facilitado a meios que dispensam vistos para entrada nos EUA. O Acordo foi celebrado entre os representantes legítimos dos dois países, em Portugal por assinatura conjunta do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) e do Ministério da Administração Interna (MAI). A CNPD, que apenas tinha competência para dar parecer a instrumentos normativos (não obstante poder ser espontaneamente consultada pelos decisores políticos) quando o acordo fosse convertido em diploma legal pela AR, não se limitou a elaborar e enviar o seu parecer, antes acusou o Governo e o Estado português (uma vez que se estava num cenário de acordo internacional) de falta de transparência e de violação da Constituição e dos direitos humanos. Mais uma vez, este tema e esta posição da CNPD desconhecedora da lei e dos instrumentos internacionais e europeus de protecção de dados foram exaustivamente discutidos na comunicação social. A CNPD insurgiu-se pública e violentamente contra o Acordo depois de ter sido celebrado entre os dois governos soberanos e imputou e rotulou os EUA com os mais ignóbeis dos qualificativos. A CNPD lavrou uma deliberação de censura ao Governo e ao Estado portugueses, difundiu no seu site tal censura mas não permitiu o acesso a essa deliberação. Também nesta matéria foi o exponente que consultou o dito Acordo, que estudou a matéria à luz do direito interno, europeu e internacional aplicáveis, se pronunciou e enviou a sua opinião, fundamentada e convertida em forma de parecer, a qual foi recepcionada e acolhida pelo Parlamento aquando da aprovação da lei que consigna esse Acordo.<br />
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f) Em Março de 2010, o exponente enviou por correio electrónico aos líderes parlamentares e ao Presidente da AR (PAR) de então o Relatório aqui constante como Anexo III, uma vez que já havia decorrido mais de um ano sobre a sua participação ao Ministério Público (MP) e a avaliação política deveria ser feita em separado mas ao mesmo tempo que a avaliação judiciária. Em Abril de 2010, o exponente entregou ao PAR todos os elementos para que a AR pudesse tomar cabal conhecimento da situação na CNPD e actuar em conformidade com os seus poderes, competências e deveres político-jurídicos a que se encontra vinculada pela Constituição (CRP) e pela Lei. Em Maio de 2010, o magistrado do MP da Comarca do Baixo-Vouga enviou para a AR, para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ao Negócio da PT-TVI, as escutas telefónicas feitas ao PM de então, recolhidas casualmente no âmbito do processo judicial Face Oculta. Essas escutas não podiam ter saído do âmbito judicial e do foro criminal, da investigação criminal concreta em que foram recolhidas, para uma CPI parlamentar para avaliação da conduta política do PM. No entanto, a CNPD, que tem na sua lei expressamente a competência para actuar no sistema judicial, que já o fez anteriormente, que considera que os dados pessoais só devem poder ser tratados pelas polícias no âmbito de uma investigação criminal concreta e quando haja absoluta necessidade, omitiu o seu pronunciamento e demitiu-se de intervir, como lhe competia e estava obrigada. Foi o exponente que, desde Angola onde se encontrava nessa altura, lavrou sem elementos de estudo disponíveis a sua opinião sobre o assunto, deu-lhe a forma de parecer nos termos possíveis pelas suas condições e enviou para a CPI PT-TVI defendendo a legalidade democrática e a obediência constitucional: a proibição da utilização de escutas ao PM colhidas casualmente no âmbito de uma investigação<br />
criminal concreta para fins de avaliação política do PM numa CPI. É quem nem o PM responde perante a AR a não ser no âmbito da responsabilidade política do Governo, que não estava em causa na CPI PT-TVI: quem responde perante a AR é o Governo, o PM responde perante o Presidente da República, nos termos dos artigos 191º da CRP.<br />
<br />
Independentemente da legalidade e da constitucionalidade da recolha e gravação daquelas conversas telefónicas do ex-PM, a utilização numa CPI de responsabilização política das escutas colhidas numa investigação criminal é um desvio de utilização para finalidade incompatível com aquela que determinou a recolha e, por isso, acrescido à gravidade e intensidade da violação da privacidade e dos dados pessoais em comunicações electrónicas (conversações telefónicas) e à sensibilidade do cargo ocupado pelo titular dos dados, a CNPD deveria ter intervindo no sentido da protecção da privacidade e dos dados pessoais do ex-PM. Não o fez. Foi o exponente que o fez, desde Luanda e com risco pessoal e físico, como se informará adiante, e, felizmente para a legalidade, para a constitucionalidade, para a estabilidade e dignidade do Estado, desde logo da AR a que Vossa Excelência hoje preside, a AR e a CPI receberam a opinião do exponente em forma de parecer, a audição das escutas pelos membros da CPI PT-TVI não teve lugar, nem a sua utilização foi consequente, e esta CPI foi avisadamente apagada da imagem da AR.<br />
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g) No campo sancionatório e investigatório em que a CNPD detém poderes de inquérito, a actuação da CNPD é extremamente censurável e perigosa, quer para a democracia, quer para os cidadãos. Exemplos disso são as deliberações da CNPD no caso da actuação dos SIRP. Recordando, ficou demonstrado que os SIRP detinham uma lista de dados de tráfego de chamadas e mensagens telefónicas móveis dum jornalista que noticiou factos relativos a esses serviços. Essa lista tinha os números do referido jornalista dos seus aparelhos da rede TMN e da rede Optimus. A Optimus colaborou com a investigação criminal e apurou as responsabilidades internas da fuga da informação que ocorreu na sua empresa ao fornecerem ilegalmente dados pessoais de tráfego das chamadas e de mensagens telefónicas móveis aos agentes dos SIRP, através de canais pessoais e particularistas e para satisfazer interesses ilegais. A Optimus, depois de ter apurado as suas responsabilidades internas, entregou o caso ao MP. Já a TMN, que se tivesse sabido, não procedeu a qualquer averiguação interna e não apurou responsabilidades. Pode dizer-se, então, que a Optimus comprometeu os SIRP com a revelação da fuga de informação e a remissão do assunto para o MP, ao passo que a TMN parece ter encoberto o assunto e optado por ignorar as responsabilidades que podiam ser assacadas. A CNPD, neste caso, não careceu de queixa do titular dos dados, o jornalista devassado, para agir, ao contrário das situações anteriores. Contudo, à TMN a CNPD fez uma diligência investigatória que concluiu pela inexistência de infracção por parte desta operadora, mas as diligências e os passos de investigação efectuados não são aptos nem adequados para as conclusões absolutórias da TMN que a CNPD retirou (Deliberação da CNPD nº 951/2011, entretanto retirada do site desta comissão, como todas as suas deliberações). Pelo contrário, à Optimus, a CNPD deduziu nota de culpa por infracções legais quando não podia fazê-lo, porque a LPD proíbe a CNPD de actuar quando o assunto está entregue ao MP, além de que a nota de culpa foi amplamente difundida na comunicação social, uma vez que cominava a Optimus com coimas no valor de milhões de Euros, provocando a esta empresa, seguramente, prejuízos avultados de imagem comercial. Essa nota de culpa era nula, partia de pressupostos falsos, juridicamente errados e ilegais, denotando desconhecimento e fraude à lei. Também nestes dois casos, foi o exponente que pôde analisar os assuntos, estudar as questões em causa e pronunciar-se no sentido do esclarecimento e da reposição da legalidade violada pela CNPD.<br />
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A actuação dos Serviços Secretos (SS) portugueses<br />
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O que acaba de se descrever, expor e demonstrar sobre a CNPD é algo que se prolongou por mais de dois anos.<br />
Em 6 de Fevereiro de 2009, o exponente apresentou a participação aqui junta sob o Anexo III na Procuradoria-Geral da República (PGR). Não o fez sem antes ter reunido com o Vice-Procurador-Geral da República no cargo naquela altura, lhe ter exposto a situação, lhe ter comunicado que ia fazer a participação e ter procedido conforme lhe foi comunicado e aceito.<br />
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Em Junho de 2009, o exponente, perante o silêncio do jornal Público e da RTP face a missivas que visavam uma resolução consensual da difamação produzida por estes órgãos de comunicação social, intentou duas acções cíveis, uma contra cada um destes órgãos, pois os elementos que o exponente tinha e que lhe haviam sido fornecidos por escrito pelo próprio Presidente da CNPD evidenciavam um flagrante dolo difamatório nas notícias que esses órgãos deram nos dias 22 e 23 de Janeiro de 2009. Simultaneamente, o exponente apresentou queixa-crime contra desconhecidos pelo fornecimento de informação difamatória com origem na CNPD.<br />
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Não tem interesse, na avaliação do exponente, a descrição do historial destes processos judiciais. Importante, contudo, é saber-se que o DIAP de Lisboa não tramitou as investigações como lhe competia, antes perseguiu nesses mesmos processos o denunciante, aqui exponente. <br />
Igualmente importante é saber-se que o Presidente da CNPD havia dado uma informação por escrito em Fevereiro de 2009 e em Novembro de 2009 proferiu declarações falsas nos autos judiciais, em sentido totalmente contrário àquelas de Fevereiro. Tal como é importante saber-se que a jornalista do Público esteve mais de cinco meses para ser notificada para prestar declarações, só tendo prestado declarações depois de ter passado pelo Tribunal do Baixo-Vouga poucos dias antes de este tribunal ter enviado as escutas do ex-PM para a CPI PT-TVI.<br />
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O que aconteceu foi que, precisamente a partir do Outono de 2009,não apenas a democracia foi suspensa em Portugal, como a cidadania e a liberdade do exponente foram eliminadas até à presente data. O exponente defendeu a sua dissertação de Mestrado sobre tratamento de dados pessoais e acesso a documentação administrativa no caso da informação de saúde em Dezembro de 2009, com sucesso, e a partir dessa altura, mesmo estando o exponente com permanência em Angola, foi visado pelos mais atrozes actos de perseguição, vigilância, monitorização, ameaça, coacção e todos os actos persecutórios e<br />
violentadores, os quais, hoje, já podem ser verbalizados.<br />
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Em Março de 2010 o exponente enviou desde Angola a participação que está aqui como Anexo III para o PAR e para os líderes parlamentares para avaliação política, pois mais de um ano já tinha decorrido sobre a sua participação judicial. Desde essa data até 17 de Junho de 2010, o exponente esteve sob vigilância em Luanda: perseguição pessoal, escutas telefónicas, monitorização de imagem e som dentro de casa a partir de um apartamento imediatamente acima do que o exponente habitava, interrogatórios policiais informais, perseguições rodoviárias e pedonais, abordagem por serviços de informações estrangeiros e chegou a perseguição ao ponto de agentes dos serviços de informações angolanos entrarem por casa do exponente dentro. Em 7 de Junho de 2010, o exponente enviou por email para a AR a sua opinião em forma de parecer sobre a proibição de utilização das escutas telefónicas feitas ao ex-PM pela Comarca do MP do Baixo-Vouga. Fê-lo debaixo de intensa perseguição, coacção e ameaça. O exponente experimentou e simulou movimentos para detectar os seus perseguidores. <br />
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Em 17 de Junho, face à permanente vigilância por todos os meios, o exponente deixou Luanda, abandonando os seus bens pessoais nesta cidade e regressando a Portugal quase só com a roupa que trazia vestida. Esta actuação a que o exponente foi sujeito foi feita a partir de solicitação dos SS, por aquilo que foi comunicado ao próprio exponente com fonte numa alta patente militar angolana.<br />
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No Verão de 2010, o exponente fez e apresentou no TC a Reclamação contra o Relatório do TC na VEC 2182/08 e o requerimento para a Acção de Responsabilização da CNPD pelas infracções financeiras cometidas.<br />
Em Setembro de 2010, o exponente apresentou na AR a Petição nº94/XI/2ª que correu na 1ª Comissão Parlamentar – Direitos, Liberdades e Garantias. Fê-lo, em ambos os casos, debaixo de intensa perseguição pessoal, pedonal e rodoviária, debaixo de vigilância física e pessoal junto a sua casa e nos seus percursos. Em todo este tempo, a vida pessoal, familiar, privada e íntima do exponente foi vasculhada e devassada, usando-se factos e passagens verdadeiros da sua vida pessoal, familiar, privada e íntima para serem deturpados, manipulados, falseados e, assim, serem glosados na comunicação social com grosseria e postos a circular informalmente e com denegrição nos meandros comunicacionais e políticos. Factos e episódios ímpares, singulares e pessoalíssimos da vida pessoal, familiar, privada e íntima do exponente, absolutamente inócuos mas únicos, uns verdadeiros que depois eram deturpados e outros tantos falsos que eram referenciados por elementos identificadores do exponente, foram obtidos a partir de pessoas que tiveram relações afectivas do tipo conjugal com o exponente mas que entretanto tinham terminado e glosados na comunicação social com grosseria e boçalidade de modo a serem inequivocamente identificados pelo exponente e postos a circular informalmente, com denegrição nos meandros comunicacionais e políticos. Nada disto seria da responsabilidade do Estado se os SS não estivessem envolvidos nesta actuação. Mas estiveram e directamente.<br />
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Em Dezembro de 2010, o exponente e a sua filha menor foram perseguidos nos seus percursos na cidade de Lisboa, tendo sido ostensivamente fotografados como gesto de ameaça e coacção. O mesmo aconteceu no Verão de 2011, mas desta vez com uma mobilização de dezenas de pessoas para os locais de frequência habitual na vizinhança de casa do exponente, com escutas telefónicas ambientais e perseguição até ao restaurante onde o exponente jantou com a sua filha, de novo com ostentação de recolha de fotografias.<br />
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Durante os períodos de 2009 e 2010 em que o exponente esteve em Portugal e durante todo o ano de 2011, ano em que as questões substantivas de protecção de dados pessoais foram ampla e inadmissivelmente debatidas na comunicação social com participação activa da CNPD, o exponente esteve sujeito a vigilância pessoal exercida em sua casa e no seu escritório e, nos dias anteriores e subsequentes à saída das notícias respeitantes àquelas matérias, com presença vigilante, ameaçadora e coactiva durante todo o dia desses períodos. O exponente foi importunado diariamente e todos os fins-de-semana nos locais da vizinhança da sua residência que frequenta habitualmente, foi visado por arremesso de objectos (jornal Público) para cima da mesa onde tomava as suas refeições, recebeu chamadas no telemóvel e no escritório anónimas e intimidadoras, foi perseguido pela cidade de Lisboa, teve o seu telemóvel sob escuta feita pelos mais grotescos dispositivos mas também pelos mais sofisticados meios, vindo depois as suas conversas telefónicas – algumas tidas e mantidas com consciência da devassa para confirmar as escutas – a serem glosadas grosseira e boçalmente na comunicação social, difundidas com denegrição e dadas a saber ao exponente que foram escutadas. Também nas perseguições e monitorização da mobilidade do exponente, houve ostentação intimidadora e ameaçadora nessas perseguições com máquinas fotográficas, além doutras situações em que o exponente foi obrigado a colocar-se em situações de risco para detectar e denunciar – como detectou e denunciou – as perseguições de que foi alvo. Ademais, o exponente esteve e provavelmente ainda se encontra com escutas direccionadas para o interior de sua casa, uma vez que actuações de perseguição com conhecimento dos movimentos e conversas do exponente no interior de sua casa foram detectados. A devassa passou inclusivamente por obter informações a partir das relações familiares do exponente, totalmente inócuas mas únicas, com glosa grosseira e boçal e divulgação deturpada mas com elementos inequivocamente identificadores do exponente para este se sentir enxovalhado, intimidado e ameaçado.<br />
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No Verão de 2011, sobretudo na última semana de Julho e na primeira semana de Agosto em que as notícias sobre o ex-Director do SIED e as suas ligações à maçonaria e a actividades criminosas e delinquentes saíram na comunicação social, o exponente, que tinha sido visado pela actuação que se descreveu e tem o conhecimento da CNPD que acima se demonstrou, foi visado pela mais intensa e atroz perseguição que se pode imaginar, com mobilização de inúmeras pessoas para os locais de vizinhança e frequência habitual do exponente, com afectação de inúmeros meios humanos a perseguirem-no pontualmente em cada um dos seus movimentos, com técnicas e modos de actuação tipicamente dos SS, com actuação concertada com outros agentes de serviços de informações estrangeiros, provavelmente de Angola, perseguindo intensamente o exponente em todos os seus movimentos durante dias a fio. O exponente foi perseguido no interior do prédio do seu escritório, levou encontrões no passeio à porta do seu escritório, foi perseguido nos percursos que fez de moto com manobras perigosas feitas de modo ostensivo e ameaçador, actuação que se manteve constante até ao fim do ano de 2011, com variações de intensidade maior quando o exponente escreveu sobre as matérias de dados pessoais que saiam na comunicação social. As mensagens de telemóvel foram e têm sido acedidas com devassa e o seu conteúdo transmitido para glosa e referência na comunicação social, de modo extravagante e ostensivo com o intuito claro de o exponente se aperceber disso mesmo e ficar intimidado.Provavelmente, as mensagens de correio electrónico também têm sido acedidas com devassa, mas certamente são conhecidas no seu conteúdo do mesmo modo em que informações da vida pessoal são obtidas a partir das pessoas que se relacionam com o exponente.<br />
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Já no final do ano de 2011 e no ano de 2012, tudo o que acabou de ser descrito manteve-se, com obtenção de informações verdadeiras que são falseadas e outras totalmente falsas e inventadas, relativas à vida pessoal e íntima do exponente a partir das suas relações pessoais e íntimas actuais, com vigilância nas imediações de sua casa, com escutas ambientais quando o exponente se encontrava em espaços públicos, com escutas direccionadas para o interior de casa do exponente, seguindo-se a glosa na comunicação social de modo grosseiro e boçal, com referências inequívocas ao exponente de modo a intimidar e ameaçar. Em Outubro e Novembro de 2011 e em Março de 2012, em que o exponente se pronunciou sobre as matérias de protecção de dados pessoais de saúde e sobre a videovigilância em espaços públicos, sobretudo no fim-de-semana de 17 a 19 de Março último, a perseguição e toda a actuação acima descrita intensificou-se e o exponente foi perigosamente visado por manobras rodoviárias e provocação de acidente quando dirigia a sua moto.<br />
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Senhora Presidente da Assembleia da República,<br />
Excelência:<br />
É assim que o exponente tem vivido desde o Outono de 2009 até à presente data. É sinteticamente que o exponente apresenta todos os factos, pois não caberia a descrição pontual e detalhada de todos os actos de perseguição e devassa a que o exponente foi sujeito. O exponente pronunciou-se sobre as matérias de protecção de dados pessoais que a AR recebeu, considerou e aproveitou para os regimes legais que aprovou e para as matérias que acima estão indicadas nas condições acabadas de descrever.<br />
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O que acaba de se descrever são factos absolutamente indemonstráveis.<br />
A actuação dos SS é caracterizada por isso mesmo: por ser imperceptível e indemonstrável. Por isso o exponente nunca apresentou queixa formal ou informalmente, nem às autoridades, nem a ninguém.<br />
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Porém, hoje estes factos já não carecem de demonstração e, por isso, o exponente dirige-se a Vossa Excelência descrevendo a actuação dos SS em relação ao exponente e à CNPD.<br />
Não carecem de demonstração porque eles devem ser tidos como provados.<br />
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No início da tarde do dia 20 de Março último, depois de o exponente ter sido visado em manobras rodoviárias de provocação de acidente no fim-de-semana anterior (para além da perseguição, da vigilância, da monitorização das mensagens de telemóvel e de tudo a que incessantemente o exponente foi sujeito), encontrou-se ele com o Secretário-Geral dos Serviços de Informação da República Portuguesa (SIRP), Júlio Carneiro Pereira, na Livraria Almedina do Saldanha, na cidade de Lisboa.<br />
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Este encontro durou cerca de 30 minutos a três quartos de hora, na ideia do exponente. Este solicitou ao Secretário-Geral dos SIRP uma conversa sob absoluto sigilo como se nunca tivesse acontecido para que este responsável pelos SIRP desse as explicações ao exponente que este tem o direito de obter, bem como para lhe ser oferecido o compromisso de cessação destas actuações e de garantia de protecção contra estas ofensas. O Secretário-Geral dos SIRP recusou manter nesse encontro tal conversa e compromisso. Por isso, a revelação deste encontro não defrauda qualquer compromisso de confiança e sigilo que naquele encontro tenha sido estabelecido. Esse compromisso foi recusado pelo Secretário-Geral dos SIRP. O exponente vê-se obrigado a fazer uma ponderação serena e séria entre não revelar a conversa que teve com o Secretário-Geral dos SIRP, nem a Vossa Excelência que preside à AR, órgão de soberania que tem a competência de fiscalizar os SIRP, ficando cúmplice com a ofensa e criminalidade de que o próprio exponente é visado e perpetuando as ofensas de que é objecto; ou, por outro lado, revelar essa conversa que não defrauda qualquer compromisso que tenha sido estabelecido, porque não foi, com o intuito de comunicar a Vossa Excelência o que se passa, não apenas com os SIRP, mas também com a CNPD e, finalmente, com aquilo a que o exponente tem sido sujeito. O exponente optou por este segundo comportamento.<br />
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E, de facto, os factos e actuações acima descritas e ocorridas durante o triénio 2009-2012, até à actualidade, a partir da conversa que o exponente teve e manteve com o Secretário-Geral dos SIRP na Livraria Almedina do Saldanha, devem ser tidos como demonstrados, desde logo porque são verdadeiros e reais, mas também pelo que se segue.<br />
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O exponente conhece o Secretário-Geral dos SIRP, Júlio Carneiro Pereira, e não é só pela figura pública que o Secretário-Geral dos SIRP, Júlio Carneiro Pereira, é. O Secretário-Geral dos SIRP, Júlio Carneiro Pereira, pelo que o exponente julga saber, é oriundo de Montalegre, o concelho mais remoto do distrito de Vila Real, mas estudou no liceu em Vila Real. O Secretário-Geral dos SIRP, Júlio Carneiro Pereira, além de ter estudado em Vila Real, é sobrinho daquele sacerdote que foi secretário do Bispo de Vila Real, uma espécie de director de serviços de informações da diocese, com quem acompanhou e foi “apadrinhado” nessa sua juventude.<br />
Por sua vez, o exponente é de Vila Real. O avô do exponente foi médico escolar e professor do liceu e médico do seminário de Vila Real, tal como o pai do exponente foi médico do seminário e médico pessoal do Bispo de Vila Real até ao fim dos seus dias, ambos pro bono, além de terem sido beneméritos reconhecidos da Diocese de Vila Real. O exponente, além de ter sido vogal da CNPD e membro da CADA, foi, antes disso, advogado em Vila Real, Presidente do Conselho de Disciplina da Associação de Futebol de Vila Real, Presidente do Conselho de Justiça da Associação de Futebol de Vila Real, foi dirigente concelhio e distrital partidário e candidato às legislativas de 2002 como cabeça-de-lista de um partido que veio a integrar a coligação governativa de 2002-2005.<br />
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Naturalmente que o exponente e o secretário-Geral dos SIRP se conhecem mutuamente e sabem as referências recíprocas.<br />
Na Diocese de Vila Real, com extensões à Santa Casa da Misericórdia e à Caritas locais, apenas por meros exemplos, os movimentos financeiros e patrimoniais que são do conhecimento comum são altamente inquietantes. Os núcleos mais conservadores da Diocese de Vila Real, com ligações a organizações secretas ligadas à Igreja Católica, estão, desde há pelo menos três décadas, ligadas a sectores empresariais e do Estado que, de acordo com o conhecimento público local, estão envolvidos com o recebimento de dezenas de milhões de Euros de proveniência duvidosa, suspeitosamente criminosa mas provavelmente ilegítima, e que hoje os cidadãos e contribuintes portugueses estão a pagar de forma extremamente custosa: corrupção na realização de infra-estruturas urbanas, desvio de traçados de estradas para favorecimento dos proprietários dos terrenos afectados, expropriações inflacionadas, burla a particulares na aquisição e arrendamento de terrenos afectados por expropriações, facturação de obras ao Estado que nunca foram realizadas, duplicação de facturação de obras públicas, falências dolosas de empresas de construção civil e obras públicas, operações urbanísticas violadoras dos planos de ordenamento do território, construção de habitação social e de equipamentos sociais com favorecimento privado clientelar, alienação de património imobiliário com favorecimento pessoal, entre muitas outras situações.<br />
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Foram dezenas, pelo menos dezenas senão centenas de milhões de Euros que dos cofres do Estado saíram indevidamente. Foram estes núcleos que, juntamente com a autarquia local, impuseram e impõem ao exponente a mais gritante discriminação, arbitrariedade e barbárie relativamente a um imóvel que o exponente é proprietário em Vila Real, somente vista em casos de confisco como se o exponente de um Távora se tratasse em tempos de Pombal (tudo autuado em volta do Processo 209/99 da Câmara –e Assembleia Municipal – de Vila Real). Foram estes núcleos que impediram e boicotaram uma tia do exponente, Mesária da Santa Casa da Misericórdia de Vila Real, de tomar assento neste órgão. Foram estes núcleos que, em 2003, no dia 29 de Agosto, fizeram sair uma notícia no jornal Público em que imputaram com falsidade e difamação a esta tia do exponente, então Directora do Centro Distrital de Segurança Social de Vila Real, os crimes mais hediondos relacionados com pedofilia, venda de crianças para adopção, exploração de mão-de-obra infantil, corrupção, participação económica em negócio, entre outras enormidades, naquilo que foi um dano remoto, imprevisto e descontrolado do Processo Casa Pia. Ao exponente, na mesma notícia, imputaram com falsidade e difamação o crime de corrupção. A tia do exponente reformou-se e pôs fim abrupto à sua carreira de assessora principal do Ministério da Solidariedade e da Segurança Social; o exponente viu a sua carreira de advocacia e de actividade política locais, que estavam a ser bem sucedidas, ter fim e esteve cerca de três meses para tomar posse na CNPD. A falsidade e a difamação foram cabalmente demonstradas em tribunal.<br />
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Aos núcleos mais conservadores da Diocese de Vila Real, com ligações à associação secreta ligada à Igreja Católica, donde provém o Secretário-Geral dos SIRP, o exponente nunca fez mal algum: apenas sabe quem são, donde vieram, o que fizeram e no que se tornaram. Mas até este momento nunca fez ou disse o que quer que tenha sido. Só os conhece e sabe quem são, quem eram, o que fizeram e no que se tornaram.<br />
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É este conhecimento que permite ao exponente dizer que a conversa que manteve com o Secretário-Geral dos SIRP na Livraria Almedina do Saldanha e a reacção deste autoriza-o a comunicar a Vossa Excelência os factos que se descreveram porque se devem considerar demonstrados.<br />
Estes factos acabados de descrever foram relatados, todos estes e muitos mais e com maior detalhe, ao Secretário-Geral dos SIRP, Júlio Carneiro Pereira, na conversa mantida na Livraria Almedina, no Saldanha. A reacção deste não foi a de ficar surpreendido com o que ouvia, nem a de negar os factos, nem a de estranhar os relatos ou a de avisar o exponente, seu interlocutor, que revelava alienação e fantasia doentias. O Secretário-Geral dos SIRP acenou afirmativamente com a cabeça conforme ouvia o exponente, anuindo na confirmação dos factos que ouvia, apenas dizendo que alguns desses factos poderiam ter sido praticados por outras organizações que não os SIRP, mas não negando que outros factos – e os mesmos – tivessem sido praticados pelos SIRP. Perante a alegação do exponente de que os factos poderiam não ter sido praticados formal ou institucionalmente pelos SIRP, mas foram-no seguramente por efectivos dos SIRP, por meios técnicos dos SIRP e por métodos e técnicas dos SIRP colocados ao dispor ou efectuados fora das horas de serviço dos SIRP como se de “part-time” ou biscate se tratasse, o Secretário-Geral dos SIRP não negou, antes acenou afirmativamente com a cabeça olhando de modo ameaçador, como se tal fosse o que o exponente pudesse contar para futuro. E, perante a interpelação directa e expressa do exponente relativamente à protecção que os SIRP têm de lhe dar, o Secretário-Geral dos SIRP apenas disse que tal se tratava de um caso de polícia, ao que o exponente retorquiu, dizendo que essa era uma resposta insidiosa e que os SIRP têm o dever e a competência legal expressa de proteger os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, sobretudo quando ofendidos por ameaças imperceptíveis, remotas e difusas em que os meios de participação e investigação criminais formais e tradicionais são ineficazes.<br />
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Com o conhecimento que o exponente tem do Secretário-Geral dos SIRP, com os factos que o exponente conhece sobre a CNPD, com a actuação que os SS tiveram para com o exponente, protegendo a CNPD apesar da ilegalidade funcional crónica desta comissão e apesar do seuinadmissível desconhecimento das matérias de que se deve ocupar, a resposta do Secretário-Geral dos SIRP ao exponente é inequívoca no que respeita à actuação dos SS.<br />
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Senhora Presidente da Assembleia da República,<br />
Excelência:<br />
O exponente tem conhecido a cartelização dos magistrados, sobretudo do Ministério Público, quer do TC, quer do DIAP, quer do DCIAP, quer da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, quer da PGR, para o encobrimento da criminalidade organizacional da CNPD. Esta afirmação, do ponto de vista do exponente, pode ser indesmentivelmente provada por documentos autuados em processos judiciais respectivos: Processo 639/09.9 TDLSB da 4ª Secção do DIAP; Processo 3288/10.8 TDLSB da 12ª Secção do DIAP; Processo 1770/10.3 TDLSB da 6ª Secção do DIAP; Processo 7316/11.6 da 4ª Secção do DIAP; Processo VEC 2182/2008 do TC; Processo Auditoria às Remunerações dos Membros da CNPD nº 7/2010. Por isso, essa afirmação pode ser feita. Essa cartelização chegou ao ponto de ser invertida a situação do exponente, passando de participante a visado por imputações de índole criminal quando nada fez que merecesse qualquer censura. A estratégia contra o exponente tem sido a da constante devassa, denegrição e difamação, perseguição e ameaça.<br />
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Quanto aos factos relacionados com os SS, eles não puderam ser participados, comunicados ou sequer verbalizados porque eram totalmente indemonstráveis. Foi com desumano custo e sofrimento que o exponente suportou tudo o que acabou de descrever, correndo riscos enormes, alguns deles para detectar e certificar-se das perseguições de que foi alvo.<br />
Porém, o exponente teme uma actuação concertada que vise, de novo, o exponente e que seja desenvolvida pelos detentores da acção penal. Por isso, o exponente imputa os factos que acabou de descrever aos SS, uma entidade difusa e inexistente que agrega os SIRP e as organizações secretas e discretas, a qual, como se sabe, não existe nem tem personalidade jurídica.<br />
Ao Secretário-Geral dos SIRP só é imputado o facto consistente na conversa descrita na Livraria Almedina, a qual aconteceu de facto na data mencionada e nos termos descritos. O exponente sabe o risco que corre caso tal episódio seja desmentido pelo Secretário-Geral dos SIRP, a quem não se imputa directa e pessoalmente, nem institucionalmente, os factos persecutórios e devassadores supra descritos.<br />
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Actuação sobre a CNPD<br />
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Entre o exponente e a actual CNPD existe mais do que uma diferença:existe a de privilégio e a de mérito.<br />
Quanto à primeira: o Presidente da CNPD é pai do ex-secretário de Estado da Justiça e da Presidência do Conselho de Ministros do Governo Sócrates; um vogal, o mais antigo da instituição e que ao fim de 14 anos declara para a acta que não pode ser relator de processos porque não é jurista mas não deixa de ser relator dos processos de reprovação dos sistemas de videovigilância, é irmão do Presidente da Comissão Europeia; outro vogal, pelo que o exponente julga saber, é um entusiástico membro activo da Maçonaria; dois membros são magistrados de tribunais superiores; a secretária-geral da CNPD é casada com um jornalista da agenda da SIC, primo direito do ex-Procurador-Geral Distrital do Porto e ex-Director Nacional a Polícia Judiciária, este último amigo pessoal da Directora do DIAP e membro activo e reconhecido na corporação do MP e os três são amigos íntimos do Director-Geral da SIC e do ex-Director de Programas da RTP e actual director de Programas da TVI; a relações públicas da CNPD é ex-jornalista do Público e casada com um jornalista com longo percurso na comunicação social; a CNPD deu trabalho bem remunerado e mal justificado a vários jornalistas, como sejam a ex-mulher do sub-director de informação da TVI e irmã duma jornalista colaboradora do Correio da Manhã e prezada pelos colegas pelos préstimos de facção que prestou a este jornal e ao sector social e judiciário que lhe recebe as simpatias. Todos têm relações estreitas ou antigas com os partidos políticos PCP, BE e com os sindicatos, quer das magistraturas, quer das forças policiais, quer das Forças Armadas, quer da Função Pública.<br />
O exponente é um cidadão português no pleno exercício dos seus direitos fundamentais, cívicos e políticos, apesar de violentamente tolhido nesse exercício pelos próprios poderes institucionais do Estado.<br />
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No entendimento do exponente, é aquela teia de relações privatísticas, clientelares e ilegítimas que garante a impunidade da delinquência funcional acima descrita e demonstrada em autos de processos judiciais, que explica o emudecimento da comunicação social em relação a esta aberrante situação de ilegalidade e que explica que o Parlamento, o Governo e demais entidades públicas convivam com tamanha incompetência nas matérias, tratando a CNPD e os seus membros com um reconhecimento técnico e científico inexplicáveis face aos muito baixos padrões de conhecimentos e de valores éticos que esta comissão e seus membros já demonstraram ter.<br />
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Quanto à segunda diferença, a de mérito, do lado da CNPD, a actuação pública e ética e o nível de conhecimentos estão acima apresentados por meios sólidos e inafastáveis.<br />
Do lado do exponente, de forma extremamente sintética para evitar a tentadora prosápia pessoal, este entrou na CNPD em Novembro de 2003 e no Verão de 2004 estava a ser co-responsável pelos tratamentos de dados no Euro 2004, nos cruzamentos de dados entre o Ministério das Finanças, da Justiça e da Segurança Social e foi o relator da experiência desse ano do voto electrónico. Em Novembro de 2004, não tendo a CNPD receitas suficientes para realizar de forma condigna o encontro Ibérico com a congénere espanhola, foi o exponente que colocou os seus conhecimentos à disposição da CNPD e conseguiu que o encontro se realizasse no Pinhão, concelho de Alijó, em condições excepcionalmente favoráveis e agradáveis, sem qualquer custo para a CNPD. O exponente foi o relator e responsável pelas experiências de voto electrónico em 2005, tendo feito a apresentação principal da CNPD no seu colóquio da AR, foi o relator dos pareceres do Cartão do Cidadão, da Base de Dados Genéticos, da Procriação Medicamente Assistida, do Acesso do Tribunal Constitucional às Bases de Dados dos Partidos Políticos, foi o relator das deliberações gerais sobre Ensaios Clínicos, sobre Investigação Científica, sobre Marketing Político, sobre a Interpretação da Deliberação 51/2001 no que toca ao Acesso aos Dados Pessoais de Saúde de Pessoas Falecidas no caso dos Seguros do Ramo Vida, sobre o Voto Electrónico, entre tantas outras.<br />
<br />
Foi o exponente que viajou sozinho para a Bolívia e Colômbia para o Encontro Ibero-Americano de Protecção de Dados, seguindo-se outra viagem em que foi representante da CNPD e trouxe este encontro para Portugal em plena Presidência Portuguesa da União Europeia e quando Portugal acolheu a Cimeira Ibero-Americana de Chefes de Estado. O exponente foi palestrante em conferências em Lisboa, em Londres, em Bruxelas e noutras cidades doutros países, deu aulas e coordenou seminários em pós-graduações e mestrados em Portugal, na Colômbia e apresentou temas em congressos em Madrid, em Paris, em Londres e noutras cidades. O exponente foi representante da CNPD no Grupo de Trabalho do artigo 29 da Direcção-Geral de Justiça, Liberdade e Segurança da União Europeia, foi membro da Autoridade Comum de Controlo da Convenção de Schengen, da Convenção Europol e foi membro do Grupo de Trabalho Polícia e Justiça no âmbito do Conselho de Ministros da União Europeia. O exponente concluiu o mestrado na área da protecção de dados pessoais.<br />
Isto, para além do que acima se demonstrou sobre os mais actuais temas de protecção de dados em Portugal.<br />
<br />
O exponente tem, por isso, especial posição para se pronunciar sobre a CNPD.<br />
<br />
Senhora Presidente da Assembleia da República,<br />
Excelência:<br />
<br />
Na actualidade, Vossa Excelência ocupa de forma ímpar dentre os<br />
titulares dos órgãos de soberania o segundo lugar na hierarquia do<br />
Estado. A singularidade de Vossa Excelência na advém de ser uma<br />
Senhora a ocupar tal cargo, advém antes da cultura e da profundidade<br />
democráticas de que é portadora e que empresta a todos os actos<br />
políticos que protagoniza, sempre com o mais alto sentido de Estado.<br />
Esta consideração do exponente não é um lisonjeio gratuito, é antes<br />
expressão da mais sólida convicção que nem sequer é recente, apesar de<br />
recentemente ser partilhada por quem em regra desvaloriza a substância<br />
na actuação pública em favor da percepção preconceituosa, imediatista,<br />
superficial, parcial e subjectivista. É uma convicção sólida presente<br />
e não recente, mas é também uma expectativa legítima e fundada e uma<br />
esperança realista no progresso e na evolução da Democracia em<br />
Portugal.<br />
<br />
O Parlamento a que Vossa Excelência, para surpresa destes últimos,<br />
mas apenas destes últimos, tão distintamente tem presidido, tem a<br />
competência constitucional e legal de fiscalização dos SIRP e a<br />
competência constitucional, não de tutela decisória na medida em que<br />
se trata de uma entidade administrativa independente, mas de<br />
superintendência política da CNPD, pois em democracia não há entidades<br />
insindicáveis. E não há órgão de soberania mais alto do que o<br />
Parlamento para a superintendência política da Administração Pública<br />
independente.<br />
<br />
Os portugueses têm vivido os mais difíceis e árduos tempos da<br />
democracia e devem preparar-se para que estes sacrifícios perdurem e<br />
se agravem. Mas também os actores políticos devem preparar-se para<br />
mudar os seus modos e motivações de actuação, para que, para além da<br />
superação da crise económica e financeira, sobreviva o sentido<br />
colectivo de Estado num clima de paz social contratualizada entre o<br />
Povo e o Estado. E este clima, hoje que o Povo português, graças à<br />
Democracia, foi dotado de instrução e cultura cívica e democrática,<br />
exige racionalidade, linearidade, igualdade de oportunidades, justiça<br />
equitativa, justificação social e fundamentação democrática das<br />
decisões políticas do Estado.<br />
<br />
Portugal não pode andar a promover acções de charme no estrangeiro<br />
para se tornar apelativamente um país atractivo ao investimento e<br />
deixar uma imagem externa de um Estado quase pária. A CNPD tem<br />
competências comunitárias, europeias e internacionais, interagindo com<br />
países de todo o mundo, os SIRP comunicam diariamente com os serviços<br />
congéneres de todo o mundo, mas sobretudo dos países aliados de<br />
Portugal e os países da União Europeia, e todos estes serviços e<br />
países conhecem a situação da CNPD e a necessidade incontornável da<br />
sua resolução de modo inquestionavelmente adequado e democrático. As<br />
patologias, quando não resolvidas, tendem a alastrar.<br />
<br />
Portugal tem conhecido, para além da crise económica e financeira,<br />
fenómenos estranhos e preocupantes. A título de mero exemplo,<br />
salientam-se a lista de agentes dos SIRP que foi divulgada e difundida<br />
quando remetida para a AR para efeitos de reserva de lugares de<br />
estacionamento, com fuga inadmissível de informação confidencial; a<br />
difusão disseminada de informações negativas e alarmantes sobre uma<br />
entidade bancária com origem desconhecida porque anónima; o ataque<br />
electrónico ao sítio do sindicato das forças policiais com divulgação<br />
e difusão de dados pessoais do foro privado dos agentes desses órgãos<br />
de polícia criminal; o ataque ao sítio da Internet da Liga Portuguesa<br />
de Futebol Profissional com divulgação e difusão dos dados pessoais<br />
dos árbitros de futebol; a remissão da origem dos ataques informáticos<br />
para os Estados Unidos da América; a difusão da mensagem ameaçadora de<br />
golpe de Estado em Portugal, com remissão da origem para Espanha.<br />
<br />
Por outro lado, os deputados da AR têm mostrado uma preocupação<br />
quase obstinada com a criação de um tipo legal de crime novo para punir o<br />
resultado de actuações criminosas de natureza económica que não se<br />
conseguem investigar e censurar: são os casos do enriquecimento<br />
ilícito, da criminalização dos actos de gestão pública, de <br />
criminalização da gestão dos hospitais quando os orçamentos sejam<br />
ultrapassados, entre outros casos. A imaginação legiferante tem sido<br />
profícua, aliás, com alto risco de cometimento de erros legislativos,<br />
não tendo, de resto, a AR sido o melhor exemplo de rigor e dignidade<br />
institucional na sua competência por excelência: a legislativa. Não<br />
existe melhor exemplo para suportar esta opinião do exponente do que o<br />
processo legislativo do enriquecimento ilícito, desde a sua origem até<br />
à aprovação da sua redacção.<br />
<br />
Será, porém, uma contradição insanável e anti-democrática que a AR<br />
continue com esta senda legiferante com o pretexto das patologias no<br />
exercício das funções públicas e não aja em conformidade com a<br />
exigência do que se acaba de expor sobre a CNPD.<br />
<br />
Essa exigência reclama a recomposição da Comissão propriamente dita<br />
e a colocação de um novo corpo administrativo dirigente e técnico.<br />
<br />
Se assim o Parlamento proceder, mas só se assim o Parlamento<br />
proceder, a Democracia, o Estado de Direito e a dignidade do Estado<br />
não capitularão e não se renderão perante os mais nocivos e ilegítimos<br />
poderes fácticos de métodos chantagistas e de natureza antidemocrática.<br />
<br />
Fica o exponente, como tem estado durante este último triénio nas<br />
condições acima descritas por causa da inacção do poder político, à<br />
disposição de Vossa Excelência e do Parlamento para o que for tido por<br />
adequado, conveniente e vantajoso para o regime da protecção de dados<br />
pessoais, para o Estado português, para a Democracia e para Portugal.<br />
<br />
Junta: Anexo I, Anexo II e Anexo III e fotocópia do BI.<br />
<br />
Com os mais respeitosos cumprimentos, por e ao serviço de Portugal,<br />
Eduardo Campos"<br />
<br />
<br />
<br />
1906<br />
Luta & Resiste!resistentehttp://www.blogger.com/profile/13813417633162763031noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2115984489520094454.post-20954773149093773352012-05-11T23:53:00.000+01:002012-05-22T10:53:33.352+01:00Camarate - Testemunho de Elza Oliveira exclusivo escrito!<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/LkZXro40-Rg" width="560"></iframe><br />
<br />
"Conheci o <a href="http://resistencia06.blogspot.pt/2012/04/atentado-camarate-confissao-exclusivo.html">Fernando Farinha Simões</a> (FFS) em 1975, no Hotel Sheraton, numa conferência que aí se realizou. Fui ao Hotel Sheraton a convite do Sr. Nick, que era ministro da Agricultura e Pesca da África do Sul. Aí conheci o FFS, que participava nessa conferência, e que referiu que vivia no Hotel Sheraton.<br />
<br />
A partir daí fui várias vezes ao Hotel Sheraton para se encontrar com o FFS. Entre as pessoas que o FFS convivia nessa altura portugueses, americanos, africanos do sul e ingleses. Vivia contudo na Alameda Afonso Henriques nº7 (hoje nº13) 5ºEsq. Em 1976 FFS vem viver comigo para a Alameda Afonso Henriques, deixando assim o Hotel Sheraton. FFS vivei aqui entre 1976 e 1978, ano em que nasceu a nossa filha Iliana Oliveira Simões. Nesse ano fomos viver para Odivelas, na rua dos Lusíadas nº20, 2º andar que alugámos.Vivemos aqui entre 1978 e 1985.<br />
<br />
FFS convivia com José Esteves, com o General Rovosco Vaz, Cor. Vinhas, etc.. Eu comecei a trabalhar no cabeleireiro Baeta, no Centro Comercial Alvalade, em 1975. O trabalho de FFS era de alguma forma misterioso, pois FFS nunca me dizia claramente o que fazia. Em 1980 fui com FFS á Av. Duque de Loulé, na parte de cima junto á zona da polícia Judiciária, onde FFS se encontra com 3 ou 4 homens, que me pareceram ser Americanos. FFS tinha combinado com estes senhores encontrarem-se ali, para depois irem em conjunto para a Embaixada dos EUA. Noutra ocasião, a irmã de uma colega minha do cabeleireiro Baeta, chamada Nena e que trabalhava na Embaixada dos EUA, ao ver FFS no cabeleireiro disse, que FFS tinha estado nessa manhã na Embaixada dos EUA.<br />
<br />
Entre 1975 e 1978 o FFS, quase todos os dias combinava com colegas, como com o <a href="http://youtu.be/dfQ09EHqdP0">José Esteves</a>, á minha frente para irem para a Embaixada dos EUA. O FFS saía de casa pelas 14 horas, e ia para a Embaixada. Fazia também muitas reuniões no Hotel Sheraton, segundo me contava. Pelo que eu ouvia, o trabalho de FFS era relacionado com serviços secretos, pois dispunham de armas, gramadas, etc.. No trabalho de FFS participavam estrangeiros nomeadamente americanos, alguns dos quais da Embaixada dos EUA, embora eu nunca tenha participado nessas reuniões. Nunca percebi muito bem do que falavam, pois normalmente o FFS falava em código.<br />
<br />
O FFS disse-me contudo, já em 1975, que trabalhava para a CIA, e que cada estadia no Hotel Sheraton era paga pela CIA. Recebia normalmente em cada mês, ou de dois em dois meses, e pelo que eu percebia, era pago na Embaixada dos EUA. Viajava para Espanha onde fazia sempre grandes compras para mim e para a minha filha. Tinha um bom nível de vida, traduzido em bom vestuário, pagando as suas compras, em Lisboa, normalmente em US Dollares. As refeições de almoço e jantar eram quase sempre no Hotel Sheraton. Eu contudo nunca quis fazer muitas perguntas sobre estas suas actividades, pois tinha a noção que eram perigosas e muitas vezes ilegais. Tinha portanto medo e preferia não conhecer pormenores.<br />
<br />
Em 1977 FFS combina, á minha frente em minha casa, com um colega, ao telefone, que se ia encontrar com Frank Carlucci, no Hotel Sheraton, pelas 15 horas. Para esta reunião, FFS vestiu-se de fato e gravata. Teve esta reunião pelas 15 ou 16 horas. Ao regressar a casa, não comentou o que havia falado nessa reunião.<br />
Entre 1977 e 1980, FFS encontrou-se algumas vezes com Frank Carlucci, segundo eu ouvi em combinações que ele fazia ao telefone, em minha casa. Fiquei com a impressão que muitas das vezes que FFS ia á Embaixada era para falar com Frank Carlucci. Numa ocasião ouvi, de minha casa ao telefone, FFS pedir a Franck Carlucci um visto para um amigo português poder viajar para os EUA, o que Frank Carlucci resolveu. Uma das pessoas para quem FFS conseguiu um visto junto de Frank Carlucci, foi para Jorge Riviera, que era português.<br />
<br />
Entre 1975 e 1985 FFS viveu sempre comigo, em Portugal, embora tenha viajado sem mim para países como Inglaterra, Brasil, Colômbia e EUA. Viajava normalmente durante 2 a 4 semanas. Julgo que estas viagens eram pagas pela CIA. Uma dessas vezes FFS foi buscar os bilhetes á embaixada dos EUA. Julgo que na viajem que FFS fez a Londres, pelas descrições que hoje tenho, que FFS viajou acompanhado de Lee Rodrigues.<br />
<br />
Em Novembro o FFS marcou um encontro na Av. De Roma, junto ao Teatro Maria Matos. O FFS conduzia o carro, eu saí em frente do Teatro Maria Matos, pelas 15:30 horas, tendo eu ido a pé para o centro comercial de Alvalade. A pessoa com quem FFS se encontrou era molhe, tipo indiano, alto e forte, com leve barriga, de 30 e poucos anos, que hoje acho que é o Sr. Lee Rodrigues. FFS ficou lá a falar com ele.<br />
<br />
Em Novembro de 1980 FFS e José Esteves começaram a viver quase sempre em permanente contacto. Nesse mês José Esteves passou a jantar normalmente em minha casa, muitas com a Gina, que era a namorada de José Esteves. FFS começou a falar muitas vezes com José Esteves, normalmente em código. Fiquei claramente com a ideia que estavam a organizar algo em comum. FFS estava então particularmente nervoso, tendo uma tosse nervosa.<br />
<br />
Uns dias antes de 4 de Dezembro, o José Esteves disse, em minha casa, depois de jantar, á Gina para ir para casa limpar a marquise, porque no dia seguinte ia a mulher da limpeza limpar a sua casa, para ela não ver o que estava na marquise, pois a marquise tinha pólvora e resíduos de materiais explosivos. Estes materiais tinham sido comprados por José Esteves numa drogaria do Cacém. Para esse efeito, José Esteves sai com FFS e com a Gina num carro de minha casa, e deixa a Gina em sua casa no Cacém, seguindo depois com FFS para Lisboa.<br />
<br />
No dia 4 de Dezembro, José Esteves aparece no Cabeleireiro Baeta pelas 20:30 horas, muito nervoso. O José Esteves pediu-me umas moedas para falar ao telefone público para casa do pai do FFS. Mais tarde aparece também lá o FFS, que foi buscar a minha filha na casa dos pais do FFS. José Esteves comenta então para FFS, muito nervoso, “ que tinham virado churrasco”. Pelas 22 horas saí com FFS e José Esteves para minha casa. Nem FFS nem José Esteves me comentaram o que tinha sucedido, mas tanto um como o outro, estavam muito nervosos e apreensivos. Ouviam as notícias da queda do avião na televisão, de uma forma atenta e com um ar comprometido. Comentavam entre eles as notícias num idioma que eu não percebia, José Esteves fez então um telefonema de minha casa para um militar.<br />
<br />
Pela 1 hora da manhã José Esteves e FFS saem de casa, no carro do José Esteves. Eu fiquei em casa, FFS regressou passado aproximadamente uma hora, não comentou nada comigo, José Esteves não regressou.<br />
Passado alguns dias perguntei a FFS se tinha sido José Esteves a fazer a bomba desse atentado, ao que o FFS respondeu que sim. FFS disse que foi o João Pedro Dias arranjou uma farda de piloto para o Lee Rodrigues para poder entrar no aeroporto. Perguntei a FFS quem deu ordem para este atentado, ao que FFS me disse que a ordem tinha vindo de fora de Portugal.<br />
<br />
Nos dias seguintes ao atentado reparava que tanto FFS como José Esteves andavam apreensivos com as possíveis consequências, temendo que alguma coisa lhes pudesse suceder.<br />
Nos dias seguintes ao atentado, José Esteves passa a vir menos vezes a minha casa. Mas continuava a falar com FFS, com quem se encontrava frequentemente.<br />
<br />
Passado cerca de um mês do atentado, José Esteves, em minha casa, refere a FFS que tem estado várias vezes em contacto com um militar, tanto pelo telefone, como pessoalmente, a quem pediu protecção por causa deste atentado. Esse militar com quem falava frequentemente, estava ao corrente do que tinha sucedido em Camarate, através, pelo menos, de José Esteves, José Esteves refere então estar mais tranquilo, pois esse militar lhe disse que o protegeria. Pelo que sei hoje, julgo que esse militar era o Cor. Lencastre Bernardo. Sei contudo que José Esteves falava também pelo telefone, de minha casa para outra pessoa, para o proteger deste assunto, que tinha um sotaque do norte de Portugal.<br />
<br />
Depois José Esteves deixou de aparecer em minha casa, pois apesar desse contacto com o militar, tinha sempre medo de ser preso, como referiu frequentemente a FFS. Deixou inclusivamente de viv er no Cacém, passando a estar em parte incerta.<br />
<br />
Em 1985, o FFS disse-me que o José Esteves tinha recebido uma ordem para sair de Portugal, porque se estava a falar muito de Camarate. Com efeito José Esteves é então informado de que corre perigo de ser preso por causa de Camarate, como ele próprio me referiu, e FFS confirmou. As comissões de Inquérito Parlamentares sobre Camarate também estavam a falar cada vez mais neste assunto e de José Esteves. Foi para o Brasil via Madrid. Eu e o FFS fomos também para o Brasil, pouco tempo depois do José Esteves. No Brasil FFS comentou-me que José Esteves estava no Brasil por causa de Camarate.<br />
<br />
No Brasil vivia um pouco assustada pela vida que FFS levava, pelo que nunca lhe perguntei como é que ele ganhava a vida. Via contudo que FFS tinha frequentemente US Dollares no bolso. Sei contudo que continuava a trabalhar para os americanos da embaixada dos EUA em Lisboa, pois de nossa casa falava com eles ao telefone. FFS vem contudo várias vezes a Lisboa, enquanto eu fico no Brasil, em Santa Catarina. FFS vai também muitas vezes ao Rio de Janeiro.<br />
<br />
Voltei para Portugal em 1994, quando FFS já estava a viver novamente em Portugal. Trabalhei no cabeleireiro Isabel Queiroz do Vale, e mais tarde no Cabeleireiro Marina Cruz. Falei sobre Camarate com Augusto Cid e também com Pedro Amaral da PJ. Pedro Amaral referiu-me contudo não querer falar sobre Camarate, pois tinha sido muito prejudicado por este assunto. FFS foi preso em 1995, acusado de tráfego de droga. Por outro lado, não sabia do paradeiro de José Esteves, e não o voltei a encontrar. Só o voltei a ver no lançamento do livro da Inês Serra Lopes.<br />
<br />
Aproximadamente em 1996, fui á Comissão de Inquérito Parlamentar sobre Camarate, onde contei tudo o que sabia sobre Camarate, menos a ligação de FFS á Embaixada americana e á CIA. Não falei porque tinha medo de prejudicar o FFS e de que alguma coisa me pudesse suceder, pois a CIA era muito poderosa e perigosa, e FFS estando preso, não me podia defender.<br />
<br />
Depois desta minha intervenção na Assembleia da República, passei a andar com a protecção de dois polícias, durante seis meses. Apesar disso, um dia o meu carro foi roubado, durante 15 dias, até ser encontrado no Cacém. Aparece com papagaios dentro do carro, com muitas penas, o que eu associei desde logo a José Esteves, pois nessa altura criava papagaios em casa. Foi uma forma de José Esteves me mostrar que não gostou que eu tivesse ido falar sobre Camarate á Assembleia da República. José Esteves disse-me, mais tarde, que nunca pensou que eu alguma vez contasse o que sabia sobre Camarate.<br />
<br />
Também depois da minha ida á Assembleia da República, fui uma vez aos Serviços de Estrangeiros e Fronteira, na Av. António Augusto Aguiar, para renovar o meu visto, que era dirigido pelo Cor. Lencastre Bernardo. Surpreendentemente fui obrigada a esperar cerca de 3 horas sem justificação, pois estava totalmente legal em Portugal. Liguei para o Inspector Pedro Amaral por causa desta situação, e pouco tempo depois o assunto foi resolvido e pude sair. Não tive dúvidas que essa demora, injustificada, de mais de três horas foi provocada por Lencastre Bernardo, como retaliação da minha ida á Assembleia da República, onde falei sobre ele. A minha ida a este Serviço era muito simples, e por isso, embora não possa provar, não tenho dúvidas que foi uma retaliação de Lencastre Bernardo, que Pedro Amaral já me tinha dito tratar-se de uma pessoa perigosa."<br />
<br />
<br />
1906<br />
<br />
Luta & Resiste!<br />
<br />resistentehttp://www.blogger.com/profile/13813417633162763031noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2115984489520094454.post-47364894533089203192012-05-04T19:11:00.000+01:002012-05-04T19:11:59.829+01:00Comunicado AAS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.sersporting.org/idealsporting/wp-content/uploads/2010/02/logo_aas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="410" width="362" src="http://www.sersporting.org/idealsporting/wp-content/uploads/2010/02/logo_aas.jpg" /></a></div><br />
<br />
Recebemos da Associação de Adeptos do Sporting Clube de Portugal, o seguinte comunicado que passamos a transcrever:<br />
<br />
"O comunicado hoje emitido pela União Desportiva deLeiria-Futebol SAD (UD Leiria), merece da Associação de Adeptos Sportinguistas(AAS), os seguintes comentários: <br />
<br />
<br />
1)Caso se venha a confirmar a falta de comparência daUD Leiria ao próximo jogo da principal Liga do Campeonato Português, com aconsequente desistência desta competição, a responsabilidade por (mais) estapágina negra do futebol nacional deverá ser assacada, não só aos dirigentes daUD Leiria, mas sim a TODOS os dirigentes dos clubes inseridos nas Ligasprofissionais que, nas últimas décadas, em lugar de procurarem soluções quepermitissem viabilizar, a longo prazo, a competição ao mais alto nível emPortugal, apostaram em verdadeiras “fugas para a frente”, em que a total faltade controlo financeiros dos clubes tinha como reacção, das mais altasinstâncias do futebol português, a completa permissividade com esta (má) gestãorecorrente. Exemplos de clubes com ordenados em atraso em Portugal não faltam,pelo que não se pense que a UD Leiria é o único caso existente… <br />
<br />
<br />
2)Neste contexto, em que nos deparamos com umasituação digna de campeonatos do terceiro mundo, estar a aprovar (ou sequer adiscutir!) o alargamento da I Liga, é mais um acto que demonstra a totalirresponsabilidade por parte dos dirigentes desses clubes e da própria LigaPortuguesa de Futebol Profissional, a quem cabe, em última instância, assegurarequilíbrio na gestão dos campeonatos profissionais e nos próprios clubesinseridos nessas competições. Esses dirigentes, responsáveis por esta situaçãotriste e vergonhosa a que chegou o futebol em Portugal, estão, mais uma vez, atratar um doente terminal com aspirinas… <br />
<br />
<br />
3)O estado a que chegou a UD Leiria, presentemente,é (mais) uma prova que o modelo das Sociedades Anónimas Desportivas (SAD’s)está completamente falido, tendo sido encarado por esta geração de dirigentesdo futebol nacional como mais uma panaceia (como, em tempos, o foram o bingo eas bombas de gasolina) para resolver “em cima do joelho” um problema de fundo,que deveria ter sido encarado como tal. É também mais uma prova que os adeptose associados dos clubes portugueses não podem e não devem abdicar de exigir,constantemente, que os seus clubes sejam geridos de forma responsável, o querequer, também, da sua parte, um maior activismo no sentido de garantir que osclubes da sua paixão não tenham o fim que já tiveram o Boavista, o Farense, oSalgueiros e, ao que tudo indica, a UD Leiria… <br />
<br />
<br />
4)Desconhecendo a possibilidade desta situaçãopoder vir a beneficiar alguém, prejudicando na generalidade o futebol nacional,não gostaria a AASde terminar sem apelar à Federação Portuguesa de Futebol(FPF), instituição dotada de utilidade pública desportiva, e à Secretaria deEstado da Juventude e Desporto para, de uma vez por todas, zelar pelosinteresses do futebol português e lançar mãos à obra para o salvar, nãopermitindo que ele fique à mercê de um qualquer suposto…Salvador!<br />
<br />
<br />
Comité Executivo<br />
<br />
Associação de Adeptos Sportinguistas"<br />
<br />
<br />
1906 Luta & Resiste!resistentehttp://www.blogger.com/profile/13813417633162763031noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2115984489520094454.post-38322693115494422132012-05-04T11:39:00.000+01:002012-05-04T11:39:02.094+01:00No aeroporto de Alvaladel<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://i1.r7.com/data/files/2C92/94A3/290C/B65A/0129/1210/42AB/5D38/kim-jong-il-coreia-norte-reuters-20100607-HG.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="338" width="450" src="http://i1.r7.com/data/files/2C92/94A3/290C/B65A/0129/1210/42AB/5D38/kim-jong-il-coreia-norte-reuters-20100607-HG.jpg" /></a></div><br />
Aterraram segundo as <a href="http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/sport/sporting/china-investe-190-milhoes-no-sporting">notícias de hoje</a>, 190 milhões de euros, provenientes de capitais de empresas estatais chinesas State Grid e Three Gorges!<br />
<br />
Com um dono os sócios não riscam mais nada...<br />
<br />
Na verdade agora tambem riscavam pouco, era-lhes apenas dada a ilusão conveniente e apaziguadora que mandavam, para na altura vir o tradicional: não se preocupem que nós temos gente bonita, muito inteligente, bem falante e tambem bem vestida a tomar conta da ocorrência e apesar de vocês pensarem A, nós achamos B e na realidade vai ser B como aliás vocês vão escolher, livremente e em democracia!<br />
<br />
O facto de sermos o quintal das elites, faz com que o Sporting esteja transformado num tubo de ensaio de experiências sociais e que seja pioneiro numa serie de assuntos!<br />
<br />
O bom senso, a própria matriz associativa que deveria reger por defenição é esquecida, e a grande tendência é levar as pessoas a acreditar em oráculos como <a href="http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=527953">este</a>!<br />
<br />
Votaram contra? eram precisos mais de setenta e tal por cento para a proposta passar...teve sessenta e tal? Não faz mal...de qualquer maneira não precisavamos de apresentar isto aos sócios, está aqui num alçapão juridico que conseguimos encontrar!!! Mas o facto é que apresentaram, o facto é que a proposta chumbou, o facto é que mais ninguem disse nada! Porquê? Porque mais uma vez os sócios foram encostados á parede com a velha história do somos nós ou o caos, tudo isto com a cumpicidade da comunicação social, que amplia os ecos da voz do dono!!!<br />
<br />
Mas que independência? que liberdade de pensamento e de escolha? <br />
<br />
Alguem pode arvorar-se ao direito de dizer que decide informado?<br />
<br />
Ensinaram-nos a demitir-nos do nosso Sportinguismo e a confiar cegamente no querido lider, independentemente de quem seja que se senta na cadeira da direcção, não é?<br />
<br />
Transferindo a mesma lógica para o país tivemos 2/3 partidos no poder, que foram rodando a gamela de forma a todos irem comendo do mesmo tachp, quando uns estavam no poder, os outros estavam nos cargos de direcção de empresas publicas era o jogo dos muda aos 4 ou então aos 8 e acaba aos quantos? Até quando é que se vai continuar a jogar este jogo que nos trouxe hoje ao patamar onde nos encontramos hoje?<br />
<br />
Se uma pessoa pensa pela própria cabeça, é logo rotulado de um perigoso agitador e de ser anti-sportinguista ou que está colocar em risco os interesses da nação, quem não alinha no que é assobiado pelos fazedores de opinião, quem exerce o seu Sportinguismo ou os seus deveres de cidadania em prol do Clube ou neste caso do País nunca vai ter uma vida fácil, não pensar e acima de tudo não fazer é a garantia de que tudo continua na mesma, e quem está no poder precisa dessa establidade não é assim?<br />
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No Sporting tal como no país, promove-se o medo e a desinformação, através do medo e da desinformação no presente, condiciona-se o futuro - esta é a receita!<br />
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...E no Sporting tal como no País em receita que ganha não se mexe!<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_n9_vdklTM9c/SpRciAiDj1I/AAAAAAAAJRg/6EPv3kSJrxY/s1600/coreia_do_norte_opress%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="400" width="600" src="http://2.bp.blogspot.com/_n9_vdklTM9c/SpRciAiDj1I/AAAAAAAAJRg/6EPv3kSJrxY/s1600/coreia_do_norte_opress%C3%A3o.jpg" /></a></div><br />
TU PENSAS OU OBEDECES?<br />
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1906<br />
Luta & Resiste!resistentehttp://www.blogger.com/profile/13813417633162763031noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2115984489520094454.post-81423793180506136702012-04-27T13:05:00.002+01:002012-05-22T10:54:13.117+01:00Atentado CAMARATE - A confissão!!! Exclusivo Escrito<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/c6M_6qOz-yw" width="560"></iframe><br />
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"Eu <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7fcImC_UWCx_r7lOHJQ5_-dwmLhiVQ2sL6wGdczKJ266kil_LJUb-_C4U6Nlq-ppph9GE3A4NHy7Ch7gWCztCcLBIrXCwD-yXzIvReDGTjfblmvcSljVTQ366saXYsxV3AWXCCBnwyoz3/s1600/markting2.JPG">Fernando Farinha Simões</a> {O mais baixo de bigode, o outro é o ex-presidente Franco}, decidi finalmente, em 2011, contar toda a verdade sobre Camarate. No passado nunca contei toda a operação de Camarate, pois estando a correr o prrocesso judicial, poderia ser preso e condenado. Tambem porque durante 25 anos não podia falar, por estar obrigado por parte da CIA, mas esta situação mudou agora, ao que acresce o facto da CIA, me ter abandonado completamente desde 1989. Finalmente decidi falar por obrigação de consciência.<br />
Fiz o meu primeiro depoimento sobre Camarate, na Comissão de Inquérito parlamentar, em 1995. Mais tarde prestei alguns depoimentos em que fui acrescentandofactos e informações. Cheguei a prestar declarações para um programa da SIC, organizado por Emilio Rangel, que não chegou contudo a ir para o ar. Em todas essas declarações públicas contei factos sobre o atentado de Camarate, que nunca foram desmentidos, apesar dos nomes que citei e da gravidade dos factos que referi. Em todos esses relatos, eu desmenti a tese oficial de acidente, defendida pela Polícia Judiciária e pela Procuradoria Geral da República. Nunca tive duvidas de que as Comissões de Inquérito Parlamentares estavam no caminho certo, pois Camarate foi um atentado. Devo também dizer que tendo eu falado de factos sobre Camarate tão graves, e do envolvimento de certas pessoas nesses factos, sempre me surpreendeu que essas pessoas tenham preferido o silêncio. Então neste caso o {agraciado em 2001 como CGO da Ordem Militar de Cristo em 2001, envolvido com Roquette e Dias Loureiro na Plêiade/BPN} <a href="http://livresco.wordpress.com/2008/12/13/denuncia-acusa-dias-loureiro-de-branqueamento/">Tenente Coronel Lencastre Bernardo</a> ou o Major Canto e Castro. Se se sentissem ofendidos pelas minhas declarações, teria sido lógico que tivessem reagido. Quanto a mim, este seu silêncio só pode significar que, tendo noção do que fizeram, consideram que quanto menos se falar neste assunto melhor.<br />
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2. Nessas declarações que fiz, desde 1995, fui relatando, sucessivamente, apenas parte dos factos ocorridos, sem nunca ter feito a narração completa dos acontecimentos. Estávamos ainda relativamente próximos dos acontecimentos, e não quis portanto revelar todos os pormenores, nem todas as pessoas envolvidas nesta operação. Contudo, após terem passado mais de 30 anos sobre os factos ocorridos, entendi que todos os portugueses tinham o direito de conhecero que verdadeiramente sucedeu em Camarate. Não quero contudo deixar de referir, que estou hoje profundamente arrependido de ter participado nesta operação, não apenas pelas pessoas que aí morreram, e cuja a qualidade humana só mais tarde tive ocasião de conhecer, como o prejuízo que constituiu, para o futuro do País, o desaparecimento dessas pessoas. Nesta altura contudo, Camarate era apenas mais uma operação em que participava, pelo que não medi as consequências. Peço por isso desculpa aos Familiares das vítimas, e aos portugueses em geral, pelas consequências da operação em que participei.<br />
Gostaria assim de voltar atrás no tempo, para explicar como acabei por me envolver nesta operação. Em 1974 conheci na Afica do Sul, a agente dupla alemã, Uta Gerveck, que trabalhava para a BND – Serviços de Inteligência Alemães Ocidentais, e ao mesmo tempo para a Stassi. A cobertura legal de Uta Gerveck é feita através do <a href="http://www.oikoumene.org/">Conselho Mundial das Igrejas</a> (uma espécie de ONG), e é através dessa fachada que viaja practicamente pelo mundo todo, trabalhando ao mesmo tempo para a <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Bundesnachrichtendienst">BND</a> e para a <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Stasi">Stassi</a>.<br />
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3. Fez um livro em alemão que me dedicou, e que ainda tenho, sobre a luta de libertação do PAIGC na Guiné Bissau. O meu trabalho para a Stassi veio contudo a verificar-se posteriormente, quando já estava a trabalhar para a <a href="https://www.cia.gov/">CIA</a>. A minha infiltração na Stassi dá-se por convite de Uta Gerveck, em 1976, com a concordância da CIA, pois isso interessava-lhes muito.<br />
Uta Gerveck apresenta-me, em 1978, em Berlim Leste a Marcus Wolf, então director da Stassi. Fui para este efeito então clandestinamente a Berlim Leste, com um passaporte espanhol, que me foi fornecido por Uta Gerveck. O meu trabalho de infiltração na Stassi consistiu na elaboração de relatórios pormenorizados acerca das “toupeiras” infiltradas na Alemanha Ocidental pela Stassi, que actuavam nomeadamente junto a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Bundesarchiv_B_145_Bild-F074398-0021_Kohl_(cropped).jpg">Helmut Khol</a>, <a href="http://www.harrywalker.com/images/photos/large/Schmidt_Helmut.jpg">Helmut Shmidt</a> e de <a href="http://www.ksta.de/ks/images/mdsBild/1107874782225l.jpg">Hans Jurgen Wischewski</a>. Hans Jurgen Wischewski era o responsável pelas relações e contactos entre a Alemanha Ocidental e de Leste, sendo presidente da <a href="http://translate.google.pt/translate?hl=pt-PT&langpair=en%7Cpt&u=http://www.medicusmundi.org/en/mmi-network/the-network-members/ageh">Associação Alemã de Cooperação e Desenvolvimento </a>( ajuda ao terceiro mundo), e também ia ás reuniões do Grupo <a href="http://translate.google.pt/translate?hl=pt-PT&sl=en&tl=pt&u=http%3A%2F%2Fen.wikipedia.org%2Fwiki%2FBilderberg_Group&anno=2">Bilderberg</a>. vIabilizou também muitas operações clandestinas, nos anos 70 e 80, de ajuda a grupos de libertação, apartir de da Alemanha Ocidental. Estive também na Academia da Stassi, várias vezes em Postdan – Eiche.<br />
Relativamente ao relato dos factos, gostaria de começar por referir que tenho contactos, desde 1970, em Angola, com um agente da CIA, que é o jornalista e apresentador Paulo Cardoso ( já falecido). Conheci Paulo Cardoso em Angola, com quem trabalhei na TVA – Televisão de Angola na altura.<br />
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4. Em 1975, formei em Portugal, os CODECO com José Esteves, Vasco Montez, Carlos Miranda e Jorge Gago ( já falecido). Esta organização pretendia defender, em Portugal, se necessário por via da guerrilha, os valores do mundo Ocidental => <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Operation_Gladio">Ver operação Gladio!!!!</a><br />
Através de Paulo Cardoso, sou apresentado, em 1975, no Hotel Sheraton, em Lisboa, a um agente da CIA, antena, ( recolha de informações), chamado Philip Snell. Falei então, durante algum tempo, com Philip Snell. O Paulo Cardoso estava então a viver no Hotel Sheraton. Passados poucos dias, Philip Snell diz-me para levantar gratuitamente, um bilhete de avião, de Lisboa para Londres, a uma ag~encia de viagens na Av. De Ceuta, que trabalhava para a embaixada dos EUA. Fui então a uma reunião em Londres, onde encontrei um amigo antigo, Gary Van Dyk, da Afica do Sul, que colaborava com a CIA.<br />
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Fui então entrevistado pelo chefe de estação da CIA para a Europa que se chamava Jonh Logan. Gary Van Dyk defendeu nessa reunião, a minha entrada para a CIA, dizendo que me conhecia bem de Angola, e que eu trabalhava com eficiência. Comecei então a trabalhar para a CIA, tendo também para esse efeito pesado o facto de ter anteriormente colaborado com a NISS – National Intelligence Security Service ( Agência Sul Africana de Informações). Gary Van Dyk era o antena, em Londres, do DONS- Department Operational of National Security (Sul Africana).<br />
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Regressado a Lisboa, trabalhei para a embaixada dos EUA, em Lisboa, entre 1975 e 1988, a tempo inteiro. Entre 1976 e 1977, durante cerca de um ano e meio, vivi numa suite no <a href="http://pt.quierohotel.com/hotel-sheraton-lisboa-PF6598_7.jpg">Hotel Sheraton em Lisboa</a>, o que pode ser comprovado, tudo pago pela embaixada dos EUA. Conduzia então um carro com matricula diplomática, um Ford, que estacionava na garagem do Hotel. Nesta suite viveu também a minha mulher Elza, já grávida da minha filha Eliana.<br />
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5. O meu trabalho incluía recolha de informações e contra informações, informações sobre o tráfico de armas, de operações de combate ao tráfico de armas, de operações de combate ao tráfico de droga, informações sobre terrorismo, recrutamento de informadores, etc. Estas actividades incluem contactos com serviços secretos de outros países, como a Stassi, a Mossad, e a “Boss” (Sul Africana), depois NISS, depois DONS e actualmente SASS. Era pago em Portugal, recebendo cerca de USD 5.000 por mês. Nestas actividades facilita o facto de eu falar 6 linguas. Actuei utilizando vários nomes diferentes, com passaportes fornecidos pela embaixada dos EUA em Lisboa. Facilita também o facto de falar um dialecto Angolano o Kimbundo.<br />
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A embaixada dos EUA tinha também uma casa de recuo na Quinta da Marinha que me estava entregue, e onde ficavam frequentemente agentes e militares americanos, que passavam por Portugal. Era a vivenda “Alpendrada”.<br />
A partir de 1975, como referi, passei a trabalhar directamente para a CIA. Contudo, a partir de 1978, passei a trabalhar como agente encoberto, no chamado “ Office of Special Operations”, a que se chamava serviços clandestinos, e que visavam observar um alvo, incluindo perseguir, conhecer e eleiminar esse alvo, em qualquer pais do mundo, exepto nos EUA. Por pertencermos a este Office, éramos obrigados a assinar uma clausula que se chamava “<a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Plausible_deniability">Plausible denial</a>”, que significa que se fossemos apanhados nestas operações com documentos de identificação falsos, a situação seria por nossa conta e risco, e a CIA nada teria a ver com essa situação. Nessa circunstância, tínhamos o discurso preparado para explicar o que estávamos a fazer, incluindo estarmos preparados para aguentar a tortura. Trabalhei para o Office of Special Operations até 1989, ano em que saí da CIA.<br />
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7. Para fazer face a estes trabalhos e operações, as minhas contas dos cartões de crédito do VISA, Amercan Express e Dinners Club, tinham cada uma, um plafond de 10000 USD, que podiam ser movimentados em caso de necessidade. Estes cartões eram emitidos no Brasil, em bancos estrangeiros sedeados no Brasil, como o Citibank, po Bank of Boston ou o Bank of America. Entre 1975 e 1989, portanto durante cerca de 14 anos, gastei com estes cartões cerca de 10 milhões de USD, em operações em diversos países, nomeadamente pagando a informadores, políticos, militares, homens de negócios, e também a traficantes de armas e de droga, em ligação com a DEA (Drug Enforcement Agency). Existiram outros valores movimentados á parte, a partir de um saco azul “ em cash”, valores esses postos á disposição pelo chefe de estação da CIA, do local onde as operações eram realizadas. Este saco azul servia para pagar despesas como viajens, compras necessárias, etc.<br />
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Posso referir que a operação Camarate, que a seguier irei transcrever custou, a preços de 1980, entre 750.000 e 1 milhão de USD. Só o Sr. José António dos Santos Esteves recebeu 200.000 USD. Estas despesas relacionadas com a operação Camarate, incluíram os pagamentos a diversas pessoas e participantes, como o Sr. Lee Rodrigues, como seguidamente irei descrever.<br />
Ente 1975 e 1988, participei em vários cursos e seminários em <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Langley,_Virginia">Langley, Virginia</a> e Quantico, pago pela CIA, sobre informações, desinformação, contra-informação, terrorismo, contra-terrorismo, infiltrações encobertas, etc, etc.<br />
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8. Trabalhei em serviços de infiltração pela CIA e pela <a href="http://www.justice.gov/dea/">DEA</a>, em diferentes países, como Portugal, El Salvador, Bolivia, Colômbia, Venezuela, Peru, Guatemala, Nicarágua, Panamá, Chile, Líbano, Síria, Egipto, Argélia, Marrocos e Filipinas.<br />
A minha colaboração com a DEA, iniciou-se em 1981, através de Richard Lee Armitage. Em 1980, Richard Armitage viria também a estar comigo e com <a href="http://www.cardinalfang.net/songs/images/HenryKissinger.png">Henry Kissinger</a> em Paris. Richard Armitage era membro do <a href="http://www.cfr.org/">CFR</a> ( Council for Foreign Affairs and Relations) e da Organização e Cooperação para a Segurança da Europa (<a href="http://www.osce.org/">OSCE</a>), criada pela CIA. Richard Armitage era também membro na altura, do grupo <a href="http://www.carlyle.com/">Carlyle</a>, do qual o CEO era <a href="http://www.c-spanvideo.org/videoLibrary/showPicture.php?programid=152943&height=290&width=427">Frank Carlucci</a>. O grupo Carlyle dedica-se á construção civil, imobiliário e é um dos maiores grupos de tráfico de armas do mundo, junto com o grupo <a href="http://www.halliburton.com/">Halliburton</a>, chefiado por <a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/88/46_Dick_Cheney_3x4.jpg/250px-46_Dick_Cheney_3x4.jpg">Richard “ Dick” Cheney</a>. O Grupo Carlyle pertence a vários investidores privados dos EUA, por regra do Partido Republicano. Este grupo promove nomeadamente vendas de armas, petróleo e cimento para países como o Iraque, Afeganistão e agora para países da primavera árabe.<br />
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A lavagem do dinheiro do tráfico de armas e da droga era feito na altura, pelo <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Bank_of_Credit_and_Commerce_International">Banco BCCI</a>, ligado á CIA e á <a href="http://www.nsa.gov/">NSA</a> – National Security Agency. O BCCI foi fundado em 1972 e fechado no principio dos anos 90, devido aos diversos escândalos em que esteve envolvido.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4EL21xYh8wW7Bnnadah1qVSXirHudfL1mXgvvWUQA5chUpkNds0DUFsDAQqM00Ax05W2FS-yafQ14D6aIz7deZ41c8NSIGNkAUXji9bGWzADM2k9C0pYzkeNxhdIEty5MclJWOXlsaDC2/s400/OliverNorth-capd.JPG">Oliver North</a> pertencia ao Conselho Nacional de Segurança, ás ordens de <a href="http://resistir.info/europa/imagens/william_walker.jpg">William Walker</a>, ex-embaixador dos EUA em El Salvador. Oliver North seguiu e segue sempre as ordens da CIA, dependente de William Casey. Oliver North está hoje retirado da CIA, e é o CEO de vários grupos privados americanos tal como Frank Carlucci.<br />
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9. Da DEA conheci <a href="http://mediafilter.org/Images/ShadowPix/BushCastillo.S35.GIF">Celerino Castillo</a>, <a href="http://www.experts.com/Articles/Blind-Mules%E2%80%94Fiction-or-Fact-By-Michael-Levine">Mike Levine</a>, Anabelle Grimm e Brad Ayers, tendo trabalhado para a DEA entre 1975 e 1989. Da CIA trabalhei também com Tosh Plumbey, Ralph Mcgehee – Tenente coronel da NSA, actualmente reformado. Da Cia trabalhei ainda com BO Gritz e Tatum. Estes dois agentes tinham a sua base de operações em El Salvador, ( onde eu também estive, nos anos 80, durante o tráfico Irão-Contras), desenvolvendo nomeadamente actividades de tráfico de armas. Uma das suas operações consistiu no transporte de armas dos EUA para El Salvador, que eram depois transportadas para o Irão e a Nicarágua. Os aviões, normalmente panamianos e colombianos, regressavam depois para os EUA com droga, nomeadamente cocaína, proveniente de países como a Colombia, Bolivia e El Salvador, que serviam para financiar a compra de armas. Esta actividade desenvolveu-se essencialmente desde os finais dos anos 70 até 1988.<br />
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A cocaína vinha nomeadamente da <a href="http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Norman's_Cay">Ilha Norman´s Cay</a>, nas Bahamas, de que era proprietário <a href="http://www.sptimes.com/News/112899/Floridian/Carlos_Lehder_Rivas__.shtml">Carlos Lheder Rivas</a>. Carlos Rivas era um dos chefes do cartel de Medellin, trabalhando para este cartel e para ele próprio. Carlos Rivas era, neste contexto, um personagem importante, sendo o braço direito de <a href="http://msnbcmedia2.msn.com/j/msnbc/Components/Photo_StoryLevel/080505/080505-vesco-vsmall.grid-4x2.jpg">Roberto Vesco</a>, que trabalhava para a CIA e para a NSA. Roberto Vesco era proprietário de bancos nas Bahamas, nomeadamente o Columbus Trust. Carlos Rivas fazia toda a logística de Roberto Vesco e forneciam armas a troco de cocaína, nomeadamente ao movimento de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_19_de_Abril">guerrilha colombiano M19</a>. Roberto Vesco está hoje refugiado em Cuba.<br />
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10. O dinheiro das operações de armas e de droga são lavadas no Banco BCCI e noutros bancos, com o nome de código "Amadeus". Há no entanto contas activas nas Bahamas e em Norman's Cay, nas Ilhas Jersey, que gerem contas bancárias, nomeadamente para o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Caso_Ir%C3%A3-Contras">tráfico de armas para os “Contras”</a> da Nicarágua, e para o Irão.<br />
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Como acima referi, muito desse dinheiro foi para bancos americanos e franceses, o que em parte explicará porquê é que <a href="http://img2.allvoices.com/thumbs/image/609/480/58439589-manuel-noriega.jpg">Manuel Noriega</a> foi condenado a 60 anos de prisão, tendo primeiro estado preso nos EUA, depois em França, e actualmente no Panamá. Foi preso porque era conveniente que estivesse calado, não referindo nomeadamente que partilhava com a CIA, o dinheiro proveniente da venda de armas e da venda de drogas. Noriega movimentava contas bancárias em mais de 120 bancos, com conhecimento da CIA. Noriega fazia também parte da operação Black Eagle, dedicada ao tráfico de armas e de droga, que em 1982 se transformou numa empresa chamada Enterprise, com a colaboração de Oliver North e de Donald Gregg da CIA. Em face do grau de informações e de conhecimento que tinha, é fácil de perceber porquê se verificou o derrube e a prisão de Noriega. Devo dizer que estou pessoalmente admirado que não o tenham até agora “suicidado", pois deve ter muitos documentos ainda guardados. Noriega tinha a intenção de contar tudo o que sabia sobre este tráfico, nomeadamente sobre os serviços prestados à CIA e a Bush Pai, tendo por isso sido preso. Washington e a CIA são assim veículos importantes do tráfico de armas e de droga, utilizando nomeadamente os pontos de apoio de South Flórida e do Panamá.<br />
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11.No início dos anos 80 conheci um traficante do cartel de Cali, de nome Ramon Milian Rodriguez, que depois mais tarde perante uma comissão do Senado Americano, onde falou do tráfico de armas e de droga, do branqueamento de dinheiro, bem como das cumplicidades de Oliver North neste tráfico às ordens de Bush Pai e do Donald Gregg.<br />
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Muito do dinheiro gerado nessas vendas foi para bancos americanos e franceses. Este dinheiro servia também para compras de propriedades imobiliárias. Por estar ligado a estas operações, Noriega foi preso pelos EUA.<br />
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Foi numa operação de droga que realizei na Colômbia e nas Bahamas, em 1984, onde se deu a prisão de Carlos Lheder Rivas, do Cartel de Medallin, em que eu não concordei com os agentes da DEA da estação de Maiami, pois eles queriam ficar com 10 milões de dólares e com o avião "lear-jet" provenientes do tráfico de droga. Não concordando, participei desses agentes ao chefe da estação da DEA de Miami. Este chefe mandou-lhes então levantar um inquérito, tendo sido presos pela própria DEA. A partir de aí a minha vida tornou-se num verdadeiro inferno, nomeadamente com a realização de armadilhas, e detenções, tendo acabado por sair da CIA em 1989, a conselho de Frank Carlucci. O principal culpado da minha saida da CIA foi e da DEA foi John C. Lawn, director da estação da DEA e amigo de Noriega e de outros traficantes. John Lawn encobriu, ou tentou encobrir, todos os agentes da DEA que denunciei aquando da prisão de Carlos Rivas. Após a minha saída da CIA, Frank Carlucci continuou contudo a ajudar-me com dinheiro, com conselhos e com apoio logístico, sempre que eu precisei até 1994.<br />
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Regressando contudo à minha actividade em Portugal, anteriormente a Camarate e ao serviço da CIA, devo referir que conheci Frank Carlucci, em 1975, através de duas pessoas: um jornalista Português da RTP, já falecido, chamado Paulo Cardoso de Oliveira, que conhecera em Angola, e que era agente da CIA, e Gary Van Dyk, agente da BOSS (Sul Africana) que conheci também em Angola.<br />
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12.Mantive contactos directos frequentes com Frank Carlucci, sobretudo entre l975 e 1982, de quem recebi instruções para vários trabalhos e operações. Os meus contactos com Frank Carlucci mantêm-se até hoje, com quem falo ainda ocasionalmente pelo telefone. A última vez que estive com ele foi em Madrid, em 2008, na escala de uma viagem que Frank Carlucci realizou à Turquia.<br />
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Em Lisboa, também lidei e recebi ordens de William Hasselberg - antena da CIA em Lisboa, que além de recolher informacões em Lisboa actua como elo de ligação entre portugueses e americanos. Tive inclusivamente uma vida social com William Hasselberg, que inclui uma vida nocturna em Lisboa, em diferentes bares, restaurantes, e locais públicos. William Hasselberg gostava bastante da vida nocturna, onde tinha muito gosto em aparecer com as suas diversas “conquistas” femininas. Trabalhei também com outros agentes da CIA, nomeadamente Philip Agee. Neste ambito, trabalhei em operações de tráfico de armas, e em infiltrações em organizações com o objectivo de obter informações políticas e militares, “Billie” Hasselberg fala bem português, e era grande amigo de <a href="http://sites.euroimpala.pt/cache/bin/XPQUQowXX64084pNpAsNJhx9ZKU.jpg">Artur Albarran</a>, Hasselberg e Albarran conheceram-se numa festa da embaixada da Colômbia ou Venezuela, tendo Albarran casado nessa altura, nos anos 80, com a filha do embaixador, que foi a sua primeira mulher.<br />
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13. Das reuniões que tive com a embaixada americana em Lisboa, a partir de 1978, conheci vários agentes da CIA. O Chefe da estação da CIA em Portugal, John Logan, oferece-me um livro seu autografado. Conheci também o segundo chefe da CIA, Sr. Philip Snell, Sr. James Lowell, e o Sr. Arredondo. Da parte militar da CIA conheci o cor Wilkinson, a partir de quem conheci o coronel Oliver North e o coronel Peter Bleckley. O coronel Oliver North, militar mas também agente da CIA e o coronel Peter Bleckley, são os principais estrategas nos contactos internacionais, com vista ao tráfico e venda de armas, nomeadamente com países como Irão, Iraque, Nicarágua, e o El Salvador. Na sequência do conhecimento que fiz com Oliver North , tendo várias reuniões com ele e com agentes da CIA, por causa do tráfico e negócio de armas. Estas reuniões têm lugar em vários países, como os EUA, o México, a Nicarágua, a Venezuela, o Panamá. Neste último país contacto com dois dos principais adjuntos de Noriega, José Bladon, chefe dos serviços secretos do Panamá, que me disse que práticamente todos os embaixadores do Panamá em todo o Mundo estavam ao serviço de Noriega.<br />
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Blandon pediu-me na altura se eu arranjava um <a href="http://dayerses.com/data_images/posts/rolls-royce-silver-spirit/rolls-royce-silver-spirit-04.jpg">Rolls Royce Silver Spirits</a>, para o embaixador do Panamá em Lisboa, o que acabei por conseguir. Em meados de 1980, Frank Carlucci refere-me, por alto, e pela primeira vez, que eu iria ser encarregue de fazer um "trabalho" de importância máxima e prioritária em Portugal, com a ajuda dele, da CIA, e da Embaixada dos EUA em Portugal, sendo-me dado, para esse efeito, todo o apoio necessário.<br />
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Tenho depois reuniões em Lisboa, com o agente da CIA, Frank Sturgies, que conheço pela primeira vez. <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Frank_Sturgis">Frank Sturgis</a> é uma pessoa de aspecto sinistro e com grande frieza, e é organizador das forças anti-castristas, sediadas em Miami, e é elo de ligação com os "contra" da Nicarágua. Frank Sturgis refere-me então, que está em marcha um plano para afastar, definitivamente, (entenda-se eliminar) uma pessoa importante, ligada ao Governo Português de então, sem dizer contudo ainda nomes.<br />
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14.Algum tempo depois, possívelmente em Setembro ou Outubro de 1980, jogo ténis com Frank Carlucci quase toda a tarde, na antiga <a href="http://videos.sapo.pt/ngaK7yWqEA7aQEevVw2s">residência do embaixador dos EUA, na Lapa</a>. Janto depois com ele, onde Frank Carlucci refere novamente que existem problemas em Portugal para a venda e transporte de armas, e que Francisco Sá Carneiro não era uma pessoa querida dos EUA. Depois já na sobremesa, juntam-se a nós o General Diogo Neto, o Coronel Vinhas, o Coronel Robocho Vaz e Paulo Cardoso, onde se refere novamente a necessidade de se afastarem alguns obstáculos existentes ao negócio de armas. Todos estes elementos referem a Frank Carlucci que eu sou a pessoa indicada para a preparação e implementação desta operação.<br />
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Em Outubro de 1980, num juntar no Hotel Sheraton onde participo eu, Frank Sturgies (CIA), Vilfred Navarro (CIA), o General Diogo Neto e o Coronel Vinhas (já falecidos), onde se refere que há entraves ao tráfico de armas que têm de ser removidos. Depois há um outro jantar também no Hotel Sheraton, onde participam, entre outros, eu e o Coronel Oliver North, onde este diz claramente que "é preciso limar algumas arestas" e "se houver necessidade de se tirar alguém do caminho, tira-se", dando portanto a entender que haverá que eliminar pessoas que criam problemas aos negócios de venda de armas. Oliver North diz-me também que está a ter problemas com a sua própria organização, e que teme que o possam querer afastar e "deixar cair", o que acabou por acontecer.<br />
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15.Há também Portugueses que estavam a beneficiar com o tráfico de armas, como o Major Canto e Castro, o <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDyjmAzgLjL40wvwgqlZ8ozy4hI6WwBIFtzYTUfPW6qIZGddEfacdZuhFyh1qD95m9bqrFn6i5h5r45nxAQyfGbr36fRZ0dISiHVJwhkr25DDjgVRsvmg0Kdf2ywEp2olVmjIuEGQXAWc/s640/F5E0938DBCAF6B0D3102DD6578EC.jpg">General Pezarat Correia</a>, <a href="http://artes-vivas-index3.blogspot.pt/2010/04/franco-charais.html">Franco Charais</a> e o <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-l_3vz4CFTkVXglQhczCHzUL_IKrB3sZ2T-WMfIbb3VlE4Yp9MxaJbHKskIpdx2Njr91qRzXjuv0BUp6Tz-SnuaoUBBZY8WeGWYj6Zrii8czZxUevfqSqcr55Xsi0m3WVlx0fbUYDxEMW/s400/zoio.jpg">empresário Zoio</a>. Sabe-se também já nessa altura que <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Adelino_Amaro_da_Costa">Adelino Amaro da Costa</a> estava a tentar acabar com o tráfico de armas, a investigar o fundo de desenvolvimento do Ultramar, e a tentar acabar com lobbies instalados. Afastar essas duas pessoas pela via política era impossível, pois a AD tinha ganho as eleições. Restava portanto a via de um atentado.<br />
Passados alguns dias, recebo um telefonema do Major Canto e Castro (pertencente ao conselho da revolução), que eu já conhecia de Angola, pedindo para eu me encontrar com ele no Hotel Altis. Nessa reunião está também Frank Sturgis, e fala-se pela primeira vez em "atentado", sem se referirem ainda quem é o alvo. referem que contam comigo para esta operação. O Major Canto e Castro diz que é preciso recrutar alguém capaz de realizar esta operação.<br />
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Tenho depois uma segunda reunião no Hotel Altis com Frank Sturgies e Philip Snell, onde Frank Sturgis me encarrega de preparar e arranjar alguns operacionais para uma possível operação dentro de pouco tempo, possívelmente dentro de 2 ou 3 meses. Perguntam-me se já recrutou a pessoa certa para realizar este atentado, e se eu conheço algum perito na fabricação de bombas e em armas de fogo. Respondo que em Espanha arranjaria alguém da ETA para vir cá fazer o atentado, se tal fosse necessário. Quem paga a operação e a preparação do atentado é a CIA e o Major Canto e Castro. Canto e Castro colabora na altura com os serviços Secretos Franceses, para onde entrou através do sogro na época. O sogro era de Nacionalidade Belga, que trabalhava para a SDEC, os serviços de inteligência franceses, em 1979 e 1980. Canto e Castro casou com uma das suas filhas, quando estava em Luanda, em Angola, ao serviço da Força Aérea Portuguesa. Em Luanda, Canto e Castro vivia perto de mim.<br />
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16.Tendo que organizar esta operação, falo então com José Esteves e mais tarde com Lee Rodrigues ( que na altura ainda não conhecia). O elo de ligação de Lee Rodrigues em Lisboa era Evo Fernandes, que estava ligado à resistência moçambicana, a Renamo. Falo nessa altura também com duas pessoas ligadas à ETA militar, para caso do atentado ser realizado através de armas de fogo.<br />
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Depois, noutro jantar em casa de Frank Carlucci, na Lapa, na Mansarda, no último andar, onde jantamos os dois sozinhos, Frank Carlucci diz abertamente e pela primeira vez, o que eu tinha de fazer, qual era a operação em curso e que esta visava Adelino Amaro da Costa, que estava a dificultar o transporte e venda de armas a partir de Portugal ou que passavam em Portugal, e que havia luz verde dada por Henry Kissinger e que essa ordem me seria dada directamente de Paris.<br />
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Poucos dias depois voo com Philipp Snell para Paris, ficando no Hotel Baltimore, na avenida Bis Kleber. Philip Snell faz uma reserva para um alto cargo dos EUA, no Hotel George V. Depois, juntamente com Philip Snell, desloco-me ao restaurante Fouquet, nos Champs Elisées, onde me encontro com Henri Kissinger e Oliver North. Cumprimento ambos, referindo que sou "o homem deles em Lisboa".<br />
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17.Três semanas antes dos atentado, Canto e Castro e Frank Surgies, referem pela primeira vez, que o alvo do atentado é Adelino Amaro da Costa. O Major Canto e Castro afirma que irá viajar para Londres. Frank Sturgies pede-me que obtenha um cartão de acesso ao aeroporto para um tal Lee Rodrigues, que é referido como sendo a pessoa que levará e colocará a bomba no avião.<br />
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Recebo depois um telefonema de Canto e Castro, referindo que está em Londres e para eu ir ter lá com ele. Refere-me que o meu bilhete está numa agência de viagens situada na Av. da Republica, junto à pastelaria Ceuta. Chegado a Londres fico no Hotel Grosvenor, ao pé de Victoria Station. Canto e Castro vai buscar-me e leva-me a uma casa perto do Hotel, onde me mostra pela primeira vez, o material, incluindo explosivos, que servirão para confeccionar a "bomba" nesta operação. Essa casa em Londres, era ao mesmo tempo residência e consultório de um dentista indiano, amigo de Canto e Castro, Canto e Castro refere-me que esse material será levado para Portugal pela sua companheira Juanita Valderrama. O Major Canto e Castro pede-me então que vá ao Hotel Altis recolher o material. Vou então ao Hotel acompanhado de José esteves, e recebemos uma mala e uma carta da senhora Juanita, José Esteves prepara então uma bomba destinada a um avião, com esses materiais, com a ajuda de Carlos Miranda.<br />
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O Major Canto e Castro volta depois de Londres, encontra-se comigo, e digo-lhe que a bomba está montada. Lee Rodrigues é-me apresentado pelo Major Canto e Castro. Alguns dias depois Lee Rodrigues telefona-me e encontramo-nos para jantar no restaurante Galeto, junto ao Saldanha, juntamente com Canto e Castro, onde aparece também Evo Fernandes, que era o contacto de Lee Rodrigues em Lisboa. Fora Evo Fernandes que apresentara Lee Rodrigues a Canto e Castro. Lee Rofrigues era moçambicano e tinha ligações à Renamo.<br />
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19.Nesse jantar alinham-se pormenores sobre o atentado. Canto e Castro refere contudo nesse jantar que o atentado será realizado em Angola. Perante esta afirmação, pergunto se ele está a falar a sério ou a brincar, e se me acha com “cara de palhaço"- fazendo tenção de me levantar. Refiro que, através de Frank Carlucci, já estava a par de tudo. Lee Rodrigues pede calma, referindo depois Canto e Castro que desconhecia que eu já estava a par de tudo, mas que sendo assim nada mais havia a esconder.<br />
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Possivelmente em Novembro, é-me solicitado por Philip Snell que participe numa reunião em Cascais, num iate junto á antiga marina (na altura não existia a actual marina). Vou e levo comigo José Esteves. Essa reunião tem lugar entre as 20 e as 23 horas, nela participando Philips Snell, Oliver North, Frank Sturgies, Sydral e Lee Rodrigues e mais cerca de 2 ou 3 estrangeiros, que julgo serem americanos. Nesta reunião é referido que há que preparar com cuidado a operação que será para breve, e falam-se de pormenores a ter em atenção. É referido também os cuidados que devem ser realizados depois da operação, e o que fazer se algo correr mal. A língua utilizada na reunião é o Inglês. José Esteves recebeu então USD 200.000 pelo seu futuro trabalho. Eu não recebi nada pois já era pago normalmente pela CIA. Eu nessa altura recebia da CIA o equivalente a cinco mil dólares, dispondo também de dois cartões de crédito Diner's Club e Visa Gold, ambos com plafonds de 10.000 Doláres.<br />
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20.Lee Rodrigues pede-me então que arranje um cartão para José Esteves entrar no aeroporto.<br />
Para este efeito, obtenho um cartão forjado, na mouraria, em Lisboa, numa tipografia que hoje já não existe. Lee rodrigues diz-me também que irá obter uma farda de piloto numa loja ao pé do Coliseu, na Rua das Portas de Santo Antão. A meu pedido, João Pedro Dias, que era carteirista, arranja também um cartão para Lee Rodrigues. Este cartão foi obtido por João Pedro Dias, roubando o cartão de Miguel Wahnon, que era funcionário da TAP. Apenas foi necessário mudar-se a fotografia desse cartão, colocando a fotografia de Lee Rodrigues.<br />
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José Esteves prepara então em sua casa no Cacém, um engenho para o atentado. Conta com a colaboração de outro operacional chamado Carlos Miranda, expecialista em explosivos, que é recrutado por mim, e que eu já conhecia de Angola, quando Carlos Miranda era comandante da FNLA e depois CODECO em Portugal. José Esteves foi também um dos principais comandantes da FNLA, indo muitas vezes a Kinshasa.<br />
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Depois do artefacto estar pronto, vou novamente a Paris. No Hotel Ritz, à tarde, tenho um encontro com Oliver North, o cor. Wilkison e Philip Snell, onde se refere que o alvo a abater era Adelino Amaro da Costa, Ministro da Defesa.<br />
Volto a Portugal, cerca de 5 ou 6 dias antes do atentado. É marcado por Oliver North um jantar no hotel Sheraton. Nesse jantar aparece e participa um indivíduo que não conhecia e que me é apresentado por Oliver North , chamado Penaguião. Penaguião afirma ser segurança pessoal de Sá Carneiro. Oliver North refere que Penaguião faz parte da segurança pessoal de Sá Carneiro e que é o homem que conseguirá meter Sá Carneiro no Avião. Penaguião afirma, de forma fria e directa que sá Carneiro também iria no avião, "pois dessa forma matavam dois coelhos de uma cajadada! " Afirma que a sua eliminação era necessária, uma vez que Sá Carneiro era anti-americano, e apoiava<br />
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21.incondicionalmente Adelino Amaro da Costa na denúncia do tráfico de armas, e na descoberta do chamado saco azul do Fundo de Defesa do Ultramar, pelo que tudo estava, desde o início, preparado para incluir as duas pessoas. Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa. Fico muito receoso, pois só nesse momento fiquei a conhecer a inclusão de Sá Carneiro no atentado. Pergunto a Penaguião como é que ele pode ter a certeza de que Sá Carneiro irá no avião, ao que Penaguião responde de que eu não me preocupasse pois que ele, com mais alguém, se encarregaria de colocar Sá Carneiro naquele avião naquele dia e naquela hora, pois ele coordenava a segurança e a sua palavra era sempre escutada. No final do jantar, juntam-se a nós três o General Diogo Neto e o Coronel Vinhas.<br />
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Fico estarrecido com esta nova informação sobre Sá Carneiro, e decido ir, nessa mesma noite, à residência do embaixador dos EUA, na Lapa, onde estava Frank Carlucci, a quem conto o que ouvi. Frank Carlucci responde que não me preocupasse, pois este plano já estava determinado há muito tempo. Disse-me que o homem dos EUA era Mário Soares, e que Sá Carneiro, devido à sua maneira de ser, teimoso e anti-americano, não servia os interesses estratégicos dos EUA. Mário Soares seria o futuro apoio da política americana em Portugal, junto com outros lideres do PSD e do PS. Aceito então esta situação, uma vez que Frank Carlucci já me havia dito antes que tudo estava assegurado, inclusivamente se algo corresse mal, como a minha saída de Portugal, a cobertura total para mim e para mais alguém que eu indicasse, e que pudesse vir a estar em perigo. Isto é a usual "realpolitik" dos Estados Unidos, e suspeito que sempre será.<br />
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22.Três dias antes do atentado há uma nova reunião, na Rua das Pretas no Palácio Roquete, onde participam Canto e Castro, Farinha Simões, Lee Rodrigues, José esteves e Carlos Miranda. Carlos Miranda colaborou na montagem do engenho explosivo com José Esteves, tendo ido várias vezes a casa de José esteves. Nessa reunião são acertados os últimos pormenores do atentado. Nessa reunião, Lee Rodrigues diz que ele está preparado para a operação e Canto e Castro diz que o atentado será a 3 ou 4 de Dezembro. Nessa reunião é dito que o alvo é Adelino Amaro da Costa. No dia seguinte encontramo-nos com Canto e Castro no Hotel Sheraton, e vamos jantar ao restaurante "O Polícia".<br />
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No dia 4 de Dezembro, telefono de um telefone no Areeiro, para o Sr. William Hasselberg, na Embaixada dos EUA, para confirmar que o atentado é para realizar, tendo-me este referido que sim. Desse modo, à tarde, José Esteves traz uma mala a minha casa, e vamos os dois para o aeroporto. Conduzo José esteves ao aeroporto, num BMW do José Esteves.<br />
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Já no aeroporto, José Esteves e eu entramos no aeroporto, por uma porta lateral, junto a um posto da Guarda Fiscal, utilizando o cartão forjado, anteriormente referido. Depois José Esteves desloca-se e entrega a mala, com o engenho, a <a href="http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/lee-rodrigues-extraditado-para-franca-6209">Lee Rodrigues</a>, que aparece com uma farda de piloto e é também visto por mim. Depois de cerca de 15 minutos, sai já sem a mala, e sai comigo do aeroporto. Separamo-nos, mas mais tarde José esteves encontra-se novamente comigo no cabeleireiro Baeta, no centro comercial Alvalade. Depois José esteves aparece em minha casa com a companheira da época, de nome Gina, e com um saco de roupa para lá ficar por precaução. Ouvi-mos depois o noticiário das 20 horas na televisão, e José Esteves fica muito surpreendido, pois não sabia que Sá Carneiro também ia no avião. <br />
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23.Afirma que fomos enganados. Telefona então para Lencastre Bernardo, que tinha grandes ligações à PJ e à PJ Militar, e uma Ligação ao General Eanes, Lencastre Bernardo tem também ligações a Canto e Castro, Pezarat Correia, Charais, ao empresário Zoio a José António Avelar que era ex-braço direito de Canto e Castro. José Esteves telefona-lhe, e pede para se encontrar com ele. Este aceita, pelo que, pelas 23 horas, José Esteves, eu, e a minha mulher Elza, dirigimo-nos para a Rua Gomes Freire, na PJ, para falar com ele. José Esteves sobe para falar com Lencastre Bernardo que lhe tinha dito que não se preocupasse, pois nada lhe sucederia. Passámos contudo por casa de José Esteves pois este temia que aí houvesse já um conjunto de polícias à sua procura, devido a considerarem que ele estava associado à queda do avião em camarate. José Esteves ficou assim aliviado por verificar que não existia aparato policial à porta de sua casa. Vem contudo dormir para minha casa.<br />
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Alguns dias depois falei novamente com Frank Carlucci. A quem manifestei o meu desconhecimento e ter ficado chocado por ter sabido, depois de o avião ter caído, que acompanhantes e familiares do Primeiro Ministro e do Ministro da Defesa também tinham ido no Avião. Frank Carlucci respondeu-me que compreendia a minha posição, mas que também ele desconhecia que iriam outras pessoas no avião, mas que agora já nada se podia fazer.<br />
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Em 1981, encontro-me com Victor Pereira, na altura agente da Polícia Judiciaria, no restaurante Galeto, em Lisboa. Conto a Victor Pereira que alguns dos atentados estão atribuidos às Brigadas Revolucionárias, relacionados com a colocação de bombas, foram porém efectuadas pelo José Esteves, como foram os casos dos atentados à bomba na Embaixada de Angola, de Cuba ( esta última com conhecimento de Ramiro Moreira), na casa de Torres Couto, na casa do prof. Diogo Freitas do Amaral, na casa do Eng. Lopes Cardoso, e na casa de Vasco Montez, a pedido deste, junto ao Jumbo em Cascais, para obter sensacionalismo á época, tendo José Esteves espalhado panfletos iguais aos da FP25. Não falei então com Victor Pereira de camarate. <br />
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Tomei conhecimento no entanto que Victor Pereira, no dia 4 de Dezembro de 1980, tendo ido nessa noite ao aeroporto da Portela, como agente da PJ, encontrou a mala que era transportada pelo eng. Adelino Amaro da Costa. Nessa mala estavam documentos referentes ao tráfico de armas e de pessoas envolvidas com o Fundo de defesa do Ultramar. Salvo erro, Victor Pereira entregou essa mala ao inspector da PJ Pedro Amaral, que por sua vez a entregou na PJ. Disse-me então Victor Pereira que essa mala, de maior importância no caso de Camarate, pelas informações que continha, e que podiam explicar os motivos e as pessoas por detrás deste atentado, nunca mais voltou a aparecer. Esta informação foi-me transmitida por Victor Pereira, quando esteve preso comigo na prisão de Sintra, em 1986. Não referi então a Victor Pereira que, como descrevo a seguir, eu tinha já tido contacto com essa mala, em finais de 1982, pelo facto de trabalhar com os serviços secretos na Embaixada dos EUA.<br />
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Também em 1981, uns meses depois do atentado, eu e o José Esteves fomos ter com o Major Lencastre Bernardo, na Polícia Judiciária, na Rua Gomes Freire. Com efeito, tanto o José Esteves como eu, andávamos com medo do que nos podia suceder por causa do nosso envolvimento no atentado de Camarate, e queríamos saber o que se passava com a nossa protecção por causa de Camarate. Eu não participo na reunião, fico à porta.<br />
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24.Contudo José Esteves diz-me depois que nessa conversa Lencastre Bernardo lhe referiu que, numa anterior conversa com Francisco Pinto Balsemão, este lhe havia dito ter tido conhecimento prévio do atentado de Camarate, pois em Outubro de 1980, Kissinger o informou de que essa operação ia ocorrer. Disse-lhe também que ele próprio tinha tido conhecimento prévio do atentado de Camarate. Disse-lhe ainda que podíamos estar sossegados quanto a Camarate, pois não ia haver problemas connosco, pois a investigação deste caso ia morrer sem consequências.<br />
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A este respeito gostaria de acrescentar que numa reunião que tive, a sós, em 1986, com Lencastre Bernardo, num restaurante ao pé do edifício da PJ na Rua Gomes Freire, ele garantiu-me que Pinto Balsemão estava a par do que se ia passar em 4 de Dezembro. No restaurante Fouchet's, em Paris, Kissinger tinha-me dito, “por alto”, que o futuro Primeiro Ministro de Portugal seria pinto Balsemão. E importante referir que tanto Henry Kissinger como Pinto Balsemão eram já, em 1980, membros destacados do grupo <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Bilderberg_Group">Bilderberg</a>, sendo certo que estas duas pessoas levavam convidados às reuniões anuais desta organização.<br />
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Deste modo, aquando da conversa com Lencastre Bernardo, em 1986, relacionei o que ele me disse sobre Pinto Balsemão, com o que tinha ouvido em Paris, em 1980. Tive também esta informação, mais tarde, em 1993, numa conversa que tive com William Hasselberg, em Lisboa, quando este me confirmou de que Pinto Balsemão estava a par de tudo.<br />
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25.Em finais de 1982, pelas informações que vou obtendo na Embaixada dos EUA, em Lisboa, verifico que se fala de nomes concretos de personalidades americanas com tendo estado envolvidas em tráfico de armas que passava por Portugal. Pergunto então a William Hasselberg como sabem destes nomes. Ao fim de muitas insistências minhas, William Hasselberg acaba por me dizer que a Pj entregou, na embaixada dos EUA, uma mala com os documentos transportados por <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Adelino_Amaro_da_Costa">Adelino Amaro da Costa</a>, em 4 de Dezembro de 1980, e que ficou junto aos destroços do avião, embora não me tenha dito quem foi a pessoa da PJ que entregou esses documentos. Peço então a William Hasselberg que me deixe consultar essa mala, uma vez que faço também parte da equipa da CIA em Portugal. Ele aceita, e pude assim consultar os documentos aí existentes. que consistiam em cerca de 200 páginas. Pude assim consultar este Dossier durante cerca de uma semana, tendo-o lido várias vezes, e resumido, à mão, as principais partes, uma vez que não tinha como fotografa-lo ou copia-lo.<br />
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Vejo então, que apesar do desastre do avião, e da pasta de Avelino Amaro da Costa ter ficado queimada, e ter sido substituida por outra, os documentos estavam intactos. Estes documentos continham uma lista de compra de armas, que incluia nomeadamente RPG-7, RPG-27, G3, lança granadas, dilagramas, munições, granadas, minas, rádios, explosivos de plástico, fardas, kalashiskovs AK-47 e obuses. Referia-se também nesses documentos que para se iludir as pistas, as vendas ilegais de armas eram feitas através de empresas de fachada, com os caixotes a referir que a carga se tratava de equipamentos técnicos, e peças sobresselentes para maquinas agrículas e para a construção civil. Esta forma de transportar armas foi-me confirmada várias vezes por Oliver North, no decorrer da década de 80, até 1988, e quando estive em Ilopango, no El Salvador, também na década de 80, verifiquei que era verdade.<br />
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26.Nestes documentos lembro-me de ver que algumas armas vinham da empresa portuguesa Braço de Prata, bem como referências de vendas de armas de Portugal e de países de Leste, como a Polónia e a Bulgária, com destino para a Nicarágua, Irão, El Salvador, Colombia, Panamá, bem como para alguns países Africanos que estavam em guerra, como Angola, ANC da África do Sul, Nigéria, Mali, Zimbawe, Quénia, Somália, Líbia, etc. Está também claramente referido nesses documentos que a venda de armas é feita através da empresa criada em Portugal chamada "Supermarket" (que operava através da empresa mãe "Black - Eagle").<br />
Nos referidos documentos vi também que as vendas de armas eram legais através de empresas portuguesas, mas também havia vendas de armas ilegais feitas por empresas de fachada, com a lavagem de dinheiro em bancos suíços e "off-shores" em nome dos detentores das contas, tanto pessoas civis como militares.<br />
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As vendas ilegais de armas ocorriam por várias razões, nomeadamente: Em primeiro lugar muitos dos países de destino, tinham oficialmente sanções e embargos de armas. Em segundo lugar os EUA não queriam oficialmente apoiar ou vender armas a certos países, nomeadamente aos contra da Nicarágua, ou ao Irão e ao Iraque, a quem vendiam armas ao mesmo tempo, e sem conhecimento de ambos. Em terceiro lugar a venda de armas ilegal é mais rentável e foge aos impostos. Em quanto lugar a venda de armas ilegal permite o branqueamento de capitais, que depois podiam ser aproveitados para outros fins.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/_dMk5Rmt0EyI/S9lpal9tEZI/AAAAAAAAHdU/SZH6uGnsx_0/s1600/JuntadeSalvacaoNacional.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="537px" src="http://3.bp.blogspot.com/_dMk5Rmt0EyI/S9lpal9tEZI/AAAAAAAAHdU/SZH6uGnsx_0/s1600/JuntadeSalvacaoNacional.jpg" width="763px" /></a></div>
A junta era composta por sete membros. Presidida pelo general António de Spínola, integrava Rosa Coutinho, Pinheiro de Azevedo, Costa Gomes, Jaime Silvério Marques, Galvão de Melo e Diogo Neto<br />
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27.Entre os nomes que vi referidos nestes documentos figuravam:<br />
- José Avelino Avelar<br />
- Coronel Vinhas<br />
- General Diogo Neto<br />
- Major Canto e Castro<br />
- Empresário Zoio<br />
- General Pezarat Correia<br />
- General Franco Charais<br />
- General Costa Gomes<br />
- Major Lencastre Bernardo<br />
- Coronel Robocho Vaz<br />
- <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Pinto_Balsem%C3%A3o">Francisco Pinto Balsemão</a><br />
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Francisco Balsemão e Lencastre Bernardo eram referidos como elementos de ligação ao grupo <a href="http://www.bilderbergmeetings.org/index.php">Bildeberg</a> e a Henry Kissinger, Francisco Balsemão pertence também à loja maçónica "Pilgrim", que é anglo-saxónica, e dependente do grupo Bilderberg. Lencastre Bernardo tinha também assinalada a sua ligação a alguns serviços de inteligência, visto ele ser, nos anos 80, o coordenador na PJ e na Polícia Judiciária Militar.<br />
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Entre as empresas Portuguesas que realizavam as vendas de armas atrás referidas, entre os anos 1974 e 1980, estavam referidas neste Dossier:<br />
- Fundição de Oeiras (morteiros, obuses e granadas)<br />
- Cometna (engenhos explosivos e bombas)<br />
- OGMA (Oficinas Gerais Militares de Fardamento e OGFE (Oficinas de Fardamento do Exercito)<br />
- Browning Viana S.A.<br />
- A. Paukner Lda, que existe desde 1966<br />
- Explosivos da trafaria<br />
- SPEL (Explosivos)<br />
- INDEP (armamento ligeiro e monições)<br />
- Montagrex Lda, que actuava desde 1977, com Canto e Castro e António José Avelar. Só foi contudo oficialmene constituida em 1984, deixando, nessa altura, Canto e Castro de fora, para não o comprometer com a operação de Camarate. A Montagrex Lda operava no Campo Poqueno, e era liderada por António Avelar que era o braço direito de Canto e Castro e também sócio dessa empresa. O escritório dessa empresa no Campo Pequeno é um autentico “bunker", com portas blindadas, sensores, alarmes, códigos nas portas, etc.<br />
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Canto e Castro e António Avelar são também sócios da empresa inglesa BAE - Systems, sediada no Reino Unido. Esta empresa vende sistemas de defesa, artilharia, mísseis, munições, armas submarinas, minas e sobretudo sistemas de defesa anti-mísseis para barcos.Todos estes negócios eram feitos, na sua maior parte, por ajuste directo, através de brokers - intermediários, que recebiam as suas comissões, pagas por oficiais do Exército, Marinha, Aeronáutica, etc.<br />
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28.Nestes documentos era referido que, como consequência desta vendas de armas, gerava-se um fluxo considerável de dinheiro, a partir destas exportações, legais e ilegais. Estes documentos referiam também a quem eram vendidas estas armas, sobretudo a países em guerra, ou ligados ao terrorismo internacional. Era também referido que todas estas vendas de armas eram feitas com a conivência da autoridade da época, nomeadamente militares como o General Costa Gomes, o General Rosa Coutinho (venda de armas a Angola) e o próprio Major Otelo Saraiva de Carvalho ( venda de armas a Moçambique). Vi várias vezes o nome de Rosa Coutinho nestes documentos, que nas vendas de armas para Angola utilizava como intermediário o general reformado angolano, José Pedro Castro, bastante ligado ao MPLA, que hoje dispõe de uma fortuna avaliada em mais de 500 milhões de USD, e que dividia o seu tempo entre Angola, Portugal e Paris. O seu filho, Bruno Castro é director adjunto do Banco BIC em Angola.<br />
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No referido dossier estavam também referidos outros militares envolvidos neste negócio de armas, nomeadamente o Capitão Dinis de Almeida, o Coronel Corvacho, o Vera Gomes e Carlos Fabião.<br />
Todas estas pessoas obtinham lucros fabulosos com estes negócios, muitas vezes mesmo antes do 25 de Abril de 1974 e até 1980. Era referido que estas pessoas, nomeadamente militares, que ajudavam nesta venda de armas, beneficiavam através de comissões que recebiam. Estavam referidos neste Dossier os nomes de "off-shores", que eram usadas para pagar comissões às pessoas atrás referidas e a outros estrangeiros, por Oliver North ou por outros enviados da CIA. Estas "off-shores" detinham contas bancárias, sempre numeradas.<br />
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29.Esta referência batia certo com o que Oliver North sempre me contou, de que o negócio das armas se proporciona através de "off-shores" e bancos controlados para a lavagem de dinheiro.<br />
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Vale a pena a este respeito referir que no negócio das armas, empresas do sector das obras públicas aparecem frequentemente associadas, como a Haliburton, a Carlyle, ou a Blackwater, (empresa de armas, construção e mercenários), entre outras. Esta relação está referida, há anos, em vários relatórios, nomeadamente nos relatórios do Bribe Payer Index (indice internacional dos pagadores de subornos), que é uma agência americana. A indicação deste tipo de práticas foi desenvolvida mais tarde, pela Transparency International e pelo Comité Norte Americanos de Coordenação e Promoção do Comercio do Senado Americano, que referem que há muitos anos , mais de 50% do negócio e comercio de armas em Portugal, é feito através de subornos. Os americanos sempre usaram Portugal para o tráfico de armas, fazendo também funcionar a Base das Lajes, nos Açores, para este efeito, nomeadamente depois de 1973, aquando da guerra do Yom Kippur, entre Israel e os países árabes. Este tráfico de armas deu origem a várias contrapartidas financeiras, nomeadamente através da FLAD, que foi usada pela CIA para este efeito. A FLAD recebeu diversos fundos específicos para a requalificação de recursos humanos.<br />
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Não ví contudo neste Dossier observações referindo referindo que estas vendas de armas eram condenáveis ou que tinham efeitos negativos. Havia contudo uma pequena nota, em que algumas folhas de que se devia tomar cuidado com tudo o que aí estava escrito, e que portanto se devia actuar. Havia também na primeira página um carimbo que dizia "confidentical and restricted". <br />
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30.Estas vendas de armas continuaram contudo depois de 1980. Tanto quanto eu sei, estas vendas de armas continuaram a ser realizadas até 2004, embora com um abrandamento importante a partir de 1984, a partir do escândalo das fardas vendidas à Polónia.<br />
No referido Dossier estavam também referidas personalidades americanas envolvidas no negócio de armas, nomeadamente Bush (Pai), dick Cheney, Frank Carlucci, Donald Gregg, vários militares, bem como a empresas como a Blackwater. são ainda referidas empresas ligadas aos EUA, como a Carlyle, Haliburton, Black Eagle Enterprise, etc, que estavam a usar Portugal para os seus fins, tanto pela passagem de armas através de portos portugueses, como pelo fornecimento de armas a partir de empresas portuguesas. Tirei apontamentos desses documentos, que ainda hoje tenho em meu poder.<br />
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A empresa atrás referida, denominada supermarket, foi criada em Portugal em 1978, e operava através da empresa mão, de nome Black-Eagle, dirigida por William Casey, (membro do CFR(Council for Foreign Affairs and Relations), ex-embaixador dos EUA nas Honduras e também com ligações à CIA). A empresa supermarket organizava a compra de armas de fabrico soviético, através de Portugal, bem como a compra de armas e munições portuguesas, referidas anteriormente, com toda a cumplicidade de Oliver North. Estas armas iam para entrepostos nas Honduras, antes de serem enviadas para os seus destinos finais. Oliver North pagou muitas facturas destas compras em Portugal, através de uma empresa chamada Gretsh World, que servia de fachada à Supermarket.<br />
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31.Mais tarde, cerca de 1985, quando se começou muito a falar de camarate, Oliver North cancelou a operação "Supermarket, e fechou todas as contas bancárias. Devo ainda referir que William Hasselberg e outros americanos da embaixada dos EUA, em Lisboa, comentaram comigo, várias vezes o que estava escrito neste Dossier. Relativamente a Hasselberg isso era lógico, pois foi ele que me deu o Dossier a ler. Posteriormente comentei também o que estava escrito neste Dossier com Frank Carlucci, que obviamente já tinha conhecimento da informação nele contida.<br />
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Tanto William Hasselberg, como membro da CIA, como outros elementos da CIA atrás referidos e outros, comentaram várias vezes comigo o envolvimento da CIA na operação de Camarate e neste negócio de armas. Lembro-me nomeadamente que quando alguém da CIA, me apresentava a outro elemento da Cia, dizia frequentemente "this is the portuguese guy, the one from Camarate, the case in Portugal with the plane!".<br />
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As vendas de armas, a partir e através de Portugal, foram realizadas ao longo desses anos, pois era do interesse politico dos EUA. A CIA organizou e implementou estas vendas de armas em Portugal, à semelhança do que sucedeu noutros países, pois era crucial para os EUA que certs armas chegassem aos países referidos, de forma não oficial, tendo para isso utilizados militares e empresários Portugueses, que acabaram também por beneficiar dessas vendas.<br />
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Como anteriormente referi, William Casei e Oliver North estavam, nas décadas de 70 e 80 conluiados com o presidente Manuel Noriega, no escândalo Irão - contras (Irangate). Foi sempre Oliver North que se ocupou da questão dos reféns americanos no Irão, bem como da situação da América Central. Recebeu pessoalmente por isso uma carta de agradecimentos de George Bush Pai, Vice Presidente à época de Ronald Reagan.<br />
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32.Devo dizer a este respeito que John Bush, filho de Bush Pai, então com 35 anos, a viver na Flórida, pertencia em 1979 e 1980 ao “Condado de Dade", que era e é uma organização republicana, situada em South Florida, destinada a angariar fundos para as campanhas eleitorais republicanas. John Bush era um dos organizadores de apoios financeiros para os "contra" da Nicarágua.<br />
Conheci também <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Monzer_al-Kassar">Monzer Al Kasser</a> um grande traficante de armas que tinha uma casa em Puerto Banus em Marbella, e que me foi apresentado, em Paris, por Oliver North, em 1979. Era um dos grandes vendedores de armas para os “Contra” na Nicarágua, trabalhando simultaneamente para os serviços secretos sírios, búlgaros e polacos. Na sua casa em Marbella, referiu-me também que, por vezes, o tráfico de armas era feito através de África, para que no Iraque não se apercebessem da sua proveniência, pois também vendiam ao mesmo tempo ao Irão e mesmo a Portugal. Este tráfico de armas, que estava em curso, desde há vários anos, em 1980, e o começo do caso Camarate.<br />
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Através de Al Kasser conheci, em Marbella, no final de 1981, outro famoso traficante de armas, numa festa em casa de Monzer, que se chamava <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Adnan_Khashoggi">Adrian Kashogi</a>. Kashogi, como pude testemunhar em sua casa, tinha relações com políticos e empresários europeus, árabes e africanos, por regra ligados ao tráfico de armas e drogas.<br />
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33.Sou preso em 1986, acusado de tráfico de drogas. Esta prisão foi uma armadilha montada pela DEA, por elementos que nessa organização não gostavam de mim, por eu ter levado à detenção de alguns deles, como referi anteriormente. Fui então levado para a prisão de Sintra. Estou na prisão com o Victor Pereira,, que aí também estava preso. Sei, em 1986, que estavam a preparar para me eliminar na prisão, pelo que peço à minha mulher Elza, para ir falar, logo que possível com Frank Carlucci. Em consequência disso recebo na prisão a visita de um agente da CIA, chamado Carlston, juntamente com outro americano. estes, depois de terem corrompido a direcção da prisão, incluindo o director, sub-director e chefe da guarda, bem como um elemento que se reformou muito recentemente, da Direcção Geral dos serviços Prisionais, chamada Maria José de Matos, conseguem a minha fuga da prisão. Contribuiu ainda para esta minha fuga, mediante o recebimento de uma verba elevada, paga pelos referidos agentes americanos esta directora-adjunta da Direcção Geral dos serviços Prisionais. Estes agentes americanos obtêm depois um helicóptero, que me transporta para a Lousã, onde fico cerca de 20 dias. Vou depois para Madrid, com a ajuda dos americanos, e depois daí ara o Brasil. as despesas com a minha fuga da prisão custaram 25000 euros, o que na época era uma quantia elevada.<br />
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Só mais tarde no Brasil, depois de 1986, é que referi a José Esteves que sabia que Sá Carneiro ia no avião, contando-lhe a história toda. José Esteves, responde então, que nesse caso, tinha-mos corrido um grande risco. Eu tranquilizei-o, referindo que sempre o apoiei e protegi neste atentado. Dei-lhe apoio no Brasil no que pude. Assegurei-lhe também o transporte para o Brasil, obtendo-lhe um passaporte no Governo Civil de lisboa, entreguei-lhe 750 contos que me foram dados para esse efeito pela embaixada dos EUA, em Lisboa, e arranjei-lhe o bilhete de avião de Madrid para o Rio de Janeiro . Na viagem de Lisboa para Madrid, José Esteves foi levado por Victor Moura, um amigo comum. No Rio de Janeiro ajudei-o a montar uma loja, numa roulote. Como trabalhava ainda para a embaixada dos EUA, em Lisboa, estas despesas foram suportadas pela Embaixada. Ficou no Brasil cerca de dois anos. Eu, contudo andava constantemente em viagens.<br />
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34.José Esteves recebe depois um telefonema de Francisco Pessoa de Portugal, onde Francisco Pessoa o aconselha a voltar a Portugal, e a pedir protecção, a troco de ir depor na Comissão de Inquérito Parlamentar sobre Camarate. Esse telefonema foi gravado, mas José Esteves nunca chegou a obter uma protecção formal.Telefono a Frank Carlucci, em 1987, pedindo-lhe para falar com ele pessoalmente. Ele aceita, pelo que viajo do Brasil, via Miami, para Washington. <br />
Pergunto-lhe então, em face do que se tinha falado de Camarate, qual seria a minha situação, se corria perigo por causa de Camarate, e se continuarei, ou não a trabalhar para a CIA. Frank Carlucci responde-me que sim, que continuarei a trabalhar para a CIA, tendo efectivamente continuado a ser pago pela CIA até 1989. Frank Carlucci confirma nessa reunião que puderam contar com a colaboração de Penaguião na operação de Camarate, e que ele, Frank Carlucci, esteve a par dessa participação.<br />
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Em 1994, foi-me novamente montada uma armadilha em portugal, por agentes da DEA que não gostavam de mim, por causa da referida prisão de agentes seus, denunciados por mim. <br />
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35.Nesta armadilha participam também três agentes da DCITE - Portuguesa, os hoje inspectores Tomé, Sintra e Teófilo Santiago. Depois desta detenção, recebo a visita na prisão de Caxias de dois procuradores do Ministério Público, um deles, se não estou em erro, chamado Fernando Ventura, enviados por <a href="http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/freitas-do-amaral-acusa-cunha-rodrigues-de-obstrucao-a-justica-no-caso-camarate-2508">Cunha Rodrigues</a>, então Procurador Geral da República. Estes procuradores referem-me que me podem ajudar no processo de droga de que sou acusado, desde que eu me mantenha calado sobre o caso Camarate.<br />
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Por ser verdade. e por entender que chegou o momento de contar todo o meu envolvimento na operação de Camarate, em 4 de Dezembro de 1980, decidi realizar a presente Declaração, por livre vontade. Não podendo já alterar a minha participação nesta operação, que na altura estava longe de poder imaginar as trágicas consequências que teria para os familiares das vítimas e para o país, pude agora, ao menos, contar toda a verdade, para que fique para a História, e para que nomeadamente os portugueses possam dela ter pleno conhecimento.<br />
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Não quero, por ultimo, deixar de agradecer à minha mãe, à minha mulher Elza Simões, que ao longo destes mais de 35 anos, tanto nos bons como nos maus momentos, sempre esteve a meu lado, suportando de forma extraordinária, todas as dificuldades, ausências, e faltas de dedicação à família que a minha profissão implicava. Só uma grande mulher e um grande amor a mim tornaram possível este comportamento. Quero também agradecer à minha filha Eliana, que sempre soube aceitar as consequências que para si representavam a minha vida profissional, nunca tendo deixado de ser carinhosa comigo. Finalmente quero agradecer à minha mão que, ao longo de toda a minha vida me acarinhou e encorajou, apesar de nem sempre concordar com as minhas opções de vida. A natureza da sua ajuda e apoio, tiveram para mim uma importância excepcional, sem, as quais não teria conseguido prosseguir, em muitos momentos da minha vida. <br />
Posso assim afirmar que tive sempre o apoio de uma família excepcional, que foi para mim decisiva nos bons e maus momentos da minha vida.<br />
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Lisboa, 26 de Março de 2012<br />
Fernando Farinha Simões<br />
B.I. n.º 7540306"<br />
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Filmes da época:<br />
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<a href="http://www.youtube.com/watch?v=POWMhhFMEqQ&feature=related">Dossier Camarate Sá Carneiro 1980 Acidente Parte 01 [Reportagem RTP 1983]</a><br />
<br />
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=A6WFd6pX_yQ&feature=relmfu">Dossier Camarate Sá Carneiro 1980 Acidente Parte 02 [Reportagem RTP 1983</a><br />
<br />
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=u99uJZ9zGT4&feature=relmfu">Morte Sá Carneiro 04-12-1980 (Notícia + Conversa Piloto / Torre Controlo)</a><br />
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1906<br />
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